Na agitada cidade de Nova York, a correria começava cedo. Para ela, era uma rotina constante fugir de alguém. Pulava muros, encontrava becos e atalhos para escapar.
Corria pelas ruas movimentadas, seus passos ecoando entre os prédios altos. O som das sirenes policiais se aproximava, alimentando seu desespero. Ela virava esquinas abruptamente, buscando qualquer brecha para despistar seus perseguidores.
O coração batia descontroladamente em seu peito, enquanto o suor escorria pelo rosto. A adrenalina pulsava em suas veias, impulsionando-a a correr ainda mais rápido. Mas não importava o quanto se esforçasse, sabia que era apenas uma questão de tempo até ser capturada.
Então, em um momento de descuido, um policial se lançou sobre ela. Sentiu as mãos fortes prendendo seus pulsos e, em questão de segundos, as algemas estavam sendo colocadas. O suspiro de derrota escapou de seus lábios enquanto era levada sob custódia, mais uma vez derrotada pela implacável lei das ruas.
O policial se aproximou com firmeza, olhando Natasha nos olhos.
- Acabou, Natasha. Te pegamos. - anunciou, seu tom neutro revelando que já esperava por esse momento.
Natasha se debateu no aperto do policial, lançando-lhe um olhar feroz.
- Vão se foder, seus merdas! Me larguem. - esbravejou, lutando contra as mãos que a seguravam.
O policial não se abalou com o linguajar agressivo dela. Com um sorriso irônico, respondeu suavemente.
- Amo seu linguajar. A delegada vai adorar te ver lá de novo.
Natasha bufou de frustração enquanto era conduzida até a viatura. - Pelo menos vou ver uma cara bonita naquela delegacia de merda. - resmungou, resignada. O policial apenas deu um leve aceno de cabeça.
- Aham. - murmurou, dando algumas batidas na viatura. - Podem levar. - com isso, Natasha foi colocada no veículo, dando-se conta de que, mais uma vez, estava a caminho daquele destino inevitável: a delegacia.
Enquanto a viatura seguia pelas ruas, o policial que dirigia não resistiu em iniciar uma conversa.
- Você não cansa, garota? Nem precisa disso. - comentou, lançando um olhar de desaprovação pelo retrovisor.
- Eu te perguntei alguma coisa? - Natasha virou-se para ele com um olhar cortante e rebateu, com sua voz carregada de desdém.
O policial não se intimidou. - Talvez umas noites na cela te deixem melhor. - sugeriu, mantendo a calma.
- Ai, chupa meu pau. - Natasha, já sem paciência, disparou, deixando claro que não estava disposta a manter uma conversa civilizada naquele momento.
O policial permaneceu em silêncio enquanto Natasha revirava os olhos com frustração. Odiava aquela parte de ser capturada; gostava da adrenalina da fuga, mas ser pega era sempre um saco. Sabia que precisava melhorar suas habilidades na corrida se quisesse continuar escapando das autoridades.
Enquanto a viatura avançava pelas ruas, ela se recostou no banco, pensando em estratégias para a próxima vez. A determinação brilhava em seus olhos, mesmo diante da derrota atual. Esta seria apenas mais uma lição aprendida no mundo implacável das ruas de Nova York.
Com um suspiro pesado, Natasha viu a viatura estacionar diante da delegacia. Ela jogou a cabeça para trás, deixando-a repousar no banco do veículo, enquanto bufava com resignação. Sabia muito bem o que vinha a seguir: o interrogatório, as formalidades legais e, dependendo da situação, o confinamento em uma cela que ela ficaria por algumas horas.
Enquanto os policiais se preparavam para levá-la para dentro, Natasha fechou os olhos por um momento, preparando-se mentalmente para enfrentar mais uma vez as consequências de suas escolhas.
