A vida de um assassino não é nada fácil. Você mata quando não quer matar, tortura quando não quer torturar, caça quando não quer caçar e assim por diante. Mas para ela, não havia espaço para "não querer" em seu vocabulário. Ela aceitava tudo. Era uma máquina de matar, a melhor assassina que a Rússia já vira.
Ela se movia nas sombras da geopolítica global, uma sombra habilidosa tecendo intriga e manipulação com a destreza de um artista. Seu passado era um enigma envolto em segredos e sangue derramado, uma história marcada por traição e lealdade distorcida.
Mas, apesar de sua habilidade inigualável no campo, um peso silencioso pesava em sua alma, as cicatrizes invisíveis de uma vida vivida nas margens da moralidade começavam a se tornar cada vez mais tangíveis.
[..]
Com a cabeça baixa, os músculos tensos e os sentidos aguçados, ela se concentrou no tatame preto diante dela. Cada respiração era uma nota de preparação, cada batida de coração uma contagem regressiva para o confronto iminente. Ao redor dela, as viúvas, tão habilidosas e letais quanto ela, esperavam com a mesma intensidade contida. O ar estava carregado de eletricidade, um presságio de violência prestes a explodir. Então, sem aviso, o silêncio foi quebrado pelo primeiro movimento, e a dança mortal começou.
Com um movimento fluido, Natasha retirou os bastões de suas costas, sentindo o peso familiar em suas mãos. Seus olhos, frios e calculistas, escanearam rapidamente o grupo de viúvas ao seu redor. Com uma rapidez impressionante, ela se lançou para frente, seus bastões se movendo como extensões de seus próprios membros. Cada golpe era preciso, cada bloqueio impenetrável.
Ela girava, desviava, contra-atacava, como uma dançarina em uma sinfonia mortal. Uma por uma, as viúvas caíam diante dela, incapazes de acompanhar a velocidade e a destreza de sua arte marcial. O tatame era tingido com o suor e o sangue da batalha, enquanto Natasha continuava sua dança letal, determinada a emergir como a única sobrevivente desse duelo mortal.
Com um movimento ágil, Natasha deslizou a mão até sua bota, onde uma pequena faca estava estrategicamente guardada. Com um gesto rápido, ela a retirou e girou em direção à viúva mais próxima. Em um instante, a lâmina encontrou seu alvo, cravando-se na barriga da oponente. Sem hesitar, Natasha lançou-se para frente, aproveitando a brecha aberta, e arremessou a faca que segurava com precisão cirúrgica. A lâmina cortou o ar e encontrou seu destino no pescoço da próxima viúva, que caiu silenciosamente, sua vida se esvaindo rapidamente.
O confronto havia chegado ao fim, com Natasha emergindo como a única figura de pé no tatame manchado. O silêncio pesado pairava sobre o campo de batalha, interrompido apenas pelo som das respirações ofegantes e dos corações acelerados. Doze viúvas derrotadas jaziam ao redor de Natasha, testemunhas mudas de sua habilidade imbatível. Ela permaneceu ali, uma figura solitária entre os destroços da luta, sua determinação inabalável refletida em cada movimento calculado. A luta estava terminada, e Natasha Romanoff mais uma vez emergia triunfante, uma verdadeira força da natureza no mundo sombrio dos espiões.
O som de uma palma ecoou pela sala, quebrando o silêncio que se seguiu à intensa batalha. Natasha levantou seu olhar até o dono daquela expressão de aprovação, seu rosto impassível revelando apenas a frieza e a determinação que eram suas marcas registradas. Seu olhar, afiado como uma lâmina, encontrou o dele, transmitindo uma mensagem silenciosa de desafio e domínio. Era um olhar que poderia congelar até mesmo os mais destemidos, uma janela para a alma de uma guerreira implacável. A palma única reverberava no ar, um reconhecimento silencioso de sua habilidade e eficiência, mas Natasha sabia que, para ela, a verdadeira aprovação residia apenas em sua própria consciência intransigente.
- Eu realmente não tenho mais elogios para você, Natasha!- ele diz orgulhoso. - Minha melhor criação, eu fico até emocionado em ver isso. - ele se virou para seus agentes. - Estão vendo isso? Isso é um show, é uma obra de arte! Natasha Romanoff, sempre tão precisa e fria.
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