Quem eu sou?

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4/4✨

Carolyna Borges Caliari

É estranho acordar no lado da Priscila depois de ontem.

Foi uma pegação bem estranha.

Olho pro lado vendo que Priscila ainda tá dormindo.

Ainda é muito cedo, 5:45 da manhã pra ser mais exata, o maldito despertador vai tocar em 15 minutos.

Fico deitada encarando as costas definidas dela.

O alarme toca e Priscila acorda, depois de desligar o despertador ela deita de barriga pra cima.

- bom dia - digo.

- bom dia - ela passa a mão pelo rosto.

É estranho ver ela me respondendo. Mas não tô reclamando.

Ela levanta e se espreguiça antes de ir pro banheiro, a camiseta dela sobe me dando a visão da entradinha definida no corpo dela. Me levanto e começo a arrumar a cama, depois da Priscila usar o banheiro sigo minha rotina de todos os dias e vou pra cozinha.

Faço a vitamina da Priscila e entro nas redes sociais, tem muitos comentários sobre a minha pessoa, não gosto.

Lucca aparece e vai direto pra geladeira atrás de comida.

- vai treinar de ressaca ? Seu treinador vai te matar.- alfineto.

- não estou de ressaca, só cansado.

Priscila aprece na cozinha e se serve com a vitamina. Gabriel aparece logo depois, ele vai com os meninos, vai dar uma passada na academia e depois vai assistir o treino.

Depois que os meninos sairam comecei a fazer as minhas atividades de sempre, estava organizando a sala quando a campainha tocou.

- eles estão no treino-digo assim que vejo o Joãozinho.

- eu sei, vim falar com você - ele passa por mim entrando na casa- o tempo tá passando, não vamos mais conseguir fazer um aborto.

- aborto? Que aborto ? Eu não estou grávida, já disse isso dezenas de vezes, para de me perturbar.

- não existe a possibilidade de vocês terem se casado por outro motivo.

-já parou pra pensar que a gente se casou porque somos apaixonadas uma pela outra? Por que nos amamos.

- você quer mesmo que eu acredite em uma merda dessas? Você quer que eu finja que você não odeia ela.

- acho que você precisa entender seu lugar, Joãozinho. Você é o empresário da Priscila, cuida da vida profissional DELA, na vida pessoal da minha esposa você não tem direito de se intrometer.

-"sua esposa" - ele ri- isso é patético de se ouvir.

-patético? Patético é você vir na minha casa querer ditar regras sobre o meu corpo. - digo.

-eu...

-não estou grávida, mas se estivesse não seria da sua conta. Seria um problema meu e da Priscila. Você me entendeu? - ele fica só me encarando e não diz nada.

Odeio esse homem.

-vai embora - indico a porta - não quero a sua presença aqui, quer falar com um dos meninos venha quando eles estiverem. Não vou mais atender.

-certo. Uma hora isso vai vir à tona mesmo-ele sai da casa.

Respiro fundo e viro pra voltar a limpar a sala, mas o corpo masculino parado no começo da escada chama minha atenção

O contrato - CAPRI { G!P }Onde histórias criam vida. Descubra agora