Capítulo 5 - Aurora

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Aurora não conseguia se acalmar.
Como poderiam ser as conversas com Thiago? Ele parecia ser um cara legal, mas ela não sabia o que falar, como agir, como comportar-se.

"Eu não posso errar, as meninas vão me perguntar sobre isso, e eu não quero errar. Isso não podia acontecer!" - Pensou Aurora, tremendo de ansiedade.

O dia foi longo, Aurora não conseguiu fazer muita coisa. Ela passou a manhã com Ágata, assistindo filmes e conversando, mas não conseguia se concentrar, ela ficava perdida em pensamentos sobre o encontro.
Ágata percebeu que algo estava acontecendo com a amiga, mas respeitou o silêncio dela.

As 17h Aurora estava arrumando-se, tentando se ver perfeita para o encontro, mas nada parecia certo. Ela estava enlouquecendo.
No fim, ela foi para a janela, sentou numa cadeira, e tentou acalmar-se, respirando lentamente.

- É apenas um encontro, nada demais - Ela repetiu para si mesma, tentando levar a situação a sério.

Então ela se levanta e vai até o quarto de Ágata, pedir ajuda para a sua amiga.
- Ágata, eu preciso de sua ajuda. - Disse Aurora, com uma expressão preocupada.

Ágata olhou para sua amiga, e perguntou:
- O que há, amiga? - Perguntou, com um sorriso.

- Pode ser sincera comigo? - Perguntou Aurora, sem conseguir lidar com a situação.

- Você pode me contar tudo, Aurora. É o que amigas fazem, né? Sermos um porto seguro, pra conversar, desabafar, compartilhar alegrias e tristezas. Fique à vontade. - Disse Ágata, passando a mão no braço de Aurora, tentando tranquilizá-la.

Ela começou a contar todos os sentimentos confusos que sentia.
Ágata ouviu todas as palavras de Aurora, e conseguia entender o que ela estava sentindo.

- Você não pode ficar tão preocupada, Aurora. Você está com um papel importante, mas você precisa ter consciência que você está fazendo o melhor que pode, e é isso que importa. E, por mais difícil que seja, não podemos evitar nossos sentimentos. - disse Ágata , sorrindo. - As vezes a gente tem medo de mostrar como estamos, pois sentimos que as pessoas vão nos julgar, e não vão nos entender. Mas a verdade é que a gente precisa mostrar como se sente, e dizer o que pensamos. Isso nos ajuda a deixar as coisas fora de nós, e ajuda a gente a sanar a nossa alma.

Aurora agradece a sua amiga pela conversa, e pede ajuda para se arrumar para o seu encontro.
Ágata disse que ficaria muito feliz em ajudá-la, e que podia aconselhá-la sobre o vestuário, os cabelos, tudo o que for necessário. Ela tinha muitas ideias, e acreditava que seria ótimo ver a sua amiga linda, e confiante. Ágata fez tudo o que podia, ajudou a escolher a roupas, um perfume, uma maquiagem mais discreta, tudo com o objetivo de fazer Aurora se sentir maravilhosa.
Ao fim, a amiga dizia que se sentia maravilhosa, agradecendo a Ágata pela ajuda.

E agora, era o momento do encontro. Ágata dizia que Aurora parecia uma nova pessoa, confiante, feliz. E a amiga sabia que tinha feito o máximo para ajudá-la.
Ágata deixa Aurora no parque central de carro, dizendo um último "boa sorte" antes de dirigir embora.

Aurora desceu do carro, e ficou um momento, olhando as árvores, os passarinhos, os cachorros, as pessoas que passavam por ali. Era um dia perfeito, um dia de paz, pra contemplar a vida.
E, então, ele chegou. Thiago saiu de um carro, e olhou Aurora com um sorriso na cara.
Era como se o mundo inteiro parasse de girar. Era apenas eles dois, naquele momento. Não tinha nada mais, nada além disso.

Thiago se aproximou, e disse:
- Oi, você está perfeita, e eu estou muito feliz de estar aqui agora, contigo.

E a mão de Thiago apertou a mão de Aurora. Ela sorriu, se sentindo imensamente feliz, e confiante, e acolhida. Era um momento incrível, e ela estava pronta para viver ele.

E assim, ambos começaram a conversar sobre tudo, sobre o dia, sobre o que tinha acontecido nos últimos tempos, sobre os sonhos, sobre as vontades deles. Foi um momento mágico, um momento em que a conversa fluía como águas de um rio que corre, alegre e infinita. Era um momento feliz, um momento para se guardar na memória.

Eles foram em direção a padaria, compraram alguns lanches, como bolo, pães recheados e cupcakes. E foram em direção a um banco do parque, para fazerem o que haviam planejado.

Depois de horas, foi o momento de irem embora, embora os dois não quisessem que aquele momento acabasse. Mas eles ficaram felizes em terem se conhecido melhor e poder ter vivido aquele momento.

Ao sair, ele olhou para ela, abraçou a e disse:
- Foi um momento muito especial. E espero que não tenha sido o último.

Aurora sorriu, e disse:
- E com certeza não vai ser o último.

E então, os dois partiram, um para cada lado, mas com a certeza de que o momento vivido seria guardado para sempre na memória deles, para sempre na sua alma.

E os dois, Thiago e Aurora, passaram os próximos dias pensando em seus momentos juntos, como se fosse uma melodia, uma sinfonia, um milagre. O tempo passou, e a vida foi para frente, mas nunca deixaram de se lembrar daquele dia, do primeiro encontro, que marcou um começo incrível para eles.

***

Ao chegar em casa, Aurora sentou-se no sofá, e olhou pela janela. A luz do sol se despedaçava naquele momento, dando toda a sua intensidade.

Era o fim de uma jornada, o princípio de outra. Era a vida dando um novo sentido a cada passo, um novo sentido a cada sorriso, a cada partilha. Era a vida sorrindo para ela.

Elisa abriu a porta de casa, e as paredes pareciam bem-vindas, seguras, acolhedoras. Foi então que alguém no sofá chamou a atenção de Elisa, e ela se sentou nele, ao lado de Aurora sorrindo, com a cabeça cheia de corações, de recordações, de todo o amor vivido naquele dia. Era um abraço, o conforto do seu lar.

Ágata estava no seu quarto, enrolada nos lençóis. As cegonhas voavam lá fora, e ela sentiu o sol do verão se deliciando pelo prédio. Tinha sonhado com Thiago, com Elisa, com todos os amigos. Fora um sonho abençoado, um sonho de desejos. E quando ela olhou para a janela, ficou feliz.
Ela se levantou e seguiu até a sala, onde encontrou suas amigas sentadas.

- Olá, meus amores - disse Ágata, apertando as mãos de cada uma. E as três se encostaram no sofá.

Havia alegria e amor no ar. Elas se olharam, sorrindo, felizes. Era como se fossem irmãs, como se tivessem partilhado a vida, a própria alma. Era um momento delicioso.

Elisa e Ágata ouviram tudo o que Aurora teve a dizer, sentindo-se felizes por ela, por tudo que foi vivido. Ao ouvir a história, as amigas sentiram-se como se fossem parte dela, como se a alegria fosse delas, também. O amor era um abraço, um presente entre as três.

Ágata sorriu. E disse:
- Amor, espero que não seja a última vez que você saí com Thiago. Ele é especial.

Elisa sorriu, e acrescentou:
- Ela parece ter se encantado por ele, e eu fico feliz que tenha vivido um momento tão bacana.

E então, riram, felizes e agradecidas. Era um momento de alegria. Só delas.
Ágata queria falar sobre Lukas, mas sentiu-se um pouco insegura, porém decidiu falar, sabendo que suas amigas seriam compreensivas.

Ela olhou as amigas nos olhos, e disse:
- Eu acho que tenho uma certa atração por Lukas, mas eu tenho medo de falar com ele sobre isso. Não sei o que fazer.

Elas, de volta, sorriram, e deram um abraço nela.
Elisa lembrou do que aconteceu naquela noite, ela sentiu que seria meio estranho sentir-se insegura quanto ao que Ágata sentia, sendo que ela mesma havia beijado Lukas.

Mas ao mesmo tempo, queria deixar claro que ela não tinha sentimentos por Lukas, que aquilo havia acontecido por um impulso, e não por uma verdadeira paixão. Ela queria manter a amizade e a pureza do seu relacionamento com ele.

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