| Concluída | Jikook/ABO | Longfic |
Park Jimin é um jovem camponês tímido e cheio de manias entre seus irmãos, ele possui dificuldades em conquistar um pretendente. E, cansado de viver atacado por sua própria família, Jimin acaba fingindo estar sen...
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Eva não fez perguntas durante o caminho, e ficou em silêncio escutando seu senhor se desatar em um rio de lágrimas silenciosas e fungadas que doíam em sua alma. Comentou vez ou outra, sobre o que acontecia pelas ruas da cidade tentando de alguma forma, fazê-lo se distrair com as atividades do dia.
Ela não sabia o que tinha acontecido para deixá-lo tão abalado ao ponto de se debulhar, mas entendeu que naquele instante, o jovem Jimin parecia tudo, menos propício a raciocinar qualquer coisa e formular alguma palavra de explicação. Por isso, permitiu que ele se isolasse em seu espaço pessoal até que ficasse mais calmo para então, saciar suas dúvidas e tentar resolver os problemas que lhe afligia.
O cocheiro fez o trajeto contrário ao qual tinham em mente, ao invés de seguir até a modista no centro da cidade, ele foi rumo aos campos, onde se localizava a propriedade da família Kim, e que agora pertencia ao esposo de seu irmão, Namjoon. A beleza de East Renfrewshire não se passou de uma paisagem vazia a qual sumia com o relinchar de cavalos. A longa viagem foi necessária para fazer Jimin se conter pelo menos por alguns instantes.
E depois de duas longas horas sentado no estofado de couro, ele se viu na porta da casa de seu cunhado, como um cão de rua desamparado e sem saber para onde ir. Correr para o colo de sua mãe não seria possível; era bem provável que a mulher o fizesse se acertar com o Conde com puxadas de orelhas e beliscões. E não gostaria de ter que lidar com os trigêmeos.
Bateu levemente na madeira, sentindo seus dedos trêmulos e o frio ressecando seus lábios como seu coração que agora estava falho e oco. Eva estava ao seu lado e parecia preparada caso acabasse por falhar de seus joelhos e precisar de apoio para se manter firme.
Seu irmão não foi a primeira coisa que viu, Seokjin surgiu com uma barriga aparente e sorriu enorme. Porém ele percebeu a tristeza evidente em seu olhar e sua expressão mudou tão rapidamente como seu sorriso radiante surgiu.
Jimin não precisou dizer nada.
— Oh, querido — Seokjin o enlaçou em seus braços o acolhendo com todo afeto.
Um abraço apertado. Mãos bondosas e palavras de conforto. Era o que necessitava.
E Jimin não se recompôs quando retornou a chorar em seu ombro, deixando toda sua frustração abandonar seu corpo em lágrimas teimosas que faziam seu peito arder e queimar.
— Tudo bem — seu cunhado dizia, lhe confortando enquanto passava os dedos em suas costas gentilmente para o acalmar. — Chore o quanto quiser. Coloque todo esse sentimento negativo para fora. Está tudo bem.
Eva observou seu pequeno senhor vulnerável e fungou, abanando os olhos para espantar qualquer indício de choro.
Seokjin havia aberto as portas de sua casa sem exigir nenhuma explicação sobre o que tinha acontecido. Ele foi gentil e entregou conforto ao Ômega que apareceu em sua porta, oferecendo seu teto para lhe entregar abrigo.
