Família reunida

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[...]

--Ayla!-- Alcina fala ao se colocar na frente da garota.

--Sim?-- Pergunta dando um leve pulo de susto.

--Foi você!-- Fala cruzaram os braços.

--E-eu? Eu..o que eu fiz?- Fala começando a tremer.

--Você trouxe minhas filhas de volta! Obrigada...-- Fala abraçando a garota tão forte que pode sentir seus ossos rangindo, soltando-a ao perceber.

--Ah...eu.... De nada!-- Fala sem graça.

--Obrigada, criança!-- Fala a condessa sorrindo e indo embora.

  Isso certamente foi estranho, mas Ayla realmente gostou de ter feito a matriarca feliz, e isso melhorou seu dia em tudo, literalmente.

  Mas agora como Miranda havia dito, as meninas Dimitrescu voltaram, e elas são definitivamente o terror das criadas de Alcina, talvez essa sensação se torne boa para a condessa depois de tudo.

[...]

  Donna passou a andar pela casa e ficar menos tempo trancada no quarto ou na oficina com Angie. E raramente Danyella a convencia a sair um pouco de casa.

  As duas estavam bem amigas pelo que parece, a amizade delas era cheia de intimidade, não a que muitos pensam, mas a intimidade em compartilhar segredos.

  Danyella era de fato muito apaixonada em Donna, e esse sentimento só aumentou com o tempo. Com Donna não era diferente, mas ambas pensavam que a outra não sentia o mesmo. Bobagem

  Donna estava trabalhando em uma boneca, em meio ao processo algo lhe chamou atenção. Era um barulho vindo de cima de sua oficina.

  Subiu imediatamente, percebendo a porta entreaberta, deixando o frio escapar para dentro. Sentindo seu coração acelerado e sua respiração ofegante de nervoso. Uma mão a prendeu por trás, sua força não adiantou, a mão abafou qualquer ruído em sua boca e a escondeu em um canto escuro da sala.

--Shhh....-- Sussurra baixinho.--Sou eu, Danyella!-- A vampira pode escutar seu suspiro de alívio instantâneo.

--D-Danyella...o que está...-- Ela fala sendo interrompida.

--Tem alguém aqui! E ele não é confiável....-- Fala soltando Donna e fazendo um gesto para que a mesma falasse baixo.

--Quem?--

--Damon! Meu irmão mais novo, ele mexeu com o que não devia, e o nosso pai o puniu. E ele me culpou por isso.--

--Como ele soube de mim?--

--Não sei! Mas você fica comigo depois dessa, não é seguro!-- Fala com um tom de voz superior e decidida.

--Danyella...--

--Nada disso, Donna! Eu não vou deixar a mulher que eu amo morrer nas mãos do meu irmão idiota.-- Fala sendo mais firme em seu tom.

  Donna cora por de trás do véu e sente seu coração pulsando mais forte e rápido com a declaração

--Eu...- Fala segurando forte o tecido macio do vestido.

--Que se dane se você não sente o mesmo! Está decidido!- Fala aumentando a voz.

--Não fale assim comigo! Pode ser mais forte, mas isso não te dá o direito de subir o seu tom de voz em minha casa!-- Fala calma, mas subindo sua voz no mesmo nível que a de Danyella.

--Desculpe...-- Fala baixo desta vez.

  Ela com certeza nunca pediu desculpas para alguém como pede para Donna.

--Tudo bem! Mas não sei se devo voltar para o seu palácio....-- Fala com firmeza.

--Não parece seguro! Não posso mais esconder... Eu te amo, e isso é assustador porque te conheço há algumas semanas e isso aconteceu....eu-

--Eu sinto o mesmo! E eu sei que é assustador.- Interrompe Danyella com agilidade.

--Eu...precisamos ir embora!-- Fala balançando a cabeça para espantar o nervosismo, segurando a mão de Donna com força.

--Danyella, eu não posso ir!-- Fala soltando a mão da vampira.

--Você vai ficar? E se acontecer algo?--

--Nada vai acontecer, Danny! Eu sei me cuidar.--

--Se você quer ficar, que assim seja!-- Fala dando de ombros e saindo, um pouco corada com o apelido.

--Danyella!-- Tenta segurar a vampira.

  Do jeito que a mulher saiu de lá, Donna pode escutar seus passos firmes e cheios de ódio.

  Mas Damon já havia ido embora?

  Beneviento vagou pelos cantos escuros da mansão, se camuflado a cada passo, em busca de qualquer vestígio que indicasse que alguém estaria lá. Sem sucesso, fechou as portas e voltou para a oficina.

[...]

  Alcina deixou o trabalho de lado só para ficar com suas meninas.

    Noite anterior

  Alcina deixou Cassandra por breves minutos após escutar um barulho, um leve bruxismo dos dentes de Alcina ecoou. Rosnou para o que quer que fosse, até ver duas silhuetas trêmulas do lado de fora, pareciam estar morrendo.

  A condessa não pôde conter os olhos arregalados naquele momento, e não perdeu tempo em caminhar com passos largos e apressados até as duas e abraçar ambas, pode sentir sua pele gélida em contato com a pele congelada de Daniela e Bela.

--Por Deus! Isso não está certo!-- Fala as levantando em seu colo e levando-as para dentro.

  Tudo estava andando confuso, não sabia oque estava acontecendo! Isso não era normal, mas era como um sonho sendo realizado. Suas filhas estavam com ela! E Alcina faria de tudo para continuar assim.

  Ainda hoje

  Suas filhas haviam se recuperado, tudo tinha voltado ao normal para a família Dimitrescu. Mas para Beneviento... Bem, veremos.

[...]

--Ahhh, solte ela seu idiota!-- Gritava Angie voando no rosto de Damon, enquanto ele cravava uma faca no abdômen de Donna, a mulher não consegiu soltar um ruído sequer, apenas colocou a mão sobre o ferimento quando o objeto pontiagudo foi retirado de sua carne.

--Não!-- Um rosnado alto foi ouvido quando Donna caiu no chão e sua visão foi embaçada.

  Era Danyella, que em velocidade vampira foi para cima do irmão e agarrou seu pescoço com força, subindo para as orelhas, apertando com suas mãos os dois lados da cabeça de Demon, seus olhos ficaram vermelho sangue enquanto Danyella esmagava o crânio do outro vampiro sem esforço algum. O som dos ossos rangindo quando o mesmo foi pressionado contra a parede foi música para os ouvidos da mulher, que curvou os lábios em um sorriso largo de orelha a orelha.

--Vai pagar pelo que fez! Mas não agora...-- Fala o jogando na janela, a fazendo quebrar enquanto o corpo de Damon parecia pesar toneladas sendo arremessadas para fora.

  Danyella só consegue ir até Donna, a encontrando desacordada com o véu desajeitado mostrando a cicatriz.

  A pegou no colo e a levou embora para o palácio outra vez.

--Angie! Para ela se curar precisa beber meu sangue!-- Danyella fala para a boneca que se recusava a deixar a vampira encostar em Donna.

--Ela vai virar vampira, imbecil! Ela não quer! Lambe logo essa ferida antes que ela morra!-- Fala a boneca dando um tapa em Danyella.

--E se ela não gostar?--

--Vai slavar a vida dela!--

  Danyella parece refletir um pouco a respeito, mas lentamente vai considerando salvar Donna de novo, e lambe o abdômen ferido, sentindo o sangue doce da mulher invadir seu paladar imediatamente, mas se conteve e viu a ferida se curar.

(Sem revisões)
 

~Draga Mea~ De volta das trevasOnde histórias criam vida. Descubra agora