Enfim o destino

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  As crianças já haviam completado dois meses. E já haviam aprendido a andar, o que obviamente deixou Donna louca atrás de suas crianças sapecas e hiperativas.

---Não aguento mais essas crianças correndo pela casa! Sienna tem asas, e Elize tem presas!--- Donna suspira e se joga na cama cansada.

---Meu amor, isso é o menos dos problemas quando se tem uma esposa cansada!--- Danyella se senta acariciando as costas de Donna.

---Meus peitos doem tanto!--- Ela se senta suspirando pesadamente.

---Você não amamentou o suficiente e elas já cresceram! É normal doerem. Vá tomar um banho, eu vou já te ajudar.--- Danyella sorri dando um beijo nos lábios de Donna.

  Donna hesita por alguns instantes, mas logo cedeu e caminhou até o banheiro para deixar a banheira cheia antes de entrar e afundar o corpo na água morna e reconfortante. Era como se lavasse todo o peso do dia cheio que teve.

---Não se preocupe! Eu já vou te salvar.--- Danyella entra no banheiro, se agachado do lado da banheira.

---Por favor, acabe logo com isso!--- Donna geme de dor e fecha os olhos com força.

  Danyella estava desesperada por dentro, mas por fora tentava manter a postura de séria. Se aproximou e levou a mão até o seio de Donna, pressionado e escorregando o polegar até os mamilos, que escorriam todo leite materno e de dissipavam na água. Fez o mesmo com o outro e suspirou de alívio ao ver Donna relaxar como se tivesse sido tirado um peso enorme de suas costas.

---Se sente melhor?--- Danyella se levanta.

---Obrigada, isso ajudou muito!--- Donna suspira se pondo de pé e pegando a toalha para se secar enquanto saia do banheiro.

---Coloquei as crianças para dormir! Apagaram tão rápido.---

---Imagino! Correram até não aguentar mais.--- Donna se veste, se jogando na cama e ajeitando uma pilha de travesseiros nas costas para ler um livro de romance.

---Você fica linda assim!--- Danyella se juntar a Donna, deitando sobre a cama e apoiando sua cabeça nos seios da mulher enquanto envolvia seus braços suavemente ao redor do corpo da mais nova, se aconchegando ali.

---Você não se separa de mim mesmo, né?--- Donna deixa o livro de lado.

---Não mesmo!--- Ela sorri e levanta para beijar a bochecha de Donna, voltando a se aninhar ao corpo de Beneviento.

  Donna acaricia as madeixas de cabelo grisalhas de Danyella com ternura, sabendo que em breve a mesma dormiria como uma criança se continuasse a fazer carinho em seus cabelos.

  E sobre as crianças, Soraya têm ajudado muito nessa nova experiência de ser mãe de duas meninas com poderes. Além de ter se aproximado de Myllen, pois era uma garotinha doce e destemida igual a mãe, e menina já considerava e chamava Donna de mamãe, e isso foi certamente uma evolução em tanto para a mulher.

  Realmente sua vida virou de cabeça para baixo, em um bom sentido, claro! Tinha uma família e uma noiva atenciosa. Sim! Esse dia chegou depois de muito tempo, finalmente!

[...]

  Ayla e Alcina estavam em um ótimo relacionamento. E as filhas da condessa aceitaram o namoro desde o início, quando ficaram sabendo que foi a namorada da mãe que as trouxe de volta para o mundo, e que fez de tudo para manter assim.

---Eu preciso cuidar das roupas de Danyella para o casamento!--- Ayla fala empolgada, o que faz Alcina observar cada passo da bruxa de um lado para o outro completamente inquieta. Sorrindo com isso.

---E eu preciso cuidar das roupas de Donna para o casamento! E nem por isso eu estou assim.--- Alcina faz um gesto com as mãos enquanto fala com tanta calma.

---Assim como? Diga-me, Alcina Dimitrescu!--- A mulher fica indignada com as palavras de Alcina, batendo os pés no chão e cruzando os braços enquanto faz uma cara nada boa.

---Deixe isso para outra hora, meu amor!--- Alcina levanta as mãos em rendimento.

---Tudo tem que ser perfeito! E se Heisenberg estragar tudo eu arrango o negócio mole que ele chama de 'pau'!--- Ayla rosna soltando uma risada sincera depois

---Eu gosto da idéia, Draga mea!---  Sorri orgulhosa. ---Eu que ensinei!--- Alcina limpa uma lágrima imaginaria e faz uma falsa cara de choro.

---E se alguém interferir nos meus planos, eu farei questão de enfiar uma tora de madeira bem no meio....--- Ayla é interrompida por um grito de uma criada.

---Modos, minha cara. Eu já entendi!--- Alcina ri baixo.

---Que bom, pois eu pretendo cumprir o que eu disse!--- Se deita com Alcina e agarra seu braço direito para sentir a pele gélida da mulher. Intrigante.

[...]

  Por outro lado, Karl e Leonice haviam de dado muito bem juntos, já que estranhamente possuíam algumas coisas em comum. Estavam ficando!

  Eu sei, eu sei! Ele parece gay, e de fato ele é de alguma forma os dois, então acalmem os nervos.

~Draga Mea~ De volta das trevasOnde histórias criam vida. Descubra agora