~Draga Mea~ De volta das trevas

Um lado bom e o outro não

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  Alcina passou a noite inteira acordada, observando sua pequena criatura dorrmir. Mas também refletindo o que acabou de acontecer, sua menina havia voltado? E as outras voltariam assim também? Por Deus, isso lhe fritava o neurônio.

  O dia enfim amanheceu, horas que para a condessa pareciam séculos. Até sua pequena acordar, abrindo os olhos lentamente tentando se acostumar com o ambiente claro por causa do dia, mas havia neve lá fora.

  Cassandra procurou a mãe na cama, mas sem sucesso. Depois que viera a perceber que sua mãe havia pegado no sono em uma poltrona aos pés da cama.

--Mamãe?-- Chamou a garota se sentando na cama ao ver sua mãe.

  O chamado faz Alcina despertar de seu sono ligeiramente, encarando Cassandra por um segundo antes de se levantar as pressas, completamente desajeitada e se sentar ao lado da menina, sua menina, e segurar seu rosto suave com as duas mãos, que eram grandes o suficiente para sufocar a garota, mas o cuidado de Alcina não deixou acontecer.

--Meu amor! Minha filha! Você está bem?-- Fala Alcina encarando no fundo de seus olhos amarelos.

--Eu...estou bem!-- Responde a garota, suspirando de alívio ao sentir o toque da mãe.

--Que bom, meu amor. O que aconteceu?-- Fala a condessa envolvendo os enormes braços no corpo da menina, a embalando cuidadosamente como se fosse um presente que poderia quebrar a qualquer instante.

--Eu estava com tanto medo....foi horrível, mamãe.-- Fala fechando os olhos e se encolhendo nos braços de sua mãe, como se fosse o lugar mais seguro do mundo.

--Está tudo bem agora! Não vou deixar ninguém machucar você...-- Fala afastando os cabelos de seu rosto para ter certeza de que não era mais um de seus sonhos, e quase deixou uma lágrima escorrer pelo seu rosto, mas segurou e deixou sua menina na cama.

--Fique aqui, meu doce! Mamã volta já.-- Disse acariciando o rosto de sua filha.

  Garantindo que a garota estivesse quente, deixou um beijo em sua testa e se afastou, indo até um telefone afastado.

    Ligação on

--Olá filha! Aconteceu alguma coisa?-- Mãe Miranda pergunta um pouco surpresa pela ligação.

--Oi mãe Miranda, desculpe-me se te atrapalhei em algo. Mas temo que alguma coisa muito estranha está acontecendo em meu castelo!--

--Diga-me oque te preocupa, filha!--

--Cassandra... Cassandra voltou! Eh não sei como diabos isso aconteceu, mas aconteceu.--

--Oh, querida! Isso é uma notícia ótima!--

--Sabia de algo?--

--Oh, temo que não! Mas posso tentar descobrir.-- Mãe Miranda não sabe mentir bem.

--Tudo bem! Por favor venha me visitar ou me dê notícias!--

--Claro, filha!--

  Ligação off

  [...]

  Donna vem se tornando cada vez mais próxima da tão falada Danyella. Com visitas frequentes e conversas sem que Beneviento use Angie.

  Certo dia estavam desfrutando de uma conversa, normal até então. Sentadas no sofá com Angie correndo pela casa toda.

--Você encontrou meu irmão por aí?-- Donna pergunta colocando as mãos na coxa, que insistia em balançar em ansiedade.

--Heisenberg ou Salvatore?-- Ela nota o desconforto de Donna.

--Heisenberg! Viu ele?-- Donna se sente um pouco envergonhada.

--Ah, sim! Ele estava indo até o castelo de Alcina.--

--Alcina está bem?-- Fala como um sussurro.

--Ele me falou que sim!--

--Oh...--

--Você está bem, Donna?-- Fala colocando a mão em cima da de Donna. 

--E-eu...bem...eu...-- Suspira demoradamente --Eu estou bem...-- Fala com voz rouca e trêmula.

--Tem certeza?-- Pergunta se aproximando mais.

--Sim!-- Responde prendendo a respiração.

  Danyella pode sentir o coração de Donna batendo forte contra o peito. E Beneviento sentiu como se Danyella pudesse ver através do véu.

  Oh céus...Donna exalava um cheiro estranho para a vampira, mas era um cheiro doce e acolhedor. Seus olhos vermelhos por um instante brilharam enquanto sua pupila dilatou ao sentir o cheiro de Donna invadir suas narinas.

  Por Deus! Estavam tão perto se não fosse pelo véu...Sua vontade era de arrancá-lo para beijá-la. Mas se o fizesse seria algo constrangedor para Donna, e ela entendia isso.

--D-Danyella...-- A voz de Donna saiu falha, como um suspiro pesado.

--Você quer...-- Fala com um sussurro.

--Eu...-- A resposta de Donna parece ser positiva, e sai como um gemido abafado.

  Danyella levanta o véu lentamente para dar-lhe a visão de seus lábios macios e bem desenhados. Acariciando com o polegar as bochechas rosadas da mulher, e finalmente selando um beijo calmo e suave.

  Donna não parece recuar, e segura os pulsos de Danyella, que está com as mãos em seu rosto.

--Que nojo!!-- Angie fala de braços cruzados nos pés das duas.

  O beijo é rapidamente separado, com ambas um pouco ofegantes.

--A-Angie!-- Donna fala com um olhar de desaprovação debaixo do véu.

--Se conheceram faz alguns dias e tão aí se pegando?--  Angie fala batendo o pé no chão.

  Danyella só consegue arquear a sombrancelha e suspirar.

--Esquece, você já virou um pimentão! Se machucar a minha Na na eu mato você!-- Fala subindo no colo de Donna e encarando a vampira de cima a baixo.

--Angie, por favor...-- Donna sussurra colocando a mão na testa envergonhada.

--Me desculpe...Eu-

--Tudo bem!- Donna responde por Angie, pois o constrangimento parece aumentar a cada segundo.

--Me perdoe... Eu..eu preciso ir se não se importar.-- Diz se levantando com um rubor nas bochechas.

--Tudo bem...Eu entendo.-- Ela ainda fala pela boneca, pois por debaixo do véu ela está vermelha como um tomate.

  Ambas se despedem de forma desajeitada e apressada. Ao fechar a porta, Donna só consegue suspirar de alívio e tocar os lábios com as pontas dos dedos.

--Ihhh, tá caidinha na vampirona forte!- Angie fala debochado da reação da mulher.

--Angie, por favor...Por favor, fique quieta!-- Fala subindo as escadas em passos lentos ainda com as mãos nos lábios.

  [...] Danyella

  Pelo amor de Deus! Donna é tão incrível... e tudo está acontecendo tão rápido que...eu não me reconheço mais. Aquela mulher tirou completamente sua noite de sono tranquila.

  Mas creio que Donna também não deve estar diferente...

(Sem revisões)
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