You're my Heroine

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Lauren Pov’

Sentia uma enorme queimação no lado direito do meu corpo, abaixo de minhas costelas onde aquela maldita faca estava entranhada. Camila me abraçava com força, impedindo que eu fosse ao chão e seus olhos brilhavam desespero.

Camila virou um pouco meu corpo, deixando-me ver quem havia tentado atingi-la. Os olhos dele gritavam o quanto ele havia cometido um erro, o que o fez sair correndo, tropeçando em seus próprios pés enquanto o fazia.

Observei a mais baixa pegar a sua pistola enquanto se esforçava para me manter de pé, começando a atirar contra aquele rapaz que eu sequer tinha ideia de quem fosse, mas nenhum tiro o acertou e aquilo fez Camila exasperar raivosa.

O nosso mascarado também havia fugido, deixando para trás toda e qualquer chance que tínhamos de segui-lo e enfim o pega-lo. Droga!

— Lauren, olha pra mim. – Pediu Camila, fazendo com que eu colocasse meus olhos sob seu rosto. – Eu vou te levar para o hospital e…

— N-não! Dean não pode saber que viemos atrás de algo sem o avisar. – Me esforcei para falar, grunhindo ao sentir uma forte pontada. – Me leva pra casa e lá eu cuido disso.

Camila deixou claro em seu rosto o quanto não concordava com aquilo, mas mesmo assim pegou a chave que estava no bolso da minha calça, passando meu braço por cima de seus ombros para que ela enfim pudesse andar.

A cada passo que eu dava, sentia como se um forte choque viesse de encontro ao meu corpo, parando exatamente onde aquela faca ainda se mantinha. Pensei em puxá-la de uma vez, mas sabia que a faca de encontro a minha pele era a única coisa que segurava a boa quantidade de sangue que iria sair dali.

Cabello abriu rapidamente a porta de trás do meu carro, me colocando deitada de lado ali, correndo para o banco da frente e sem nem me deixar pensar, arrancou com o carro, fazendo um enorme barulho ecoar na rua vazia.

A todo instante Camila olhava para trás, vendo como eu estava e tudo o que eu conseguia fazer era segurar o grito de dor que eu queria deixar escapar por minha garganta.

Dean foi o cara quem me criou e me ensinou a saber lidar com minha dor, dizia que tudo que tentariam fazer era me atingir onde eles poderiam ver e se eu não deixasse isso transparecer, eles enlouqueceriam por não ter o que queriam.

Respirei fundo, levando a mão para trás e tocando onde a faca estava, trazendo a mão de volta e checando o quanto de sangue meu corpo estava deixando ir e para minha sorte, ainda não era muito.

Camila dirigiu tão rápido que em menos de 15 minutos ela já estava adentrando a garagem do meu prédio, estacionando e logo descendo do carro. Abriu a porta de trás, me ajudando a levantar com cuidado e logo guiando nossos corpos para o elevador.

— Tudo bem ai? – Indagou ela e eu concordei com a cabeça – Porque você teve que se colocar na frente? Porque não deixou que eu recebesse meu destino?

Franzi o cenho.

— Acha mesmo que eu não iria tentar proteger você? – Indaguei baixo – Eu sei que se fosse você no meu lugar, você faria o mesmo, Camila. Fora que não era nem para estarmos lá. Eu quem te arrastei direto para o perigo.

O elevador se abriu, nos deixando em meu andar e logo Camila voltou a guiar meu corpo, destrancando meu apartamento e rapidamente nos colocando para dentro. A de olhos castanhos me colocou sentada no sofá e levou as mãos até o cabelo enquanto pensava.

— Certo, vou precisar de agulha, fio para sutura, álcool, gases, luvas e uma faixa. – Camila tornou a chamar minha atenção.

— Tem um kit médico no banheiro, no armário de baixo.

Just a CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora