Descuido ou não? Eis a questão

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- Oie - Paula disse tentando não parecer tão envergonhada, ainda mais que IzZy estava ali do lado, olhando com aquela cara pra ela, enquanto Nanjoom apenas esperava a devida atenção. - IzZy, será que você parar com isso?
- Parar com o que? Não to fazendo nada - Ela riu, voltando sua atenção para Moon, que ainda queria atenção, então ficava cutucando a bochecha a dela. - Ei! Isso dói.
- Não dói, você que é de porcelana.
- Eu não sou de porcelana, eles dois são, tá vendo? Eles brilham no Sol, e você some - IzZy riu com o próprio comentário, recebendo um tapa de Paula. - Vocês são um casal perfeito, agora, vão logo, porque o Suga dono do SWAG vai te levar pra algum lugar muito louco.
- O que você tá falando, IzZy? - Paula tentava não gaguejar.
- Paula, deixa esses dois aí, eles não querem que a gente saia, na verdade, eles querem ficar sozinhos - IzZy deixava Paula envergonhada, então Suga retrucaria a deixando envergonhada.
- Ei! Meça suas palavras, eu não faço questão de ficar sozinha com ele. - Faz um biquinho. - Ou eu tenha... Não, parei
- Paula... - Suga pegou a mão da menina, que seu um pulinho de susto, não era todo dia que isso acontecia - Ah, desculpa, não vou ficar tão perto.
- Não... Tudo bem. - Ela ergueu a mão e ele a segurou de novo, caminhando ao lado dela para fora dali.
- Esses dois... A Paula é tão envergonhada, espero que de tudo certo.
- Você é mais envergonhada que ela.
- Eu? Eu nada, você demorou 300 anos pra conseguir olhar pra mim sem desviar o olhar - Puxei a bochecha dele, afastou minha mão.
- Acho melhor irmos... As pessoas estão começando a olhar.
- Estão olhando porque é você... - Murmurei, começando a andar.
- Onde pensa que está indo? - Ele tinha ouvido o que ela falou, mas preferia deixá-la pensar que não. - É pra lá.
- Ah, desculpa, mas é que se eu não ando, você fica aqui o dia inteiro. - Moon segura a mal de IzZy, a acalmando, eles atravessam a rua e e ele entra com ela em um prédio. - O que é aqui?
- Eu iria trazer você em um lugar mais... Bom, eu achei que você ia gostar daqui. - Ele fala com um homem na recepção e eles entram na ultima sala do corredor.
- Você realmente me conhece,
Sr. Moon - Entra correndo na sala, encontrando uma mesa com os mais variados petiscos e uma TV com dois microfones na frente. - Como você sabia?
- Não é muito difícil... Além do mais, passei muito tempo com você. - Anda até a TV e coloca uma música pra tocar estendendo um microfone e pegando outro. - Me acompanha nessa música?
Segura o microfone, vendo na tela, "Miss Right" do próprio BTS, os olhos de IzZy brilharam, Moon estava entrando em uma zona perigosa, batalha do rap.
- Há! Viu? Eu sou suprema - Risos eternos, ela sobe em cima do sofá, fazendo uma Dancinha bizarra, enquanto Moon a observava sem esconder admiração, ela podia ser toda cheia de si, mas não tinha como não gostar.
- Tá, Sra. Suprema, quero ver agüentar essa. - Ele subiu a lista, achando Cypher Pt.3, que absurdo era aquele? Um karaoke dos Deuses? Eu precisava trazer as meninas aqui.
- Sou mais Suprema que Supreme Boi. - E Moon começou a cantar a parte dele, perfeita com sempre, quem imaginava que ele não conseguia fazer isso ao vivo não sabe o poder desse menino, mas em trocar disso, eu ia fazer a parte do Suga e do J-Hope, partiu falecer, aquele folgado. Minha parte chegou, eu muito preocupada em acertar a letra e mostrar pro Moon que eu conseguia fazer rap, esqueci que estava em cima do sofá, e fui andando pra trás, tropeçando no braço do mesmo.
- IzZy, você... - Só percebi quando eu estava caída em cima do Moon, numa posição um tanto estranha digamos assim, ele tinha deitado no chão e eu estava com uma perna de cada lado do seu corpo e os braços separando nossos rostos, apoiados do lado da cabeça dele, senti o meu rosto ficar em chamas, mais vermelho que a minha nota de Matemática no Ensino Médio, arrumei-me, saindo de cima dele e sentando virada de costas, cobrindo o rosto. - Você está bem? Você me assustou...
- Desculpa, desculpa cair em cima de você... Daquele jeito... - Ele passa os braços em volta da minha cintura, me abraçando por trás. - O-O que está fazendo?
- Ainda bem que você está bem... Senti que meu coração fosse sair quando vi você tropeçar, mala rápido que eu agora, só o Zelo fazendo LTE. - Ri da comparação dele, me virando de frente para o mesmo, sorrindo, era bom ficar daquele jeito. - Quer ficar assim pra sempre, Doninha? - Mas o que é bom dura pouco.
- Aff Aff, eu não, vamos logo acabar com essa música, eu estava quase passando você nos pontos. - Me levantei em um salto, pegando o microfone de novo.
- Quem sabe em outra vida.

~•~

- Achei bem a sua cara esse lugar. - Suga guiou Paula para dentro de um café estilo americano super fofo e aconchegante.
- Que lugar bonito, e olha que eu não nunca disse pra você que eu queria ir em um lugar assim. - Paula sorri, distraída em olhar as várias opções de doces na vitrine.
- Mal ela sabe que eu perguntei pra IzZy isso... - Imaginem uma mini IzZy aparecendo no canto da tela, dando um sorrisinho, fazendo um joinha e piscando.
- Hum? Você disse alguma coisa? - Paula se virou, saindo do transe.
- Não, não disse nada, vamos para o segundo andar, lá tem uma vista muito bonita. - Os dois sobem uma escada de madeira, encontrando umas mesas e alguns casais comendo. - O que você quer pedir?
- Aqui é uma loja de doces orientais né? Sempre quis provar uns - Os olhos dela brilharam, vasculhando o cardápio - Eu quero... Mochi - Ela faz uma cara engraçada na hora de falar, o que faz Suga rir. - De chocolate e um frapê de morango.
- Vou pedir um também então. - Suga chama a garçonete, que anota o pedido sorridente e volta alguns minutos depois.
- Com licença... - Ela coloca os doces na mesa. - Você não é daquele grupo de k-pop... BTS eu acho.
- Sim, eu sou. - Paula apenas observava, enquanto tomava um gole do seu fraputino.
- E você... - Apontou para a menina. - É do S.L.A né? Desculpe essas perguntas, é que minha filha é fã, então eu já sei muitas coisas.
- Você... - Paula não sabia o que sentir nem o que pensar. - Você me conhece?
- Sim, você não leu as notícias? Tem um grupo chamado S.L.A que está chamando atenção pelo estilo pesado de hip hop que é muito diferente do dos outros grupos femininos, ou pelo menos foi isso que minha filha me disse. - Sorriu de novo. - Bom, vou deixar vocês comerem em paz, boa refeição - E se retirou.
- Viu? Vocês estão ficando famosas já. - Suga apontou enquanto mordia o doce. - E isso aqui é muito bom.
- Mas me surpreendeu... Não sei, foi muito rápido. - Ela mordeu o doce também, ficando feliz com o sabor. - Você nunca comeu esse?
- Esse não, mas agora me arrependo, porque é muito bom. - Riu da própria descoberta, tirando o celular do bolso. - Me disseram que você não gosta de foto, mas... Quer tirar uma para relembrar o momento?
- Ah, tudo bem, eu não me importo. - Ele estendeu o celular, enquadrando os dois na foto, mal ela sabia que ele iria imprimir essa foto e guardar em um porta-retrato no quarto. - O que você achou do que o Deus fez com a gente? Essa armação... Vamos assim dizer.
- Eu? Eu não vi problema nenhum. - Ele sorriu pra ela, mostrando a gengiva, ela sorriu de volta. - Temos sorrisos iguais.
- Eu não gosto muito... É estranho. - Paula fez outra cara engraçada, expressando descontentamento.
- É lindo. - Estendeu a mão, passando os dedos pelo cabelo dela, que estendeu a mão e colocou sobre a dele, encabulada. -
- Obrigada Suga. - Ela disse apenas, ainda segurando a mão dele, agora na frente de seu rosto, ela analisava a mão do mesmo, perdida em pensamentos.
- Pelo que? - Ele sentia arrepios quando ela o tocava, mas tentava não demonstra-los.
- Ah, por tudo, sou nova em tudo, tudo mesmo, pra mim está sendo uma aventura e tanto, e você me ajudou muito a segui-la.
- Ah, que isso. - Moveu o braço rapidamente, derrubando frapê em si mesmo. - Ah não, minha melhor roupa.
- Ai Deus, tinha que ser você - Se levantou, pegando alguns papéis e tirando o excesso da camisa dele. - Vamos, você tem que trocar isso.
- Não precisa...
- Você vai acabar com um resfriado, além do mais, agora você está cheirando a morango, podemos passar em uma loja qualquer, pegar uma blusa e continuamos nosso passeio, não ligo pra roupa que você usa.
- Poxa... Vamos então. - Chamou a garçonete, pagando o pedido, levando umas boas de Paula que queria pagar sua parte. - Deixa que eu levo pra você. - Pegou a bolsa da menina, e saiu com ela do café, em busca de alguma roupa que repusesse a camisa favorita do açúcar.

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