❥ Chocolate cogumelo ❥

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— Papai, papai! —  a garotinha teve um ataque de risos

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— Papai, papai! — a garotinha teve um ataque de risos. — Mais rápido, papai! Mais rápido! —

— Segure firme, princesa! — Ele instruiu enquanto segurava firmemente os joelhos da garota sentada em seus ombros e corria pelo jardim.

— Yeobo, tenha cuidado! — A mulher gritou com eles de onde empurrava um menino no balanço.

A foto panorâmica parecia ter sido tirada de longe, talvez por uma câmera apoiada em um tripé ou algo assim. A qualidade do vídeo não era muito impressionante, mas ainda era possível distinguir as pessoas e as cores nela. Era claramente uma tarde ensolarada de verão.

A mulher continuou empurrando o garotinho que gritava 'mais alto, mais alto' com um largo sorriso espalhado por suas feições. Em algum momento, a menina foi colocada de volta no chão e estava correndo na grama alta perseguindo uma borboleta amarela.

— Papai, olhe! — Ela gritou animadamente enquanto apontava para o lindo inseto.

— Isso é muito lindo. Venha aqui. — Ele anunciou, agachando-se e abrindo os braços para um abraço.

A garotinha de cabelo escuro preso em um rabo de cavalo e vestido floral rosa correu até o pai rindo em êxtase, e riu alto quando o homem a envolveu em um abraço apertado.

— Amo você, papai! — Ela declarou enquanto beijava a ponta do nariz dele e soltava um pequeno sorriso gengival.

— Eu também te amo, Jennie — ele disse, de costas para a câmera e a única coisa visível era seu perfil lateral enquanto retribuía o gesto. — Você é a princesinha do papai. Nunca se esqueça disso.

Jennie zombou amargamente e desligou a TV com uma carranca. Tomando um gole de uísque, ela olhou para a hora em seu telefone e suspirou derrotada quando percebeu o quão tarde já era.

Sábado, 6 de julho de 2019 (22h12)

Há quanto tempo ela assistia aqueles vídeos antigos?

Abraçando-se com o cobertor de lã sobre os ombros, ela se levantou e deslizou as portas de vidro da varanda, subiu nela e se jogou no balanço da varanda. Ventava muito lá fora e as temperaturas haviam caído significativamente, mas ela não parecia se importar, apesar de ter esquecido a diferença das estações em Auckland e não ter levado nenhuma roupa quente. Tudo que ela precisava era escapar de seus próprios pensamentos.

Ela sentiu a aspereza do papel opalino em suas mãos aparecendo no envelope e teve vontade de amassá-lo e descartá-lo como lixo e fingir que nunca existiu, mas decidiu não fazê-lo. Era agora ou nunca — ela havia escrito aquela carta com um propósito e não havia nenhuma maneira de ela recuar agora, não importa o quão dura sua mente estivesse lhe dizendo para fugir como ela tinha feito durante toda a sua vida até esse ponto.

❥ 𝓝ã𝖔 𝖔 𝖒𝖊𝖚 𝖙𝖎𝖕𝖔 | 𝔍𝔢𝔫𝔩𝔦𝔰𝔞Onde histórias criam vida. Descubra agora