(P.O.V. Kara)
_ O que foi isso que eu senti?
Voando para o DOE conforme fui ordenada, não conseguia tirar da minha cabeça a irmã do meu pai. Bem, ele não era exatamente meu pai, mas foi o homem que me acolheu assim que cheguei à Terra, me ensinou tudo o que eu precisava saber, me ajudou a cada passo do caminho.
Nunca seria ingrata com ele. Por que aqueles olhos verdes tão familiares mexeram comigo? Acordei esta manhã no meu apartamento, tudo parecia tão estranho, será que fui exposta à kryptonita? Deveria contar a ele sobre essa confusão que estou sentindo? Não, ele tem tantas preocupações, não quero sobrecarregá-lo com os meus problemas.
Mas por que? Desde que o vi esta manhã, sinto uma raiva estranha? Seu olhar para mim deixou meu corpo em alerta, como se eu estivesse prestes a enfrentar um inimigo, mas ele sempre foi gentil comigo, me permitiu ficar, fui a única escolhida, todos os outros alienígenas que chegavam eram enviados de volta ao seu planeta de origem.
Eu entendi, ele sempre me explicou que eu era boa, mas os outros aliens que chegavam à Terra eram perigosos e pretendiam conquistá-la, ameaçando a vida de todos que viviam aqui, por mais inofensivos que parecessem, eles representavam uma ameaça real, assim que ele os identificava, eu agia.
Esta manhã, algo dentro de mim questionou quando ele mandou invadir a casa de um alienígena que vivia com sua esposa e filho, colocando-os em uma nave de volta ao seu planeta natal, algo em mim se compadeceu. Eles pareciam humanos. Lamentei que acreditasse que poderiam se esconder aqui.
Senti pena, algo que raramente experimentava, quando ele me contou que o planeta deles estava repleto de miséria e eles fugiram para a Terra em busca de uma vida melhor, mesmo sabendo que não eram bem-vindos aqui, o termo "família" ecoou em meu peito de uma maneira estranha, talvez seja porque tinha acordado sentindo um vazio, uma solidão inexplicável, embora eu tenha morado sozinha por muitos anos. Meu pai comprou meu apartamento quando eu era adolescente.
Mas algo estava faltando, ou melhor, alguém estava faltando. Eu já tinha expulsado alienígenas de todas as idades, com ou sem filhos, sem pensar duas vezes, no entanto, quando vi a criança de cabelos negros nos braços do alienígena, algo dentro de mim se apertou, por que estava sentindo isso? Ele estava me manipulando? Eles eram realmente perigosos? Nunca questionei nada antes, sabia que meu pai sempre buscava o bem de todos na Terra, mas esta manhã, eu estava confusa, confusa com minha própria mente e sentimentos.
De forma irracional, eu menti para meu pai pela primeira vez, disse a ele que tinha mandado os aliens embora, mas na verdade os enviei para a cidade do meu primo para procurá-lo , sabia que ele os acolheria. Não sei por que estava fazendo isso, mesmo sabendo que era um perigo para todos, há muitos anos quando era jovem, tentei derrotá-lo, mas ele era mais forte do que eu, talvez fosse melhor assim, talvez ele não acolhesse os maus e apenas famílias em busca de refúgio.
Agora, minha mente não conseguia se afastar da Luthor, especialmente daqueles olhos. Por Rao, aqueles olhos! Por que pareciam mexer com cada fibra do meu corpo, mesmo que eu não a suportasse? Meu pai me contou como ela sempre foi arrogante e ingrata, mesmo assim, ele era bom e tentava trazê-la para ajudar o planeta.
Hoje, não estava tão certa disso. Olhando em seus olhos, ela não parecia uma má pessoa. Os batimentos do seu coração eram tão familiares, não conseguia parar de ouvir desde que saí do seu escritório, algo me puxava como um ímã, não posso pensar assim dela, a pessoa que sempre quis manter longe de mim. Ela fez meu pai sofrer, mas será que fez?
Estou tão confusa, preciso colocar minha cabeça no lugar. Antes de chegar ao DOE, pousei no maior prédio da cidade, excluindo a L-Corp, claro. Ela, uma mulher arrogante, tinha que possuir o maior edifício da cidade. Costumava gostar de vir aqui na CatCo, não nego que sempre quis ser jornalista, mas meu pai disse que viemos ao mundo para proteger e não podíamos nos desviar de nossos objetivos, no entanto, eu queria saber como era ser algo além de Zorel Luthor.
Eu não usava meu primeiro nome, Kara, porque meu pai não gostava, dizia que era muito pessoal e que eu precisava começar uma nova vida assim que pisei na Terra, então, meu nome se tornou Zorel Luthor. Ele é muito rico e queria me ajudar, então me adotou quando eu ainda era muito jovem, mesmo que eu não saiba se isso era permitido na época, ás vezes fico pensando como seria minha vida se ele não tivesse me acolhido.
Tentei me distrair do batimento cardíaco da mulher arrogante de olhos verdes, focando no som da cidade por alguns segundos, mas, mais uma vez, fui atraída pelo som que me dava uma sensação de casa. Isso era algo novo para mim, apesar de ter sido bem recebida, nunca me senti em casa, só que para onde eu iria se meu planeta estava destruído?
Aquele som fazia meu coração se acalmar, era como música para os meus ouvidos, mas não posso me permitir sentir assim por ela, eu a vi crescer, sempre arrogante. Minha posição como filha do Luthor e seu braço direito fazia as mulheres caírem aos meus pés, eu também não era feia, mas eu sempre fui uma aberração, não era como todas as mulheres da Terra.
Digo fisicamente, eu tenho um... não consigo nem falar, meu pai diz que nem todos nascemos perfeitos, mas podemos conviver com as bizarrices do mundo. Eu odeio usa-lo, na maioria das vezes ficava com mulheres sem deixar elas encostar, outras vezes eu não resistia, mas era muito raro, me sentia muito, muito mau com isso depois, era como se enganassem alguém.
Meu pai disse que vai fazer uma cirurgia em mim assim que descobrir um modo, arrumar um bom cirurgião para extrair, não vejo a hora, isso me deixa tão envergonhada, toda roupa que coloco dica com um pouco de volume, irritante, lembrei do olhar da Luthor para ele, fez ele querer acordar, nunca comeria aquela mulher, porque não paro de pensar nela?
De tempos em tempos precisava de alguém e sempre procurava a mesma pessoa para usa-lo, ela não parecia ter nojo de mim, mas era horrível depois, sempre o uso dele era absurdamente rápido e cuidava de esconde-lo.
Acho que chegou a hora de eu procurar Andrea a necessidade dele está me deixando louca, a única explicação para tal coisa, eu chegar ao ponto de ter qualquer sentimentos pela irmã do meu pai, era de mais, não podia mais pensando nela, afinal tinha que ir para o DOE, meu pai já me chamava no ponto, respirando fundo e unindo forças sai voando para ajudar no que fosse preciso.
Oi, espero que estejam gostando!!! 😅😁.
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Ameaça a união ( Supercorp ou Karlena)🔞
FanfictionJusto quando Kara e Lena acreditavam que estavam imunes a abalos, que nada poderia perturbar sua felicidade, algo terrível irrompe em suas vidas. "Ameaça a união" é uma montanha-russa emocional. Será que Kara e Lena poderão superar ou estarão conden...