Ameaça a união ( Supercorp ou Karlena)🔞

Só quis ajudar.

Cheguei no meu apartamento, era pequeno mas gostava dele, acho que sim, me trazia uma vaga lembrança de algo que não sabia o que era, só uma sensação sem uma memoria visual, suspirei, me sentia sozinha, olhei para a TV, peguei sorvete na geladeira, me sentei enquanto remexia com a colher, quando aquela voz saiu da tela.

Olhei para a TV, era ela, Lena Luthor Kane. Rao, porque o Kane me incomodava tanto? Nunca fui de ter muito contato com ela, era para ser insignificante para mim, mas hoje seu nome me enfurecia. A CEO dava respostas rápidas na saída da L-Corp para alguns jornalistas, faria perguntas melhores, bufei, não sei porque ainda sinto essa vontade.

Olhando aqueles olhos verdes irritados, ela falava não ter mais nada a declarar, eles pareciam bem interessados sobre seu casamento, o que me deixou agoniada, uma vontade de sair voando e mandar eles pararem de sufoca-la. Bufei, não é da minha conta, ela merece, é uma pessoa ruim que no fundo deve estar amando a atenção, só que talvez não, ela é bem reservada e não da entrevistas a ninguém, nunca, talvez eu tenha me enganado.

Com as mãos na cintura me levantei irritada comigo mesma, quando seus olhos encontraram a câmera, mesmo pela TV engoli em seco, aqueles olhos, aquela boca vermelha, grunhir sentindo meu corpo esquentar, me levantei desligando, preciso sair, vou ligar para ela, pouco tempo depois atendeu:

_ Andrea, podemos nós ver hoje?

Ouvi o sorriso do outro lado da linha, porque pareceu tão errado? Mas eu fiz isso incontáveis vezes, mesmo assim parecia muito errado:

_ Calma bebê, boa noite para você também. Não sei, eu e umas amigas vamos a uma boate hoje, quer ir junto?

Passei a mão em minha cabeça, não queria sair com ela, sempre foi só sexo, não tinha sentimentos, estou me sentindo mal por fazer isso, mordi a boca contendo raiva de mim mesma:

_ Preciso de você

Ouvi um silencio do outro lado da linha, breve, mas logo um sorriso surgiu do outro lado:

_ Estamos falando do que estou pensando?

Apertei os olhos, nunca me senti tão mal quanto a isso, eu só conseguia pensar no olhar da Luthor quando a viu, a forma que seu coração martelou no peito:

_ Sim, podemos sair depois, mas antes preciso de você

Não deveria me sentir mal com minha atitude, meu pai disse que mulher também é distração, comemos e descartamos. Elas estão no mundo para nós machucar, nos manipular, sempre temos que colocar o desejo longe da razão.

_ Claro, estou na Obsidian, venha aqui.

_ Vou tomar um banho e chego em 15 minutos.

Ouvi seu sorriso novamente, podia até ver sua expressão maliciosa:

_ Ansiosa.

Desliguei, nossa que raiva de mim, olhei para baixo, você só me envergonha, fazia no mínimo uns meses que não usava, mas meus hormônios estavam me enlouquecendo ao ponto de querer a Luthor, tanto que ele se mantinha meio acordado, fazendo volume mais que o normal.

Vou tomar um banho, encontrar com ela, isso tudo pela arrogante Luthor Kane vai passar e eu posso desprezar sua existência, deixar essa sensibilidade, pessoas sensíveis são fracas, não posso ser sentimental. Bufei deixando a água escorrer pelo meu corpo.

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(P.O.V Lena)

Decidi dispensar meu motorista esta noite, passei o dia pensando na loira e queria andar pela cidade para me sentir em casa. Agradeci quando a Kate me ligou dizendo que sairia com algumas amigas, me convidou, mas eu não estava no clima para isso e não queria ficar perto dela. Era uma sensação horrível, não conseguia lembrar de nada que pudesse ter causado isso.

Nossa, meu carro está soltando um pouco de fumaça, era só o que me faltava. Estava sozinha em uma via não muito movimentada, parei no acostamento, sentindo a raiva tomar conta de mim. Já estava pegando o caminho de casa, desejava apenas chegar, tomar um banho, talvez beber novamente para acordar amanhã menos confusa.

_ Com problemas?

Aquela voz de novo. Bufei, virando-me com os braços cruzados. Essa mistura de sentimentos fazia meu coração acelerar, ao mesmo tempo em que a odiava.

_ Meu irmão mandou você me vigiar?

Ela pousou bem na minha frente:

_ Não, estava passando quando vi que você precisava de ajuda.

Aquilo parecia estranho, a forma como ela falou comigo, diferente da sua habitual que era sempre, sarcástica, distante, fria e desprezível, mas naquele momento, ela me olhava com atenção, não parecia a mulher que eu lembrava. Tentei não me deixar enganar, ela estava claramente agindo assim para que eu não descobrisse que meu irmão a havia mandado me vigiar.

_ Não acredito em você

_ Não me importo no que acredita

Ali estava ela, exatamente como eu me lembrava. Senti raiva, mas até mesmo a raiva que sentia parecia ser algo errado. Desviei o olhar do dela, mexia comigo, droga:

_ Não preciso de ajuda, pelo menos não quero a sua

_ Arrogante_ Provocou ela, com a mão na cintura me olhando de forma desafiadora.

Ergui a sobrancelha, voltei a encará-la, ela permanecia com a atitude arrogante de sempre.

_Se acha tão poderosa, mas no fundo não passava de um capacho do meu irmão.

Vi uma leve raiva em seus olhos que logo se dissipou

_ Não fale assim dele, sabe que ele só tenta ajudar os outros o tempo todo.

Foi inevitável não revirar os olhos.

_ Capacho, vai ver se ele precisa de você. Quem sabe você precisa engraxar os sapatos dele ou limpar a bunda, já que faz tudo que ele manda.

Tentei abrir o capô do carro, que estava quente, acho que fiquei tempo demais rodando pela cidade. Grunhi quando quase queimei a mão, em um piscar de olhos ela estava na minha frente segurando minhas mãos:

_ Não toque, está quente, machucou?

Ela soprou um vento frio na minha mão. O que ela estava pensando, ficando tão perto assim? Sendo gentil? O que ela e o Lex estavam tramando contra mim? Não posso negar que me senti bem tendo-a tão perto, seu toque macio segurando minhas mãos era tão familiar, no entanto, não me lembrava dela ter chegado tão perto.

_ O que está fazendo?

Perguntei. Vi confusão em seus olhos, ela piscou algumas vezes, abriu a boca e fechou. Estava confusa? Achava fofo se não pensasse que era só teatro, tirou as mãos de mim e deu um passo para trás, mas admito que funcionou; minha mão não ardia mais.

_ Eu... só quis ajudar

Não estava entendendo ela. Senti falta do seu toque, isso era ridículo, aquele vazio tomando conta do meu peito novamente. Cada vez que eu agia de forma ríspida, meu coração se contorcia.

_ Vai embora, Zorel

Ela franziu a testa para mim, irritada.

_ Deixa de ser ridícula. Eu aqui tentando ajudar e você está sendo grossa.

Trinquei os dentes.

_ Não quero a porra da sua ajuda_ respondi, olhando para os lados_ Cadê os jornalistas? Você não faz nada para ninguém sem ter uma câmera lhe acompanhando. Claro que meu irmão tem que se certificar de que todos saibam que o capacho dele está protegendo a Terra, como ele poderia ter tanto poder se não fosse assim, não é?

Oi, espero que estejam gostando!!! 😅😁.

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