(P.O.V Kara)
O que deu em mim? Por que parei para falar com ela? Era para ter seguido meu caminho até Andrea. Bufei, acabei não indo ao seu encontro, na verdade eu não a queria. Sentei no meu sofá, rosnando, por que a irmã dele está mexendo tanto comigo? Parece um ímã me puxando para ela, seu perfume me invadiu, admito que era muito bom.
Conheço ela desde pequena e não a suporto. Do nada acordo hoje e enlouqueço. Por que ela tem que ser tão arrogante? Quando vi queimar a mão, senti um nervoso no meu peito, não conseguia ter a ideia de ela se machucando, mas eu não me importo com ela, nunca me importei. Deveria procurar Andrea, isso é carência, não há outra justificativa.
Só que eu não a queria, remexia agoniada no sofá, sentindo sua respiração tão perto do meu rosto. Rao. Como ela era ainda mais linda perto? Ela é casada Zorel. Por que o fato de ela ser casada com outra pessoa parecia rasgar meu peito? Por que tantas perguntas? Aqueles lábios vermelhos tão apetitosos, foi inevitável não olhar, sentindo a frente da minha calça ficar mais apertada, revirei os olhos. Estava me excitando só de lembrar dela, que ótimo, preciso de um banho gelado.
Me levantei para tomar um banho, liguei o chuveiro, coloquei a cabeça embaixo quando ouvi minha campainha. Droga, nem um banho, por algum motivo achei que fosse ela, mas não sabia onde morava, pelo menos acho que não sabia, porque ela viria ao meu apartamento também, presa em meus pensamentos esqueci de verificar a porta e também não notei que meu ouvido estava ligado ao coração dela, bem distante do meu prédio:
_ Você não foi ao meu encontro, então resolvi vir te ver.
Andrea levantou uma garrafa de vinho, mesmo sabendo que não fazem efeito em mim, trouxe trazia todas as vezes. Sorri, mas senti agonia ao olhar para ela, não a queria ali. Pronto, a CEO arrogante me quebrou, nunca tive problemas em me relacionar com mulheres, mas agora só tinha ela na minha cabeça, isso passaria assim que visse Andrea nua bem na minha frente, pelo menos era o que esperava:
_ Hum, adorei a visita.
Ela passou por mim enquanto eu terminava de amarrar o roupão, com um sorriso malicioso, desceu a boca até minha bochecha, me dando um leve beijo demorado:
_ Cheirosa, gosto disso.
Me afastei. Seu toque nunca me incomodou muito naquele momento. Me sentia como se estivessem fazendo algo errado. Respirei fundo pegando o vinho:
_ Me espere no sofá, vou me trocar e buscar comida.
Ela sorriu de lado:
_ Você sabe que me excita quando me dá ordens, não sabe?
Por que senti nojo disso? Em outros momentos isso me deixava mais excitada. Lembro de todas as vezes que estive com ela e sempre a desejei, meu estômago embrulhou. Ótimo. Tentei forçar um sorriso:
_ Sossegue que eu já volto.
Saí da sua frente, usando a velocidade, tanto para me vestir quanto para sair do apartamento, com a desculpa de buscar algo para comer. O que eu faria hoje? Eu disse que precisava dela e ela veio. Não posso simplesmente mandá-la embora, mas não a quero mais, me pergunto se a quis quando liguei.
Sem pensar, passei na cobertura da Luthor. Me vi olhando para as janelas, de longe, claro, mas estava olhando, foi de forma irracional, como se sentisse a falta dela, falta de uma pessoa com quem troquei poucas palavras foi hoje. Rao, o que está acontecendo com minha cabeça? Sem forças para me afastar, fiquei olhando para as varandas. Tudo estava fechado, por que ela não sai? A noite está tão linda, ela deveria ver.
Me espantei com meus próprios pensamentos. Quando me tornei uma pessoa melosa assim? Ai Rao, eu quebrei. Ela me quebrou. Agora tenho certeza, meu coração deu uns pulos antes de bater acelerado, lá estava, com uma longa camisola de seda preta e um robe do mesmo tecido aberto, mostrando o decote, seus cabelos negros, chegou até a varanda e ficou olhando para baixo, acredito que seja para os carros, está ainda mais linda, perfeita.
Eu a queria para mim, não precisaria de mais nada nesse mundo. Construir uma família. Levei a mão ao coração, que doeu como uma pontada profunda, minha cabeça também doía. Até meu corpo sabe que isso é ridículo, pessoas como eu não têm famílias, ainda mais alguém como ela, não iria querer ter uma vida ao meu lado, ter filhos com uma aberração como eu.
Mais uma vez, minha cabeça doeu, deveria ir embora e parar de imaginar o impossível, talvez, só talvez, se eu fosse normal poderia paquerá-la, claro, se fosse solteira. Sei que já fiquei com mulheres casadas, mas ela não seria apenas um lance, gostaria de tê-la para mim, a cada segundo, sabendo que seria só minha e de mais ninguém.
Meu peito se contorcia em agonia. Por que ela está mexendo tanto comigo? Rao, me diz, por favor. Sei que ela nunca olharia para mim, basta olhar a perfeição que é esse ser humano, nunca na vida me daria uma chance, mesmo se eu me tornasse melhor, coisa que também não é possível.
Não sou doce com mulheres, romântica, as vejo como algo descartável, elas não me tocam, exceto Andrea de vez em quando, na maioria das vezes sou eu quem a toca e ela sabe que não deve insistir. Com essa mulher tenho a sensação de que ela poderia fazer o que quisesse comigo, qualquer coisa.
Com tantas mulheres no mundo, por que tenho que sentir algo logo por essa? Se ele descobrisse, me mataria, sempre deixou claro que eu deveria respeitá-la, especialmente quando descobriu que comecei a me relacionar com mulheres. Claro, seria estranho, é irmã dele e casada. Rao, pare com isso Zorel.
Vou ficar aqui olhando mais um pouco, depois vou embora. Mas preciso vê-la por apenas alguns segundos a mais.
Oi, espero que estejam gostando!!! 😅😁.
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Ameaça a união ( Supercorp ou Karlena)🔞
FanfictionJusto quando Kara e Lena acreditavam que estavam imunes a abalos, que nada poderia perturbar sua felicidade, algo terrível irrompe em suas vidas. "Ameaça a união" é uma montanha-russa emocional. Será que Kara e Lena poderão superar ou estarão conden...