Os dias passaram rápido.
Hoje tinha reunião com o Diogo sobre as minhas funções no Brasil.
O Rodolffo estava presente como elemento da sociedade ouvia todas as recomendações com atenção.
Ainda tinha 2 semanas no Brasil para organizar tudo. De início iria para o apartamento da empresa. Depois eu decidiria com o Rodolffo o melhor para os dois.
Por momentos a Ju afastou-se para ir conversar com o Tomás. Eu aproveitei o momento a sós para pedir ao Diogo que me ajudasse a comprar uma casa em Portugal.
Dei-lhe as informações do que queria e pedi para ele procurar com calma. Tinha até Dezembro. Seria o presente de aniversário da Ju. Pretendia vir com ela de vez em quando e não queria que a Matilde perdesse contacto com as suas origens.
E havia o Tomás e a Joana. Padrinhos da Matilde já tinham manifestado o seu descontentamento por terem que se separar.
Pedi segredo ao Diogo bem na hora que a Ju voltou.
- Ju! Se este gabirú se portar mal, volta. Eu mando o Tomás e tu regressas.
- Que gabirú, que nada! Não digas isso que ela ainda acredita.
Estávamos na quarta feira e o nosso voo estava marcado para Domingo.
Hoje era hora de ligar para Alice. Só tinha ligado no dia que cheguei mas não tinha contado que encontrei a Ju.
- Amor! Vou ligar para a Alice. Queres falar com ela ou fazemos surpresa lá.
- Eu falo, mas guardamos segredo da Matilde.
- Oi mana! Saudade.
- Que saudade, que nada. Se tivesses ligavas mais vezes.
- Não pude. Estava demasiado ocupado. Isto aqui é bom demais. Muitas gatinhas.
Senti um tapa nas costas.
- Não tomas jeito Rodolffo! Conseguiste notícias da Ju? Presumo que não pois não me ligaste!
- Não consegui nada. Vou regressar Domingo. Já estou consciente de que não era pra ser.
- Não faças isso mano! Tens que manter a esperança. Não foste celibatário durante 5 anos para desistir agora.
- É. Ainda bem que disseste isso. Tenho aqui uma namorada que não acredita que isso possa ter acontecido.
A Ju por trás de mim colocou a cabeça sobre o meu ombro de modo que ficasse visível na câmara.
- Juuuuuu do céu, gritou a Alice. Vocês dois querem ser responsáveis pela minha morte?
E cai num pranto.
- Não chores mana! Estou tão feliz.
- Choro de felicidade. A Ju também vem contigo? Tem que vir. Já chega de Portugal. Estamos com saudades.
- Calma mana. Vamos todos. Queria pedir-te para levares os pais para aí.
- Queremos todos juntos. Temos uma grande surpresa para todos.
- Deixa eu falar agora, diz a Ju.
- Alice! Minha irmã. Estou tão feliz por te rever. Cadê a Lia e a Lúcia?
- Não estão. Foram ao parquinho.
- Ju! Não fujas mais. Todo o mundo sofreu muito.
- Vai depender deste homem aqui ao lado que me chamou de namorada e ainda nem fez o pedido.
