No dia seguinte ela foi buscar as roupas dela e da Matilde.
Eu estava no escritório e ouvi ela chegar.
Fui ao nosso quarto e ela arrumava a mala.
- Bom dia.
- Bom dia. Vou deixar algumas roupas da Matilde. Assim quando ela vier ficar contigo não precisa trazer.
- Espero não precisar, disse, e ela olhou-me.
- Como foi a noite, sozinha no apartamento? Sentiste a minha falta, disse encostando nossos corpos.
- Sinto a tua falta todos os dias, respondi tentando me afastar, mas, ele prendeu-me com os braços.
- Então fica aqui! Pedi fazendo um carinho na sua bochecha.
- Vai comigo.
- Não consigo, respondi dando-lhe um selinho.
Afastei-me dele e continuei a tarefa de arrumar as roupas.
- Já vou, disse e saí. Ele não disse mais nada.
O resto da semana passou rápido. Não nos vimos mais.
Segunda feira acordei cedo. Estava excitada para começar o trabalho. Deixei o carro no estacionamento e não vi o do Rodolffo. Na certa ainda não chegou.
Peguei num café na cafetaria do rés do chão do edifício e subi até à minha sala.
Sobre a secretária um buquê de rosas com o seguinte cartão:
- Sê bem-vinda. Que esta nova etapa te traga toda a felicidade do mundo e que consigas realizar todos os teus sonhos.
Amo-te
RodolffoSorri, peguei no buquê e cheirei as rosas. Do nada surge o Gustavo com uma gerbera na mão.
- Seja bem-vinda dra Juliette. Espero que se dê bem connosco.
Deu-me a flor e eu retribui com um abraço bem na hora que Rodolffo chegou à porta.
- Ah! Desculpem, não queria atrapalhar. Depois volto.
E não voltou. Nem disse nada.
Mandei-lhe uma mensagem a agradecer as flores.
Obrigada pelas flores
Também te amoNão visualizou nem respondeu.
Não o vi nem soube dele até quinta feira.
Precisava falar com um dos engenheiros do escritório dele sobre uma obra.
Desci ao andar inferior e perguntei à recepcionista:
- Sala do dr. Victor por favor.
- Siga o corredor, quarta porta à direita.
Segui a indicação. A terceira porta estava aberta. Vi o que não gostei. Rodolffo sentado, afastado da secretária e uma loiraça na frente dele.
Parei, olhei e segui.Tive a minha reunião e voltei ao meu local de trabalho. Não ia resultar. Se no primeiro dia foi assim, imaginem nos próximos.
Liguei para Portugal.
- Oi Diogo! Tudo bem? Sem rodeios. Qual a hipótese de me substituir?
Acho que não vai resultar aqui.- Ju! Agora de repente vai ser difícil. Porquê?
Contei tudo.
- Vocês ainda não se resolveram? Haja Deus!
- Vou estudar o assunto.