Capítulo 26

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No dia seguinte ela foi buscar as roupas dela e da Matilde.

Eu estava no escritório e ouvi ela chegar.

Fui ao nosso quarto e ela arrumava a mala.

- Bom dia.

- Bom dia.  Vou deixar algumas roupas da Matilde.  Assim quando ela vier ficar contigo não precisa trazer.

- Espero não precisar,  disse, e ela olhou-me.

- Como foi a noite, sozinha no apartamento?  Sentiste a minha falta, disse encostando nossos corpos.

- Sinto a tua falta todos os dias,  respondi tentando me afastar,  mas, ele prendeu-me com os braços.

- Então fica aqui! Pedi fazendo um carinho na sua bochecha.

- Vai comigo.

- Não consigo,  respondi dando-lhe um selinho.

Afastei-me dele e continuei a tarefa de arrumar as roupas.

- Já vou, disse e saí.   Ele não disse mais nada.

O resto da semana passou rápido.   Não nos vimos mais.

Segunda feira acordei cedo.   Estava excitada para começar o trabalho.  Deixei o carro no estacionamento e não vi o do Rodolffo.  Na certa ainda não chegou.

Peguei num café na cafetaria do rés do chão do edifício e subi até à minha sala.

Sobre a secretária um buquê de rosas com o seguinte cartão:

- Sê bem-vinda.  Que esta nova etapa te traga toda a felicidade do mundo e que consigas realizar todos os teus sonhos.
Amo-te
Rodolffo

Sorri, peguei no buquê e cheirei as rosas.  Do nada surge o Gustavo com uma gerbera na mão.

- Seja bem-vinda dra Juliette.  Espero que se dê bem connosco.

Deu-me a flor e eu retribui com um abraço bem na hora que Rodolffo chegou à porta.

- Ah!  Desculpem,  não queria atrapalhar.  Depois volto.

E não voltou.  Nem disse nada.

Mandei-lhe uma mensagem a agradecer as flores.

Obrigada pelas flores
Também te amo

Não visualizou nem respondeu.

Não o vi nem soube dele até quinta feira.

Precisava falar com um dos engenheiros do escritório dele sobre uma obra.

Desci ao andar inferior e perguntei à recepcionista:

- Sala do dr. Victor por favor.

- Siga o corredor, quarta porta à direita.

Segui a indicação.  A  terceira porta estava aberta.  Vi o que não gostei. Rodolffo sentado, afastado da secretária e uma loiraça na frente dele. 
Parei, olhei e segui.

Tive a minha reunião e voltei ao meu local de trabalho.  Não ia resultar.   Se no primeiro dia foi assim, imaginem nos próximos.

Liguei para Portugal. 

- Oi Diogo! Tudo bem? Sem rodeios.  Qual a hipótese de me substituir?
Acho que não vai resultar aqui.

- Ju! Agora de repente vai ser difícil.  Porquê?

Contei tudo.

- Vocês ainda não se resolveram? Haja Deus!

- Vou estudar o assunto.  

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