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San Diego, CalifórniaVinte e dois de julho, 2023

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San Diego, Califórnia
Vinte e dois de julho, 2023

Em um sussurro permeado por dúvidas, ele proferiu:

— Estou destinado a erradicar sua existência.

— Contudo, você é minha fonte de contentamento.

Repliquei, esboçando um sorriso enquanto estendia a mão para acariciar suavemente seu rosto. Ele suspirou levemente, e eu aguardei com ansiedade por sua reação.

Fui surpreendida quando, com firmeza, ele me ergueu nos braços, envolvendo minha cintura com os seus e permitindo que minhas pernas circundassem seu corpo.

— Está apaixonada, frango?

Indagou, rindo, o que fez minha expressão se cerrar, desapontada por ele dissipar a atmosfera romântica que eu havia meticulosamente construído.

— Você arruinou todo o clima. - reclamei.

— Parecia que você estava prestes a derramar lágrimas a qualquer momento. - justificou ele.

— Deixe de ser paranóica; você é irritante, mas eu valorizo sua companhia.

— Você gosta de mim? - sorri, contagiada pela tolice do momento.

— Pra caramba.

Afirmou, puxando meus lábios com os dentes em um beijo ao qual respondi apertando-o contra mim.

— É assim que eu gosto de ver. Ah, que orgulho. Mia comentou.

Neste instante, Mia entrou na sala batendo palmas, interrompendo o momento íntimo.

Saltei do colo de Jack, ajustando minha roupa, enquanto ele bufava e chamava Mia de estraga-prazeres.

— Peço desculpas por interromper, mas está na hora da luta, meu caro. - Anunciou Joseph

— Vamos, querida, antes que a multidão aumente. - disse Mia, puxando-me pela mão para fora da sala.

— Fique num lugar onde eu possa vê-la. - gritou Jack, e eu ergui o polegar em sinal de entendimento.

— Não se preocupe, Jack. Nem uma mosca vai perturbá-la. - assegurou Mia, provocando uma revirada de olhos de Jack.

Enquanto caminhávamos em direção à academia, Mia passou um braço pelo meu ombro, entoando uma melodia romântica de maneira irritante.

— Por que está tão radiante? - questionei, arqueando uma sobrancelha.

— Achei que nunca conheceria uma companheira de Jack.

— Mas ele não me pediu em namoro. confessei, mordendo a unha, e Mia riu.

— Não é necessário. Já está óbvio.

Afirmou ela, deixando-me com mais uma incerteza pairando em minha mente: Jack confessou gostar de mim, mas e agora?

Cruzei os braços, fazendo uma careta leve diante da estrondosa gritaria, e a certeza de que sairei desse recinto completamente surda se instalou.

– Você, seu bundão, não é páreo para Jack.

Mia vociferou ao meu lado, erguendo o dedo médio para o homem que desfilava no ringue com gestos exibidos.

Gritos enfáticos declaravam que derrotar Jack seria mais fácil que tirar doce de uma criança.

Jack permanecia imperturbável diante do homem, ignorando seus protestos e os clamores da multidão.

Ele lançou-me um olhar por um momento antes de um homem dar início à luta, e eu murmurei um "boa sorte" em tom baixo.

E, verdadeiramente, o sujeito não foi páreo para Jack.

A contenda não se prolongou nem por cinco minutos, e o homem estava no chão com a boca sangrando, lastimando-se pelo joelho, que provavelmente estava fraturado.

– Eu avisei, imbecil.

Mia protestou com entusiasmo, e a multidão começou a se aglomerar em volta do ringue, enquanto um bando de pessoas se dirigia a Jack.

– Eu preciso de água – gritei, cutucando Mia.

– Vamos subir – ela me puxou pela mão, auxiliando-me a atravessar a multidão até alcançarmos o andar superior onde ocorria a festa.

Dirigimo-nos ao balcão de bebidas, e Mia solicitou uma água para mim e uma tequila para si. Sentei-me em um banco, suspirando baixo.

– Quem é a garotinha, Mia? – uma ruiva, que servia as bebidas, apoiou-se no balcão, olhando-me enquanto mastigava chiclete.

Ela aparentava ter por volta dos 30 anos e era bonita, mas excessivamente vulgar.

– Esta é Clary, ela está com Jack.

– Você está brincando comigo? – sorriu, olhando-me com deboche.

– Engraçado, ela conquistou o que você sempre desejou.

Mia sorriu, e a ruiva, Maya, arqueou uma sobrancelha.

– Ela é apenas uma pirralha.
– E você, apenas uma velha.
– Jack gosta de mulheres experientes. O que ele faria com uma virgem? Brincaria de casinha?

– Eu vou embora.

Bufei, colocando o copo sobre o balcão e levantando-me.

Elas conversavam sobre mim como se eu não estivesse presente.

– Como assim?
– Mia, estou cansada deste lugar.
– Clary, espera...

Saí praticamente correndo dali, adentrando a multidão e não dando oportunidade para ela dizer mais nada.

O som pulsante da música misturava-se aos murmúrios da multidão, enquanto eu me afastava, buscando um respiro distante da agitação daquela arena.

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