Fr᥆zᥱᥒ Hᥱᥲrt| ❝Porque tudo de mim ama tudo de você. Amo suas curvas e seus contornos, todas as suas imperfeições perfeitas.❞
Nyx Archeron sempre mostrou ser tudo o que parece. Inteligente, corajoso, mulherengo e muito, muito bonito. Ele é o orgulho...
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Aurora encarou o teto do quarto por tempo demais quando acordou, sua cabeça latejava e ela ainda pensava nas palavras de Nyx na noite passada. Ela o odiou naquele momento e se odiou mais ainda por dar tanta importância e chorar pelo resto da noite. O que Aurora mais desejava era se encontrar, sentir que estava completa e ser feliz, se arriscar, tentar, falhar, cair e tentar novamente, mas como ela pode fazer tudo isso se ela realmente está presa no passado?
Quase matar seu irmão mais velho não é algo que se esquece facilmente e pensar em usar seus poderes é como um gatilho. Tudo o que girava em sua mente era: "e se eu machucar alguém novamente?", "e se for pior do que dá primeira vez?" ou "e se eu tirar de uma família um filho ou um irmão mais velho?"
Eram tantos 'e se.
Batidas leves soaram na porta e ela foi aberta devagar, Aurora se sentou na cama quando sua mãe apareceu e a encarou, as sobrancelhas se erguendo em surpresa.
— Você já está acordada — Vivi a observou, se aproximando lentamente.
— É muito cedo? — Aurora perguntou levemente confusa.
— Se você acordou a muito tempo, foi a primeira de nós — Respondeu se sentando na cama. A grã-senhora umedeceu os lábios e tocou o braço da filha a olhando com compaixão — O que te incomoda?
— Nada.
— Eu sou sua mãe, sei tudo sobre você — Ela rebateu, arqueando uma sobrancelha — Muitas coisas.
— Tipo?
— Quando você mente, você mexe o nariz — Viviane respondeu e sorriu vitoriosa quando Aurora tocou o próprio nariz.
— Não — Disse.
— É sim — Vivi falou — Mas acho que fui a única a notar isso, você ainda engana seus irmãos e seu pai com esses olhinhos.
— O que eu posso fazer? Você me ensinou a usar o que eu tenho ao meu favor — Ela deu de ombros, abrindo um leve sorriso. Vivi tocou o topo da sua cabeça e acariciou seu cabelo lentamente — Posso te perguntar algo?
— Algo que você já queria me perguntar há muito tempo? — Perguntou de volta e Aurora desviou o olhar — Você pode me perguntar o que quiser.
— Você acha... Que eu nasci para ser... Mais? — Perguntou baixinho fazendo-a franzir o cenho.
