Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Havia começado a chover, as gotas de chuva caíam no teto do carro de Lisa em um som rítmico.
Era um caminho solitário àquela hora da noite, e sua mente voltou ao dia em que seus pais faleceram em um acidente de carro.
Sua avó os acolheu, ela e sua irmã Lia e seus dois meio-irmãos adotivos, Jungkook e Soojoo.
A avó dela tinha um namorado naquela época, um marinheiro aposentado, alto, inteligente e bonito, alguns anos mais novo que ela. Foi descoberto que ele vinha agredindo sexualmente Jungkook há meses. Lisa tinha dez anos na época.
Ela havia caminhado até eles. Foi uma visão que ainda não lhe saiu da cabeça, mesmo cerca de dezesseis ou dezessete anos depois.
E a avó dela se recusou a fazer qualquer coisa a respeito — não expressou indignação, não o denunciou à polícia. Ela simplesmente terminou com ele, foi tudo o que ela fez.
E Jungkook fez terapia por três anos. E então, aos quinze anos, ele cometeu suicídio.
Foi encoberto dizendo que ele morreu em um acidente de carro. Não é de surpreender que nem seus irmãos nem seus primos soubessem disso, possivelmente nem se lembravam disso. Eles eram muito jovens.
Mas Lisa se lembrava disso tão fresco quanto ontem.
●●●
Na semana seguinte, Jennie finalmente se controlou. Ela nem mesmo começava a chorar sempre que alguém mencionava Lisa.
Ela evitou o Twitter como uma praga, como Chaeyoung sugeriu. Ela estava conversando com sua família novamente, conversas um tanto nervosas em que todos pareciam simpatizar com ela.
Ela fez uma viagem até Bordeaux para inspecionar uma casa empreendida pela empresa e, quando voltou, uma semana depois, as notícias sobre Lisa estavam mortas.
Felizmente.
O foco das fofocas se voltou para algum ator que se casou. Ela poderia ter deixado tudo onde estava — com o sexo violento delas no sofá de Lisa — mas ela queria saber por que Lisa fez o que fez, se Lisa estava decidida a arruinar sistematicamente a ela ou a seu pai ou quaisquer motivos que Lisa tivesse.
A manhã em que ela partiu foi em um sábado quente. Ela não tinha ideia se Lisa estaria em casa, mas se estivesse, queria pegá-la desprevenida se ela tentasse pensar em qualquer desculpa.
A essa altura, ela sabia que Lisa não era o tipo de pessoa que faria algo sem pensar meticulosamente em todos os aspectos de um movimento.
Ela enfim, chegou na casa de Lisa e tocou a campainha.
Em minutos, o mordomo abriu a porta. Ele a levou para a sala de estar no andar de baixo como se fosse a primeira vez dela na casa.
