Maria Frazier
É difícil dormir quando o mundo parece que conspira contra você. Quando os seres humanos insistem em apertar a mesma teclada do preconceito, do racismo, da hipocrisia, da merda da falta de amor, respeito e carinho. Em todos os cantos tentamos procurar por alguma resposta, em qualquer ponto de luz, tentamos encontrar a esperança, mas em todas elas sempre existe a escuridão.
- Você está bem? - A voz de Denvon ecoou pelo silêncio da cozinha onde eu estava sentada na cadeira bebendo um copo com água.
- Denvon? O que faz aqui?
- Eu meio que perdi o sono. - Deu um sorriso. - E parece que você também
- Eu só...vim beber um pouco de água. Já estou voltando para o quarto. - Tento me levantar.
- Não, por favor. Fique.
- Tem medo de ficar sozinho na cozinha? - Brinco.
- Não, tenho medo de não conseguir ficar a sós com você outra vez.
Franzo o cenho. Denvon se sentou ao meu lado na mesa.
- Me desculpa por ter te machucado.
- Está tudo bem. Minha cabeça ainda está um pouco dolorida, mas eu vou sobreviver.
- É o que eu mais desejo.
- Não entendi.
Denvon segurou uma das minhas mãos. Eu tentei me esquivar, mas ele me segurou fortemente. Não estou gostando do rumo dessa conversa.
- Há semanas eu estou tentando encontrar um jeito de conversar com você.
- Conversar comigo? Sobre o que?
- Sobre nós dois.
- Sobre...nós dois? Denvon, não temos nada para conversar sobre nós dois. - Esquivo tentando levantar da cadeira.
Denvon segurou o meu braço e se levantou junto comigo. Pensei que esse episódio da nossa vida estivesse se encerrado depois daquela conversa esclarecedora que tivemos no meu apartamento.
— Maria...
— Para. — Ordeno. — Eu não sei o que você quer me dizer, mas a resposta é não.
Solto a minha mão e caminho imediatamente em direção a porta. Se Damon nos encontrar na cozinha sozinhos pode suspeitar de alguma coisa, apenas de que, ele sabe muito bem que eu nunca amei o Denvon, o meu relacionamento com o seu irmão mais velho foi apenas uma conveniência se existiu amor nesse relacionamento foi da parte de Denvon, não minha. Depois dessa conversa confusa vou começar a pensar que Denvon ainda me ama, estava nítido no brilho dos seus olhos. Subo as escadas correndo, mas quando chego perto da porta do meu quarto eu escuto a voz da Mariana e do Damon.
— Eu sei que você me quer Damon. Porque você não para de mentir para você mesmo?
Abro a porta. Damon segurava Mariana pelos braços tentando afasta-la. Meu sangue ferveu nas minhas veias, bastou um minuto para perder o controle e desferir um tapa ardente e forte no rosto da minha irmã. Depois de todos esses meses, esse tapa me fez sentir um alivio tão grande dentro do meu coração, eu o guardei todo esse tempo desde aquele dia e hoje finalmente eu consegui dar o que a minha irmã merecia.
— Sua vaca! — Mariana gritou tentando vir em cima de mim.
— Ei! — Damon a segurou, tentando afasta-la.
Eu comecei a gargalhar, gargalhar tão alto por ver a sua cara de espanto, sua raiva.
— Eu vou matar você. — Mariana tentava se soltar de Damom, mas ele a segurava fortemente.
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Deliciosa Vingança
Любовные романы[...] Eu passei a minha vida inteira sendo a filha perfeita que os meus pais sempre sonharam, um papel do qual as minhas duas irmãs não quiseram cumprir. Depois de tudo o que eu presenciei hoje, percebi que dentro da minha própria casa também existe...