Corações Ardentes

A desacorrentada

Estando já de noite, a dragão chega em Hypica, e acaba pousando em Bosque de aço, onde ela acaba caindo ao pousar nos campos.

Valéria havia conseguido quebrar a corrente e se soltar da dragão.

Valéria: Aonde estou?

Valéria olhava para a grande floresta e se sentia perdida e sozinha, pois Matias havia abandonado ela na arena.

Valéria: Quando eu achar aquele moleque, eu mato ele.

Enquanto Valéria descarregava sua raiva, a dragão que estava atrás dela ruge para o alto... Valéria se vira e vê a dragão assentada sobre um campo de flores.

Valéria: Deve estar com medo.

A dragão ao ver Valéria, tenta queimar ela, mas Valéria tinha se escondido entre as pedras.

Valéria: O que eu faço?

Valéria se lembra do nome da dragão pelo o que os soldados falaram, no curto tempo que ela esteve lá.

Valéria: Tive uma ideia, e não é das melhores... Mas não nasci para recuar agora.

Logo Valéria se coloca na frente dela e abre seus braços.

A dragão vendo isso, entendeu como um teste de aprovação. E ela começou a rosnar para intimidar Valéria que não se atemorizava.

A dragão rugia e Valéria não sentia medo algum, e encarava ela de volta.

Ambas eram imbatíveis e impetuosas... E com seus corações criança um elo, Valéria se aproxima da dragão que permite ser tocada. Colocando a mão nela, Valéria tem diversas visões sobre o passado da dragão e quem ela é.

Ela vê a dragão sofrendo diversas barbaridades, como agressão, abusos que apenas a traumatizaram.

E tendo visto isso, Valéria descobre o nome da dragão.

Valéria: Andrômeda!

Disse Valéria com lágrimas em seus olhos.

Andrômeda era uma bela dragão de escamas magentas, e olhos azuis como os riachos cristalinos de Trirax. Filha de Saara com Darkmoon, ela era uma das dragões mais lindas já vistas em Pyros, e destacava-se por suas habilidades no ar e em batalhas. Conhecida como a Andrômeda a desacorrentada.

Andrômeda foi a dragão que Carnage salvou junto com os outros das lutas clandestinas... Ela havia sido comprada por homens que a queria para trazer uma nova geração de dragões para o seus exércitos, porém o que eles não esperavam era que o ventre de Andrômeda era seco como o deserto de Gadej. E por conta disso ela era punida todos os dias, com chibatadas em suas costas e presa em correntes, sendo mantida em isolamento... Dragões machos eram postos em sua jaula para copular com ela a força, mas nunca tinha resultado e ela não gerava filhotes.

Tendo até sido condenada a morte por conta que já não havia mais utilidade nela, seu antigo dono, Emanuel Stell, disse que voltaria para resgatá-la, mas a abandonou e a deixou aprisionada em correntes que não saiem mais de seu corpo e ela usa como lembrete do que ela viveu na mão dos homens, que só a queriam como troféu.

...

Andrômeda semelhantemente também viu o passado de Valéria.

Ela viu que Valéria vivia nas ruas de sua cidade e por ser uma garota pobre, ela teve que sobreviver nas ruas, tendo que se vender desde muito nova para ter um pão para comer e quando crescida ela entrou para as lutas clandestinas, até ganhar fama e participar das lutas pelos títulos mundiais.

Valéria tinha um filho, um jovem garotinho de 9 anos de idade, chamado Dan.

Após ganhar em mais uma luta contra sua rival, Valéria retorna para sua casa e chegando lá, ela se depara com sua moradia em pedaços e Dan jogado no chão cheio de marcas em seu corpo.

Valéria perdeu seu o sentindo de tudo em sua vida a partir daquele dia, mas ela jurou que iria atrás dos responsáveis por isso e os varia pagar... Semanas depois Valéria descobre os responsáveis e vendo eles, ela os mata um por um, até não restar mais nada... Depois disto, ela jurou ganhar todas as lutas em memória de seu filho.

...

Com os corações e mente de Valéria e Andrômeda ligados, elas entendiam a dor de ambas... E estando mais calma, Andrômeda lembre Valéria e se abaixa para que ela a monte.

Valéria: Vamos, juntas!

Valéria segura nas correntes de Andrômeda e monta da dragão, que com um rugido semelhante a um cântico, ela levanta vôou em meio a luz do luar e com suas asas ela sobrevoava toda a região.

As escamas de Andrômeda acendiam como tochas, mas em uma cor rosada, seus olhos refletidos pelo brilho da lua, eram magníficos... E Valéria estava sem palavras por viver tal momento, e tento o controle de Andrômeda, ela começa a guiar as rédeas com total domínio e sincronia.

Valéria: Vamos encontrar os outros.