fourteen - papa's day

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Hoje Takemichi passaria, finalmemte, o dia todo com seu pai e fazia questão de falar isso para todo mundo.

Seu pai, com a volta ao Japão, acabou ficando muito enrolado, com a Brahman sendo formada, toda sua gestão sobre a Black Dragons, que estava um caos, não o deixando com muito tempo livre.

Take obvio que entendia, mesmo sendo pequeno sabia sobre todas as responsabilidades que sue pai havia nas costas e se divertia muito com todos os seus outros tios.

Mas algo preocupava seu pai, ele via isso a dias e nao sabia o que fazer. Provavelmente seus pais (Terano e Wakasa) falavam de algum problema no qual julgava que ele fosse pequeno demais, mas a realidade é que ele apenas não sabia como falar.

Wakasa sabia da horrível relação entre Shinichiro e ele, por isso ficaram em outra casa. Sabia que a informação do término seria muito bem aceita, mas o que realmente o preocupava era como manteria um convívio entre os dois, já que nem ao menos enquanto ainda estavam juntos o pequeno queria ficar com seu pai biológico.

Não queria ter terminado com Shinichiro, claro, mas sua atitude o fez desistir de continuar a relação. A verdade é que desde que foi para o Brasil a relação estava difícil, e agora havia se estressado o máximo.

- o que vamos fazer hoje papai? - pergunta o menor animado tirando seu pai de seus pensamentos.

- pensei em irmos um pouco ao parque, supermercado e depois fazemos algo bom para comer aqui, o que acha? - o menor sorriu animado, sentindo saudades de quando cozinhava todos os dias com seu pai no Brasil, mas logo fez uma cara séria e falou de maneira engraçada

- parece ser agradável - fazia os gestos de Inui, imitando seu jeito "robótico" fazendo seu pai morrer de rir.

Shion e Terano, após o café da manhã, se despedem indo para a sede, deixando então pai e filho finalmente sozinhos na casa.

Arrumam, sem nenhuma pressa, a cozinha, conversando enquanto fazem as coisas e então vão para o parque andando.

Ficaram aproveitando do clima ameno do Japão, enquanto brincam de vôlei. Quando se cansam, guardam a bola e garrafas de água que trouxeram na bolsa do mais velho e partem em direção do mercado.

- o que quer comer? - pergunta e o menor o olha animado.

- pensei em fazermos alguma brasileira, estou com muita saudade.

- tudo bem então - ri levemente - qual??

- strogonoff!! E brigadeiro para sobremesa!

- combinado então, vamos as compras.

E dito e feito, compraram em grande quantidade, visto os monstros que moravam na casa, e aproveitaram para restaurar o estoque de comida da casa, que estava acabando.

Depois de poucas horas dentro do tão entediante local, finalmente saem de lá, para a alegria de Takemichi, voltando para casa.

Lavam todas as compras e depois vão se banhar, visto que antes estavam fazendo esportes. Depois de banhados e de roupas novas e confortáveis, vão a cozinha botar a "mão na massa".

Após horas divertidas e engraçadas dos dois na cozinha, eles finalmente acabam de cozinhar, arrumando a mesa e por fim os dois que faltavam chegar entram em cena.

- o que é isso? — pergunta Shion animado olhando a mesa com comidas desconhecidas para ele.

- strogonoff, fomos nós que fizemos.— o menor falava orgulhoso e seu irmão bagunçava seu cabelo sorrindo

- tenho certeza que está bom então.

- então vamos rezar para finalmente conseguirmos comer. — o brasileiro fala de forma rígida ao ver Shion começar a avançar para cima da comida.

O pequeno ri levemente, sendo repreendido por seu pai. Ajeitam a postura então agradecem o almoço que lhes foi dado, para enfim se sentarem na mesa e comerem.

- isso está tão gostoso — Shion exclama, novamente, após botar seu quarto prato de comida.

- é pai acho que você estava certo.... só tem monstros nessa casa. — o pequeno olhava para os dois a sua frente assustado, visto que eles haviam comido diversas vezes pratos com uma quantidade monstruosa de comida.

- eles acabaram de sair de serviço take, deixe-os — ri e volta a comer calmamente seu almoço.

Depois do caos passado, os dois finalmente cansam de comer e, como nada que é bom dura para sempre, voltam a sede para trabalhar mais, deixando, novamente, os dois sozinhos.

- e agora pai? Só não me fala que precisamos ver algum dos Sano? — pergunta com medo da resposta e seu pai suspira, sabendo que não pode esconder mais.

- take precisamos ter uma conversa — o mesmo o olha sem entender mas assente se sentando em sua frente no sofá da sala, o fazendo se agachar para ficar na altura. — eu e Shinichiro terminamos.

O menor estava perplexo. Estava olhando para seu pai, junto de suas feições cansadas e amarguradas sobre o assunto e a única coisa que fez foi o abraçar.

Não sentia nada por Shinichiro, e já havia deixado isso muito claro. Não o via como digno de ficar com seu pai e isso fora provado mais ainda com o término deles.

Não sabia o que seu doador de esperma havia feito, mas tinha certeza que o faria pagar.

Mas agora não é hora para isso, então apenas o abraçou. Dando todo o apoio no qual seu pai precisava, e ali ele se viu desabando, um choro no qual não sabia nem ao menos que estava guardando e um peso de suas costas havia saído.

Não fizeram mais nada naquela tarde, apenas ficaram ali, a acompanhar um ao outro, com o mais novo dando todo carinho e suporte que seu pai precisava no momento.

Depois ele se resolveria com o traidor.

Papa ShinOnde histórias criam vida. Descubra agora