Princesa de aço

CAPÍTULO 6: Prontos para a batalha

 AVISO: PODE HAVER CENAS DE TORTURA E AGRESSÃO.           

      *GREGORY*

    Odeio fazer isso com mulheres, entretanto, essa aqui merece. A intenção dela desde o início era matar meu pai. Está presa a uma cadeira, agora sem os cabelos negros, não passava de uma peruca. Os naturais são castanhos amarrado a um coque deformado após a surra que Aian lhe deu. Até o momento disse nada útil, pode não saber de nada. Desgosto de torturar uma mulher, mas sei arrancar o que preciso.

-Querida, gostei de você, de verdade. Senti uma atração que fez até o meu menino aqui subir. -

Ela arregala os olhos e fica vermelha, não esperei que uma mulher bem treinada ficaria envergonhada por um comentário assim.

-Se sentiu essa atração toda, me solte, lindinho. -

Me chamar de "lindinho" irrita mais que esconder a verdade e me obrigar a tortura-la. O que irei fazer ainda é simples.

- Aian, raspe os cabelos dela.-

Permanece inabalável, com certeza o cabelo pouco importa a ela, justo que acrescente.

-Se tiver culhoes, quebre quatro dedos de sua preferência, dois de cada mão.-

Sinto a presença de alguém nos observando, viro e vejo Dominic arregalar os olhos.

-Essa, essa é a meretriz a qual deitei ontem a noite e estava nos aposentos quando você foi ao quarto.-

Nesse instante fazia mais sentido como ela entrou no castelo, mas quem a enviou e se algum dos soldados nos traiu era desconhecido.

-Irmão, sua presença é mais que uma graça. Deseja quebrar os dedos dessa vagabunda?-
Seus olhos saltam e abre a boca pasmo pela pergunta.

-Claro que não, sou incapaz de tocar uma mulher desta maneira. Deixo esse prazer para Aian. -

O soldado sorri com os olhos e inicia o trabalho.

[...]

Sem respostas, sem saber quem foi, sem ter noção do que fazer. Meu irmão mais velho será o próximo rei e não tem estômago para ser um. Integralmente em treinamento severo, é incapaz de absorver os ensinamentos além de suas manobras de libertinagem para aliviar seu tesão acumulado. Ridículo, o culpo por papai estar indisponível para resolver este assunto, nada mais junto do que jogar no colo dele a responsabilidade, bom que treina como agiria quando rei. Seguro firme em seu ombro e digo:

-Agora é sua responsabilidade, resolva. Vou auxiliar somente na resolução deste imenso fardo quando você descobrir a identidade dela.-

Digo respirando fundo e soltando o ar de uma vez para sinalizar desabafo.

-As vezes parece que você é o mais velho, relaxe, ainda é jovem, tem que se divertir.-
Ele diz em tom brincalhão após dar dois tapinhas em minhas costas. Que falta faz um irmão mais velho responsável.

Nos desencontramos, ele irá ver nosso pai, eu a General Lester. Precisamos iniciar o ataque nas fronteiras, e meu caro irmão não gostaria de estar presente na reunião. Ele é excelente estrategista, posso arriscar dizer que melhor que eu, mas só usa quando é solicitado pelo rei. Bulhufas de problemas ao mesmo tempo, serei nomeado como conselheiro do futuro rei e não consigo aconselha-lo. Porra.

Lester aguarda no salão e informa que nossos meios de comunicação estão limpos e que o traidor foi executado. Peço para expor a cabeça pelo reino para que todos vejam o que acontece quando atentam contra o rei.

-Lester, telefone para Alteza Louise, eles tende atacar o quanto antes. -
Com cara de dúvida telefona e logo a mesma entra na linha.

-Aqui estou, senhores. Qual será a tática para limpar suas fronteiras? -

Sua voz é muito diferente do que criei na cabeça, diferente da impostora, não era doce e sim firme, feminina porém áspera e sem formalidades.

-Iremos enviar para a senhorita por meios protegidos neste instante, por favor mantenha em sigilo total com os mais confiáveis.-

Silêncio na linha e com irritação ela responde.

-É o óbvio, Alteza. Não sou burra, em breve estarei em Bápolis, aguarde o anúncio de minha chegada. Diferente da impostora, não chego pelas sombras.-

A linha fica muda e passamos o fax.
Abusada, mais ousada do que poderia imaginar. Sinto um calor no corpo, sem tempo para tal coisa...