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Depois de uma semana cheia de emoções, eu estava completamente à vontade na casa dos Kaulitz, na Alemanha. O convite para passar a noite com eles havia se transformado em uma estadia mais longa, e estava sendo uma experiência incrível reencontrar Tom e Bill e conhecer sua família.

Simone, a mãe de Bill e Tom, foi quem me recebeu com maior carinho. Ela tinha um jeito caloroso e acolhedor que me fazia sentir parte da família desde o primeiro momento. Era como se eu sempre tivesse pertencido àquela casa.

À medida que os dias passavam, Simone compartilhava histórias incríveis sobre Tom e Bill, suas travessuras de infância, paixões e segredos que me faziam rir e me emocionar. Foi durante uma dessas conversas que Simone me revelou algo que me pegou de surpresa.

—Você sabe, Sn, quando Tom tinha 13 anos, ele era completamente apaixonado por você.?—ela me confidenciou com um sorriso.

Meu coração deu um salto diante dessa revelação inesperada. Eu nunca teria imaginado que Tom tivesse sentimentos tão profundos por mim naquela época. A surpresa e o encanto inundaram meu coração, e eu agradeci a Simone por compartilhar esse segredo comigo.

Meu quarto na casa dos Kaulitz ficava ao lado do quarto deles, o que tornava tudo ainda mais especial. A proximidade e a sensação de reencontro eram palpáveis, e eu me sentia abençoada por ter a oportunidade de compartilhar minha vida com eles novamente.

A casa dos Kaulitz se tornou um refúgio acolhedor e cheio de memórias, e eu estava ansiosa para explorar ainda mais as aventuras que a Alemanha tinha a oferecer e criar novas memórias com meus amigos de infância. A vida havia dado uma reviravolta emocionante, e eu estava pronta para abraçar cada momento.

SIMONE

Sempre soube, desde a infância, que Tom e Sn estavam destinados a se casar um dia. Era algo que eu costumava confirmar, especialmente quando eles começaram a "namorar" quando crianças. A maneira como eles se olhavam, como riam juntos, era inegável. Eles tinham uma conexão especial que parecia transcender o tempo.

Infelizmente, a vida não sempre segue o caminho que imaginamos. O divórcio dos pais de Sn a obrigou a se mudar, e Tom sofreu profundamente com essa separação. Lembro-me claramente do dia em que ela partiu. Tom chorou amargamente, se recusando a aceitar que estava perdendo sua amiga e, talvez, algo mais.

Depois da partida de Sn, notei uma mudança em Tom. Ele se tornou mais mulherengo, buscando conforto em relacionamentos casuais e fugindo de qualquer compromisso sério. Isso me deixava triste, pois sabia o quanto ele a amava.

No entanto, quando Sn voltou à Alemanha, notei uma transformação na atmosfera da casa. A alegria e o brilho que ela trouxe eram inegáveis. Era como se uma peça que estava faltando tivesse finalmente voltado ao lugar.

Tenho a certeza de que Tom ainda sente algo por Sn. A forma como ele a olha, como a protege e como ri com ela, não são gestos de um mero amigo. A conexão entre eles é inegável, e estou ansiosa para ver o que o futuro reserva para esses dois. Talvez, afinal de contas, o destino esteja traçando o caminho que sempre imaginei.

SN

Acordei em mais um dia ensolarado na casa dos Kaulitz, onde já estava há três meses. Tudo estava indo bem, mas uma coisa havia me chamado a atenção nos últimos dias. Bill estava radiante, e Tom... bom, Tom estava sendo mais reservado do que o habitual. Essa manhã, decidi descer para o café da manhã, só para perceber que todos estavam à mesa, menos eu.

Deslizei pela escada, vestindo uma roupa casual, e me juntei a eles na mesa da cozinha. Simone e Bill me deram um caloroso "bom dia", e eu os cumprimentei com um sorriso.

—Acordou tarde, Sn?— perguntou Simone.

Fiquei um pouco surpresa com a situação.
—Não, eu não acho que tenha acordado tarde. Na verdade, acho que é a primeira vez que todos estão à mesa antes de mim.

Bill riu e fez um gesto para Simone.      —Nós que acordamos cedo demais hoje.

Nesse momento, Georg e Gustav chegaram à casa e entraram na cozinha. Eles correram em minha direção e me abraçaram calorosamente. Georg brincou:
—Em, você não cresceu nada!

Gustav riu e concordou.
—Ainda tem cara de criança, Sn.

No entanto, minha atenção estava voltada para Tom, que estava silencioso durante toda a refeição e parecia distante. Assim que terminamos de comer, ele se levantou e saiu da mesa sem dizer uma palavra. Achei isso estranho e decidi segui-lo até seu quarto para ver o que estava acontecendo.

Quando entrei no quarto, Tom estava deitado na cama virado para o lado oposto, perdido em seus pensamentos. Sentei-me ao seu lado, sem dizer uma palavra, esperando que ele compartilhasse o que o estava incomodando.

—Tom, o que aconteceu? —perguntei, preocupada.

Ele permaneceu em silêncio por um momento, e comecei a me levantar para sair do quarto, pensando que ele talvez quisesse ficar sozinho. No entanto, antes que eu pudesse sair, ele me chamou de volta.

—Sn...— ele disse, virando-se para encarar-me. —Tenho algo para você.

Tom pegou algo do bolso e me entregou um anel, o mesmo anel que ele me deu quando pediu para namorar comigo na infância. Fiquei emocionada e segurei o anel nas mãos, lembrando de todos os momentos felizes que compartilhamos quando éramos crianças.

Em seguida, ele tirou outra caixa do bolso, que parecia conter algo especial. Tom olhou para a caixa por um momento, como se estivesse reunindo coragem para falar.

—Sn, desde o momento em que você partiu até o dia em que você voltou, eu percebi o quanto você significava para mim.— começou ele, seus olhos fixos nos meus. —Eu não quero perder mais nenhum momento. Não importa o que aconteceu no passado, eu só sei que quero um futuro com você.

Tom abriu a caixinha, revelando duas alianças. Minhas lágrimas começaram a escorrer enquanto ele continuava a falar.

—Sn, namora comigo. Vamos tentar fazer tudo de novo. Eu prometo que vou fazer o meu melhor para te ver feliz. Só você aceitando esse pedido já será o suficiente para me fazer o homem mais feliz do mundo...

Eu não conseguia conter minha emoção. As palavras de Tom eram sinceras e tocavam profundamente o meu coração. Eu o beijei apaixonadamente e disse:
—Sim!
A felicidade que inundou meu coração naquele momento era indescritível, e eu estava pronta para embarcar nessa nova jornada ao lado de Tom, recriando a história de amor que havíamos compartilhado na infância.

𝚃𝙸𝙽𝙷𝙰𝙼𝙾𝚂 𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 13 𝙰𝙽𝙾𝚂! - 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛-Onde histórias criam vida. Descubra agora