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SN

Ao entrar no táxi, não conseguia conter as lágrimas que teimavam em cair. Minha visão turva refletia a dor que estava sentindo. O motorista, percebendo minha angústia, manteve um respeitoso silêncio durante o percurso até o hotel.

Chegando lá, paguei o taxista e entrei no hotel, buscando um refúgio temporário. O recepcionista me olhou com compaixão enquanto eu tentava, sem sucesso, disfarçar meu choro.

Recepcionista: Posso ajudar em algo, senhorita?

Eu apenas balanço a cabeça negativamente e sigo para o quarto, onde finalmente deixo as lágrimas caírem livremente. O quarto de hotel, embora confortável, parecia uma prisão para a minha alma atormentada.

Enquanto isso, Bill, Georg e Gustav estavam em casa, sem entender o que havia acontecido. Bill percebeu minha ausência e minha expressão abatida.

Bill: O que aconteceu, Tom? Onde está a Sn?

Tom, desolado, explica toda a situação. Georg e Gustav ouvem atentamente, sem acreditar no que estavam ouvindo.

Bill: Precisamos encontrar a Sn. Isso tudo foi um mal-entendido que precisa ser resolvido.

Tom, preocupado, concorda com Bill, e os três partem em busca de respostas.

Enquanto isso, eu, no quarto de hotel, tentava acalmar minha mente. Peguei meu celular e decidi ligar para minha melhor amiga, Clara. Expliquei a situação entre soluços e ela me ofereceu seu ombro virtual.

Clara: Sn, eu estou aqui para o que você precisar. Vai ficar tudo bem, eu prometo.

Eu agradeci à Clara por seu apoio e desliguei, decidindo que precisava de um tempo para refletir. Arrumei minha bolsa de roupas e, com a decisão firme de não voltar para a casa dos Kaulitz naquele momento, saí do hotel para perambular pelas ruas da cidade, buscando uma calmaria que parecia inalcançável naquele momento.

***

TOM

Após o turbilhão de emoções na busca por um hotel, a desistência nos trouxe de volta para casa. O banho, por mais que aliviasse a sujeira física, era incapaz de dissipar a confusão mental que me consumia. Ao me deitar, com o celular na mão, a ânsia de falar com Sn era palpável.

Liguei três vezes, ansioso por qualquer sinal dela. Na quarta tentativa, ela atendeu, mas antes que eu pudesse pronunciar uma palavra, a ligação foi encerrada abruptamente. Minha paciência estava esgotada. Eu sabia que precisávamos conversar, mas a comunicação estava se tornando um desafio.

Decidi ligar novamente, determinado a ser ouvido. Quando ela atendeu, não esperei, desabafei:

Tom: Você vai desligar mesmo na minha cara, Sn? Você vai me ouvir sim, oh se vai...

Deliguei, sentindo a raiva e a frustração percorrerem minhas veias.

A chave do carro estava ao alcance, e sem pensar duas vezes, parti em direção a um hotel próximo que, por algum motivo, havíamos negligenciado durante nossa busca anterior. Ao chegar, anunciei que era uma visita para Sn Müller. A atendente, tentando flertar, indicou a sala 182 com um sorriso provocante:

Atendente: Sala 182, gatinho...

Subi as escadas, cada degrau ecoando meu estado emocional tumultuado. Ao chegar na porta, hesitei por um momento. Respirei fundo e bati. Aguardava, com o coração acelerado, por aquela porta se abrir e por uma oportunidade de resolver o que quer que fosse que havia se quebrado entre nós.

***
SN

Três batidas ressoaram na escuridão, ecoando a ligação turbulenta que precedeu. Sabia que era Tom, mas a rapidez com que ele se materializou deixou-me atordoada. Ao abrir a porta, ele a empurrou, entrando sem cerimônias.

Seu olhar buscava o meu desesperadamente enquanto proferia palavras implorantes:

Tom: Deixa eu falar o que aconteceu, Sn, por favor.

Minha mente estava em um turbilhão, mas eu retruquei com a mágoa que transbordava em mim:

Sn: Você beijou a minha meia-irmã! Como quer que eu te escute?

Tom, visivelmente alterado, elevou a voz em uma mistura de raiva e frustração:

Tom: Porra, Sn! Deixa eu explicar, caralho! Não é o que você tá pensando!

Num instante de coragem, guiei-o até meu quarto, onde nos sentamos na cama. Ele começou a explicar, suas palavras atingindo-me como pedras afiadas. Como eu não percebi antes? Ele tinha razão, e essa constatação apenas intensificava a dor.

A conversa se desenrolou em um emaranhado de emoções, uma mistura de desentendimentos, traição percebida e, no fundo, um amor que ainda persistia, mesmo que ferido. Eu era uma tempestade de sentimentos, cada palavra dele remexendo a tormenta que se formava dentro de mim. O quarto que antes era meu refúgio tornou-se o palco de uma crise emocional que eu não sabia como enfrentar.

Ao final da noite, permanecíamos ali, separados pelo abismo das palavras não ditas e feridos pela intensidade das emoções reveladas. O que restava era a incerteza do que aconteceria a seguir, enquanto a escuridão do quarto refletia a sombra das nossas almas machucadas.

***

O clima pesado pairava no quarto, e o silêncio seguia como uma barreira insuperável entre Tom e eu. Tentamos retomar a normalidade, mas a ferida ainda estava aberta, sangrando emoções conflitantes.

Decidimos, mesmo que por um momento, sair para espairecer. O passeio pelo hotel, no entanto, foi mais um esforço conjunto do que uma experiência genuinamente agradável. A tensão persistia, destacando cada passo incerto que dávamos.

O cenário do hotel parecia um labirinto de corredores intermináveis e portas que escondiam histórias desconhecidas. Em um desses corredores, uma porta entreaberta revelava uma festa em andamento. Música alta, risadas efusivas e o aroma de álcool preenchiam o ar. Poderíamos ter nos juntado à celebração, mas a distância emocional que nos separava impedia qualquer tentativa de integração.

O mal-estar do momento atingiu seu ápice quando, sem aviso, uma onda de náuseas me envolveu. Corri para o banheiro mais próximo, tentando controlar a sensação avassaladora. O vômito veio como uma manifestação física da turbulência emocional que vivíamos. Cada ânsia parecia um eco das nossas palavras não ditas.

Ao sair do banheiro, deparo-me com Tom, cuja expressão mistura preocupação e desconforto. Ele tenta dizer algo, mas minhas palavras de recusa pairam no ar, impedindo qualquer tentativa de reconciliação imediata.

A noite, que prometia ser especial, tornou-se um emaranhado de eventos inesperados e emoções incontroláveis. A cada passo, a incerteza do que nos aguardava aumentava, envolvendo-nos em uma teia intricada de desafios a serem superados.

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⚠️Sei que este capítulo ficou um pouco confuso pela troca sucessiva de personagens, me desculpem por isso...
Porém, foi preciso para saber as emoções de ambas as partes.

𝚃𝙸𝙽𝙷𝙰𝙼𝙾𝚂 𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 13 𝙰𝙽𝙾𝚂! - 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛-Onde histórias criam vida. Descubra agora