Sai de lá, coração destroçado, lágrimas obscurecendo minha visão. Chamei o primeiro táxi que vi, desesperada para escapar da revelação brutal que acabara de presenciar. Chegando em casa, agi por instinto, reunindo apenas o essencial: roupas e pertences pessoais, tudo jogado apressadamente em duas malas grandes.
Outro táxi me aguardava, e enquanto eu entrava, Erik aparecia em casa. Parti sem olhar para trás, passando a noite em um hotel, longe da confusão emocional que se tornou minha vida.
No quarto de hotel, a solidão era quase tangível. Com um novo chip, decidi ligar para Tom, cujo número eu conhecia de cor. No entanto, seu celular estava desligado, uma barreira adicional entre nós.
Entre lágrimas, contemplei as memórias compartilhadas com Tom, questionando o que deu errado e onde nossa história se perdeu. A incerteza e a dor eram companheiras constantes naquela noite solitária.
Ao me render ao cansaço, sussurrei uma última mensagem para Tom, mesmo sabendo que ele não a ouviria.
Sn: Eu te amo, Tom. Nunca vou deixar de te amar. Espero que ela esteja te fazendo bem, e que confie em você. Eu não fiz isso...
A noite se despediu em silêncio, deixando-me envolta em lembranças amargas e um futuro incerto, marcado pela despedida de um amor que parecia cada vez mais distante.
***
TOM
O dia emergiu com a luz do sol, revelando minha realidade desolada. Com meu celular desligado e sem bateria, as sombras da noite anterior pesavam nas minhas costas. A dor de ter dormido no carro era um lembrete físico da tormenta emocional que enfrentei.
Decido entrar em casa, buscando conforto temporário. Ao conectar meu celular à fonte de energia, a ansiedade cresce, esperando que o retorno à vida normal traga consigo algum alívio.
Enquanto aguardo o celular carregar, volto a me deitar, tentando escapar momentaneamente da turbulência que havia se instalado em minha vida.
Três horas depois, acordo renovado. Um banho revigorante e pequenos rituais diários trazem uma sensação fugaz de normalidade. Regresso ao quarto, pego meu celular recarregado e deparo-me com três chamadas perdidas de um número desconhecido.
Intrigado e curioso, decido retornar a ligação. A voz do outro lado da linha, doce e familiar, revela-se como um bálsamo para minha alma ferida. A simples presença dela através da ligação traz cores de esperança e a possibilidade de restaurar o que a noite anterior havia despedaçado.
Assim, nesse reencontro telefônico, as sementes da ressurgência são plantadas, dando indícios de que, talvez, o amanhecer possa trazer consigo a promessa de uma nova chance para o que foi abalado.
***
SN
A incerteza pairava no ar enquanto meu celular vibrava com a chamada de Tom. Cautelosa, atendi com um simples
Sn: Tom?
A espera por suas palavras era uma dança de emoções contraditórias: esperança, medo, amor.
A voz dele, um eco um pouco mais rouco do que eu lembrava, ressoou do outro lado da linha.
Tom: Sn? É você, ou é trote?
Sua dúvida era palpável, mas eu assegurei:
Sn: Sou eu.
Uma pausa tensa se seguiu antes que ele despejasse uma torrente de palavras.
Tom: Me desculpa, Sn. Eu realmente não te traí, na verdade nunca faria isso. Eu te amo mais que tudo, mesmo que você esteja com outro cara ou sei lá. Saiba que foi tudo culpa minha... Mas me desculpa, foi a garota que...
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𝚃𝙸𝙽𝙷𝙰𝙼𝙾𝚂 𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 13 𝙰𝙽𝙾𝚂! - 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛-
FanficTTínhamos apenas 13 anos! ONDE: Sn, uma jovem ligada por laços profundos com os integrantes da famosa banda Tokio Hotel, vê seu mundo desmoronar em 2002. O divórcio dos pais a obriga a deixar sua vida na Alemanha, incluindo seus amigos Tom Kaulitz...
