TOM
A noite passada deixou marcas difusas em minha mente, e um sonho estranho persistia como uma névoa incerta. Na escuridão de uma sala turva, a silhueta de uma sombra se aproximava, um suspense desconhecido que se desvanecia ao tentar recordar.
O despertar abrupto foi sinalizado pelos passos rápidos de Sn em direção ao banheiro. O eco da festa ainda pairava no ar, e eu a seguia, consciente de nossa celebração intensa da noite anterior. Minha preocupação imediata era assegurar que ela enfrentasse a ressaca sem inconvenientes.
Segurar seus cabelos enquanto ela enfrentava os efeitos da bebida era um gesto de compreensão e cuidado. A transição de uma noite festiva para a serenidade do banheiro era uma representação simbólica da dualidade que nossa vida muitas vezes apresentava.
Após o episódio, uma decisão espontânea nos levou ao banho conjunto. A água morna lavava não apenas os resquícios da noite anterior, mas também criava um espaço de cumplicidade. O silêncio compartilhado naquele momento refletia a intimidade que transcende as palavras.
Ao sairmos do banho, a ideia de ir ao shopping se formou como um plano para iniciar o dia. A casa estava mergulhada no silêncio do sono alheio, e decidimos escapar para o mundo lá fora em busca de café da manhã e uma pausa na rotina.
Cada risada, cada gesto durante a escolha das refeições, tornava-se uma narrativa adicional em nosso vínculo. A rua movimentada do shopping e o aroma de comida fresca entrelaçavam-se, construindo mais uma página na história que compartilhávamos. O café da manhã não era apenas uma refeição, mas um capítulo novo após as festividades intensas da noite anterior.
***
Decidimos ir ao shopping para aproveitar o dia e fugir um pouco da ressaca da festa de ontem. Sn parecia um pouco indisposta, mas ainda assim, estávamos animados. Entramos em uma loja de roupas, e Sn já começou a escolher algumas peças.
Sn foi para o provador experimentar algumas roupas, e eu, sentei-me pacientemente aguardando. A loja estava movimentada, e eu observava as pessoas passando enquanto pensava na noite anterior e no sonho estranho que tive.
De repente, Lana, a irmã de Sn, aparece na loja. Ela sempre teve um jeito complicado, e eu já podia sentir que alguma confusão estava prestes a acontecer. Ela se aproximou de mim com um sorriso malicioso.
Lana: Tom, quanto tempo! Sn está por aqui?
Tom: Sim, está experimentando algumas roupas. Como você está?
Lana: Ótima, como sempre. O que achou da festa de ontem?
Tom: Foi divertida, organizamos tudo para o aniversário da Sn.
Lana: Ah, claro. Parece que vocês dois se divertiram bastante.
Tom: Sim, foi uma noite incrível.
Lana: Pena que Sn não achou tão bom eu ter ido. Deve ter sido especial só para os íntimos, né?
Tom: Bom, era mais uma festa entre amigos próximos e família. Você estava alterada ontem, então acho que foi o impulso...
Lana: Você parece cansado, Tom. A propósito, quer saber de um segredo?
Eu, intrigado, respondo: Qual seria?
Lana: Você é um cara muito legal, Tom. Não merece ser traído.
Tom: Traído? Do que está falando, Lana?
Lana: Você não sabe? Sn estava flertando com um cara na festa. Eu vi com meus próprios olhos.
Eu, preocupado e surpreso, questiono:
Tom: O quê? Não acredito nisso!
Lana: Ah, ela não sabe que eu vi. Deixe-me te mostrar.
Lana me puxa para fora da loja, e ela aponta para o provador onde Sn está. Eu, angustiado, tento entender o que está acontecendo.
***
Aquela situação estava fora do controle, e eu me sentia perdido entre as palavras de Lana e a cena que acabara de acontecer. Saí da loja para tentar processar tudo o que estava acontecendo e, infelizmente, Lana me seguiu.
Lana: Tom, eu sei que é difícil aceitar, mas você merece alguém melhor. Alguém que não vá te trair.
Eu, ainda atordoado, respondi: Lana, eu não sei o que pensar. Sn não faria isso comigo.
Lana: Ah, Tom, você é tão ingênuo. Às vezes, precisamos aceitar a verdade, por mais dolorosa que seja.
Ela se aproximou de mim, e antes que eu pudesse reagir, Lana me beijou à força. Fiquei chocado com a ousadia dela, mas consegui me libertar do beijo indesejado.
Tom: O que você está fazendo, Lana? Isso é loucura!
Lana: Eu só estou tentando te mostrar a verdade, Tom. Sn não é a pessoa que você pensa.
Nesse momento, percebi que ela estava tramando algo, mas antes que pudesse reagir, vi a expressão de choque no rosto de Sn ao sair da loja. Seus olhos estavam marejados, e o que eu mais temia era que ela pensasse que eu estava envolvido naquela situação.
Sn: Tom, como você pôde? Eu não acredito nisso!
Antes que eu pudesse explicar, Sn saiu correndo, e eu corri atrás dela, ignorando completamente Lana.
Tom: Sn, por favor, me escuta! Isso não é o que parece!
Sn: Não quero ouvir suas desculpas, Tom. Eu vi tudo.
Tom: Lana armou isso, eu juro! Ela me beijou à força, eu não quis isso.
Sn: Eu te vi lá fora, Tom. Você não recusou o beijo. Eu não posso acreditar que confiei em você.
A dor em seus olhos cortou meu coração. Tentei explicar, mas Sn simplesmente se afastou, deixando-me ali, perplexo e magoado.
***
Ao ver Sn saindo da loja com os olhos cheios de lágrimas, meu mundo desabou. Corri atrás dela, ignorando completamente Lana, que ainda tentava me seguir.
Lana: Tom, espera! Eu só quero ajudar.
Eu, já exasperado, empurrei Lana e disse: Me deixa em paz, tá legal? Isso não tem nada a ver com você!
Corri até alcançar Sn, que caminhava apressadamente pelo shopping.
Tom: Sn, por favor, você precisa me ouvir. Isso não é o que parece.
Sn: Eu não quero ouvir nada, Tom. Você permitiu que ela te beijasse, e eu vi tudo.
Tom: Eu não quis aquilo, Sn. Lana armou tudo. Eu te amo, e você sabe que eu nunca faria algo para te magoar.
Sn: Não quero mais ouvir suas desculpas. Eu achei que poderia confiar em você.
Minhas tentativas de explicação pareciam inúteis. Sn continuou andando, e eu a seguia desesperadamente.
Tom: Sn, por favor, acredite em mim. Eu nunca faria algo para te magoar de propósito.
Sn: Eu não consigo, Tom. Isso doeu demais.
O silêncio se instalou entre nós, e Sn entrou em um táxi, deixando-me ali, sem saber como consertar o estrago que Lana causou. Me senti traído, não só por Lana, mas pela situação que ela criou. Percebi que precisava enfrentar isso de frente, então me virei para encarar Lana.
Tom: Você conseguiu o que queria, Lana. Agora, me deixe em paz.
Lana apenas sorriu de forma maliciosa e se afastou. Eu, por outro lado, permaneci ali, perdido em pensamentos sobre como recomeçar e reconquistar a confiança de Sn.
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𝚃𝙸𝙽𝙷𝙰𝙼𝙾𝚂 𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 13 𝙰𝙽𝙾𝚂! - 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛-
FanficTTínhamos apenas 13 anos! ONDE: Sn, uma jovem ligada por laços profundos com os integrantes da famosa banda Tokio Hotel, vê seu mundo desmoronar em 2002. O divórcio dos pais a obriga a deixar sua vida na Alemanha, incluindo seus amigos Tom Kaulitz...