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Eu já estou com dois meses de gravidez. Bill está me ajudando muito com isso e eu sou muito grata por ele. Georg e Gustav ficam discutindo quem compra o meu presente e Tom está sendo mais cuidadoso do que antes.

Georg: ELE VAI GOSTAR DESSE CARRINHO!

Gustav: NÃO! ELE VAI QUERER A MINHA BICICLETA!

Bill: Mas vocês nem sabem qual é o sexo do bebê.

Georg: Eu sinto que é um menino.

Tom: Meu Deus gente, ele ou ela vai querer os dois.

Sn: Sim, e vocês dois podem sair com ele ou ela bastante para brincar.

Bill: Sim...

Tom: O Georg, Gustav e o Bill né.

Sn: Porque?

Tom: A gente precisa também de um tempinho...

Georg: Coitada, nem grávida tem paz...

Gustav: Nossa, o Tom é muito hormonal.

Bill: Tadinha da nossa amiguinha.

Sn: Tom... Isso não estava nos planos.

Tom: Quem disse que tem planos?

Sn: Tom...

Tom: Porra, agora eu vou esperar nove meses pra transar e quando o sufoco acaba eu não posso?

Sn: Tudo bem... Mas pega leve.

Georg: Isso não é uma conversa saudável... Eu acho.

Gustav: Não, realmente não é...

Estava tudo correndo bem, até alguém tocar a campainha.

Tom: Tínhamos visita?

Sn: Que eu saiba não...

Tom se levanta e vai até a porta, porém, não volta com uma cara tão boa.

Sn: Mãe?!

Mãe: Sn, eu descobri que está grávida... E eu... Queria pedir desculpas por tudo que fiz, e queria te ajudar na sua gestação.

Sn: Ok, você vem na minha casa depois de um ano e meio e ainda tem coragem de me pedir desculpas depois de tudo que fez?

Mãe: Eu me arrependi Sn, quero ser uma pessoa nova para você.

Sn: Só se você prometer que nunca mais vai interferir na relação minha e do Tom.

Mãe: Claro...

Sn: Tudo bem então, posso te dar uma nova chance.

Eu abraço minha mãe. Mesmo com suas desculpas, eu não estava cem por cento confiante, mas acredito que seja por ser enganada muitas vezes.

Já fazia duas horas que minha mãe estava em casa. Tom, Bill e Gustav não conseguiam disfarçar, pois eles são maus com quem não gostam. Já Georg, ele estava o tempo todo quieto; eu também não estava tão confiante.

Mãe: Filha, já tomou água hoje?

Sn: Não, mãe...

Mãe: Vou pegar um copo de água para você.

Minha mãe parece estar sendo legal, então vou deixar minha preocupação de lado.

Quando minha mãe volta com o copo de água, começo a tomar, porém, sinto um gosto diferente, afinal, era água da torneira.

Acabo de tomar e devolvo o copo a ela; ela se levanta e leva novamente à cozinha.

Mãe: Já vou indo, filha. Algum problema, me liga.

Ela sai de casa e pega o telefone para uma ligação.

Bill: Tô preocupado.

Tom: Também.

Gustav: Sei lá hein.

Georg: Ela tá estranha.

Quando Georg se levanta para ir ao quarto, ele tropeça no sofá e quase cai no chão. Todos nós rimos, pois não é a primeira nem segunda vez que Georg tropeça sem necessidade.

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Na hora de dormir, Tom estava conversando com a minha barriga.

Tom: Quando você nascer, a gente vai pra um lugar muito legal...

Sn: Não existe lugar legal a não ser um shopping.

Tom: Um strip club.

Sn: É O QUÊ?

Tom: Ele precisa pegar mulher, amor...

Sn: Mas você não sabe se é menino ou menina.

Tom: Se você for uma menina, eu vou te trancar dentro de casa e se vir algum idiota querendo te comer... Eu vou lascar a mão.

Sn: Será que o MEU pai pensou a mesma coisa, Kaulitz?

Tom: Calma... Isso não tem nada a ver.

Sn: Claro que tem, eu paguei um boquete pra você com treze anos...

Tom: Merda...

Mas então, sinto uma pontada muito forte em minha barriga, na verdade, muitas.

Sn: Que dor...

Tom: Quer ir no médico?

Sn: Não... Acho que não é nada.

Tom me abraça e então dormimos.

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De madrugada, eu acordo ainda com dor em minha barriga. Vou ao banheiro, porém...

Sn: Tom!

Tom: O que... (voz de sono)

Sn: Eu tô sangrando!

Tom: O QUÊ?! VAMOS PRO MÉDICO!

Tom pega o telefone para fazer uma ligação enquanto eu me troco.

Tom: Ela tá sangrando e eu não sei o que eu faço... Você vai até o hospital?... Tudo bem, desmarca a entrevista para amanhã.

Tom desliga o telefone. Ele pega as chaves do carro e então seguimos caminho até o hospital.

Tom: Eu sabia que não podia confiar na sua mãe!

Sn: Mas o que ela fez?

Tom: Porra Sn, a água! Ela deve ter colocado alguma coisa nela.

Eu fico quieta. Minha mãe poderia sim ter feito isso, como ela pode ser tão cruel?

Ao chegar no hospital, a moça já nos levou a uma salinha para ver. Então ela nos chama para nos sentar.

Enfermeira: Eu sinto muito, mas... Você sofreu um aborto.

Eu não consigo segurar meu choro, e Tom me abraça também tentando conter o seu.

Enfermeira: Ela fez a ingestão de algum medicamento, ou remédio abortivo?

Tom: Nunca, a mãe dela foi que deu uma água a ela hoje.

Enfermeira: Ela com certeza colocou algum medicamento abortivo.

Depois de escutar tudo, tive que fazer uma cirurgia, e depois de um dia no hospital, liberaram visita.

Bill: AMIGA...

Bill me abraça e beija minha testa.

Bill: Tom foi pra casa tomar um banho, ele passou a noite inteira aqui.

Sn: Ele também está muito mal.

Georg: Oi Sn... Eu sinto muito. - Georg deixa lágrimas escorrerem.

Gustav: Sentimos... - Gustav estava com o rosto avermelhado.

Sn: Que isso gente... Se foi, tinha que ir. Fazer o que... - Eu tentava esconder, mas estava morta e torturada por dentro...

𝚃𝙸𝙽𝙷𝙰𝙼𝙾𝚂 𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 13 𝙰𝙽𝙾𝚂! - 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛-Onde histórias criam vida. Descubra agora