019.

75 4 0
                                        

TOM

Estamos no carro, minha mão pousada suavemente na coxa de Sn enquanto trocamos carícias. Decidimos jantar em um restaurante, e enquanto comíamos e conversávamos, algo me incomodava. Uma garota loira na mesa ao lado me olhava com malícia, sorrindo de canto. Não sorri de volta, mas não pude evitar notar os detalhes de seu vestido curto e colado. Por que diabos estou prestando atenção nisso?

A vontade de ir ao banheiro surge, então deixo meu cartão com Sn para que ela pague enquanto me afasto. Sinto alguém me seguindo, mas decido ignorar. Ao entrar no banheiro masculino, uso-o e, ao abrir a porta para sair, a garota da mesa ao lado está agora seminua na minha frente.

Seu corpo não se compara ao da Sn, Sn é bem mais gostosa que isso, então não entendo o motivo de prestar atenção nisso. Tampo meus olhos e digo:

Tom: Esse banheiro é masculino.

A garota responde sussurrando:

XX: Eu sei, gato.

Ao tentar sair, ela segura meu braço, prendendo-me na pia e se esfregando em mim. Não querendo machucá-la, a empurro com força para me soltar. Com raiva, ela diz:

XX: Eu não iria fazer nada demais, mas você foi longe demais.

A garota me surpreende com um beijo roubado. A empurro e escuto Sn batendo na porta do banheiro perguntando:

Sn: Vai demorar amor?

A garota sorri para mim e solta um gemido alto, dizendo coisas provocativas, enquanto Sn grita do lado de fora.

Quando Sn abre a porta, a garota age rapidamente, colocando minhas mãos em sua cintura e as suas em meu abdômen por baixo da blusa. Tento me desvencilhar, mas é tarde demais. Sn está na porta com lágrimas nos olhos.

Eu corro atrás dela, dizendo:

Tom: Sn, não é o que você está pensando!

Ela não me dá ouvidos, e ao chegarmos em casa, ela arruma suas coisas e vai embora.

Fico ali, parado, atônito com o que aconteceu. Não posso acreditar que tudo deu errado dessa forma.
Deitado em minha cama agora, eu só sei chorar.

Tom: Mas que Desgraça!

***
SN

Três meses se passaram desde a dolorosa traição de Tom, e meu coração ainda carrega as cicatrizes daquele momento. Optei por bloquear todos os membros da banda, pois sabia que Tom tentaria de todas as formas entrar em contato comigo. O som de seu nome ainda ecoa como um eco amargo nos corredores da minha mente.

Nesse período, embarquei em um relacionamento com Erik, não por amor, mas por uma mistura de compaixão e insistência. Ele procurava nos braços dele a cura para as feridas deixadas pelo passado. Hoje, estamos indo para uma festa de gala, um evento que deveria ser repleto de glamour, mas que esconde as sombras de uma relação que está longe de ser perfeita.

Meu quarto agora é compartilhado com Erik, uma tentativa de unir nossas vidas de alguma forma. No entanto, a intimidade entre nós é prejudicada pela sombra do passado com Tom. Minha vontade de ter relações sexuais desapareceu, substituída por uma aversão profunda que se solidificou após a traição.

A relação com minha mãe encontrou um terreno mais estável. Surpreendentemente, ela se mostrou mais compreensiva e gentil. Parece haver uma trégua entre nós, um entendimento silencioso que, mesmo que distante, cria uma ponte de apoio.

No entanto, os problemas com Erik persistem. Sua violência ocasional deixa marcas físicas e emocionais. A dor, tanto física quanto emocional, tornou-se uma companheira constante. Suas chegadas tardias em casa, envoltas no cheiro de outras mulheres, adicionam um amargor adicional à nossa relação já conturbada.

Hoje, vamos a uma festa de gala, onde dançarei colada a Erik, tentando esconder as cicatrizes que ele causou. Este capítulo explora a complexidade dessas relações, onde a aparência de felicidade e normalidade esconde uma realidade sombria e dolorosa.

***

O caminho até o salão ao lado de Erik é marcado pela opressão de sua mão em minha coxa, muito diferente da delicadeza com que Tom costumava acariciar. Incomodada, tento expressar meu desconforto:

Sn: Você está me machucando, Erik.

Sua resposta, cortante e violenta, ecoa no espaço do carro:

Erik: Cala a boca garota! Eu faço o que eu quiser com você! Tá me escutando?

Surpresa e amedrontada, decido silenciar, temendo a escalada de sua raiva.

Ao chegarmos ao local do evento, opto por me distanciar de Erik, buscando refúgio ao lado de minha mãe e algumas de suas amigas. A atmosfera festiva parece contrastar brutalmente com a tensão que paira sobre mim.

A hora da valsa chega, e, contra minha vontade, me vejo dançando ao lado de Erik. A música "Hold On" começa a tocar, desencadeando uma onda de pensamentos sobre os momentos compartilhados com Tom. Recordo seus abraços afetuosos, beijos doces e carícias suaves que contrastam drasticamente com a rudeza de Erik.

( Musica na mídia) Leia escutando

"Loving and fighting, accusing, denying
I can't imagine a world with you gone
The joy and the chaos, the demons we're made of
I'd be so lost if you left me alone

You locked yourself in the bathroom
Lying on the floor when I break through
I pull you in to feel your heartbeat
Can you hear me screaming? Please don't leave me

Hold on, I still want you

Come back, I still need you
Let me take your hand, I'll make it right
I swear to love you all my life
Hold on, I still need you

Long endless highway, you're silent beside me
Driving a nightmare I can't escape from
Helplessly praying, the light isn't fading
Hiding the shock and the chill in my bones

They took you away on a table
I pace back and forth as you lay still
They pull you in to feel your heartbeat
Can you hear me screaming? Please don't leave me

Hold on, I still want you"

Tradução:

" Amar e lutar, acusar, negar
Não consigo imaginar um mundo sem você.
A alegria e o caos, os demônios dos quais somos feitos.
Eu ficaria tão perdido se você me deixasse sozinho
Você se trancou no banheiro
Deitado no chão quando eu atravesso
Eu puxo você para sentir seu batimento cardíaco
Você pode me ouvir gritando? Por favor, não me deixe
Espere, eu ainda quero você
Volte, eu ainda preciso de você
Deixe-me pegar sua mão, eu vou consertar
Eu juro te amar por toda a minha vida
Espere, eu ainda preciso de você
Estrada longa e interminável, você está em silêncio ao meu lado
Dirigindo um pesadelo do qual não consigo escapar
Rezando impotente, a luz não está desaparecendo
Escondendo o choque e o frio nos meus ossos
Eles levaram você para uma mesa
Eu ando de um lado para o outro enquanto você fica imóvel
Eles puxam você para sentir seu batimento cardíaco
Você pode me ouvir gritando? Por favor, não me deixe
Espere, eu ainda quero você"

Com a cabeça apoiada ao lado da dele, as lágrimas começam a rolar, e minha garganta se aperta com a tristeza contida. A dança, inicialmente um ritual social, torna-se uma jornada interna, conduzida pelas notas melancólicas da música. A nostalgia dos momentos com Tom contrasta com a dura realidade presente.

𝚃𝙸𝙽𝙷𝙰𝙼𝙾𝚂 𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 13 𝙰𝙽𝙾𝚂! - 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛-Onde histórias criam vida. Descubra agora