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Corri para o quarto de Tom, ofegante e preocupado, chamando pelo meu irmão com urgência. Tom desceu as escadas apressadamente, claramente alarmado com minha expressão de angústia, mas sua expressão se transformou em choque absoluto quando viu Emma na sala.

Emma sorriu para Tom e disse com uma voz melosa:

Emma: Olá de novo, meu amor...

Tom estava visivelmente irritado e deu um passo à frente, sua voz soando áspera enquanto perguntava:

Tom: Não me chama assim! O que você está fazendo aqui? Quem é essa criança? Você a roubou da maternidade ou algo assim?

Um riso irônico escapou dos lábios de Emma, e ela respondeu:

Emma: Você é tolo, Tom? Essa é a sua filha, nossa filha...

A revelação de Emma pegou Tom desprevenido, deixando-o momentaneamente atônito. Ele processou as palavras e depois voltou a si, dando um beliscão em meu braço como um sinal silencioso de que ele estava prestes a jogar um jogo arriscado.

Tom olhou para Emma e respondeu com uma pitada de sarcasmo:

Tom: De acordo com a ciência, essa filha pode ser nossa, não é?

Emma pareceu aliviada com a resposta e concordou:

Emma: Sim.

No entanto, Tom não parou por aí. Ele olhou nos olhos de Emma e continuou:

Tom: Você acredita na ciência, não é?

Emma, um tanto confusa com a direção que a conversa estava tomando, respondeu:

Emma: Claro, eu acredito na ciência.

Tom então a encarou profundamente e disse:

Tom: Bem, se você acredita tanto na ciência, sabe que a filha não pode ser minha.

Emma começou a gaguejar em busca de palavras para uma resposta, mas não conseguiu encontrar nenhuma defesa convincente. Tom, com seu olhar perspicaz, continuou:

Tom: Afinal, se tanto eu quanto você temos cabelos loiros, como é possível que nossa filha tenha cabelos castanhos?

Emma ficou em silêncio por um momento, parecendo desamparada, até finalmente admitir sua farsa. Tom a encarou mais uma vez e perguntou diretamente:

Tom: A filha é realmente minha?

O silêncio encheu a sala enquanto todos aguardavam a resposta. Emma pegou as chaves de um carro e, em um último ato de rendição, partiu em silêncio.

Fiquei perplexo com a habilidade de Tom de fazer com que todos diziam a verdade em questão de segundos, demonstrando um domínio surpreendente na situação. Era um momento de reviravolta na narrativa, e as revelações ainda estavam longe de terminar.

***

A atmosfera na sala permanecia tensa após a partida repentina de Emma, mas logo uma figura surgiu, rompendo o silêncio e trazendo um sorriso agridoce. Era Sn, sua presença tranquila e suave acalmando um pouco os ânimos. No entanto, Tom, com seu jeito brincalhão, não conseguia resistir a uma provocação.

Ele olhou para Sn e, com um sorriso travesso, soltou:

Tom: Vamos fazer um bebê?

O sorriso doce de Sn desapareceu imediatamente, substituído por uma expressão de choque e surpresa. Sem dizer uma palavra, ela se virou e saiu correndo da sala.

Tom não conseguiu conter o riso, sua risada ecoando na sala enquanto ele assistia Sn escapar. Era claro que ele estava apenas brincando, mas seu jeito desajeitado de expressar seu amor por Sn às vezes resultava em situações engraçadas.

Georg, ainda um pouco pálido com a situação anterior envolvendo Emma, não pôde evitar rir com a reviravolta repentina e a fuga de Sn. Era um momento peculiar e surreal, mas também uma lembrança de que, apesar das reviravoltas da vida, a presença de Sn na vida de Tom era inegavelmente especial.

A risada de Tom ecoou na sala, criando uma atmosfera mais leve e descontraída, enquanto todos continuavam a processar as emoções do momento. A vida dos Kaulitz era, sem dúvida, cheia de surpresas e reviravoltas inesperadas.

***

TOM

A primeira vez que Emma afirmou que a criança era minha, confesso que me surpreendi. Por um momento, a ideia de ser pai parecia real e, ao mesmo tempo, surreal. Talvez a surpresa tenha sido causada pelo fato de que, durante aquele instante, a ideia de ser pai não parecia tão distante. No entanto, bastou um olhar mais atento para perceber que a criança não tinha nenhuma semelhança comigo, ou mesmo com Emma.

Os cabelos castanhos da menininha eram a prova mais evidente de que algo estava errado naquela história. Não havia traços que indicassem que ela poderia ser minha filha, e a semelhança com Emma também era questionável. Naquele momento, tive uma intuição de que algo estava errado.

Decidi então adotar uma abordagem mais descontraída, aproveitando a oportunidade para fazer uma brincadeira, embora soubesse que isso não era o momento adequado. No entanto, minha necessidade de aliviar a tensão da situação levou a uma frase provocadora. Sn, que estava presente, reagiu de uma maneira que eu não esperava: ela saiu correndo.

Claro que minha intenção era apenas brincar, não estava planejando formar uma família naquele momento. Ter um filho com Sn, a mulher que mais amo, era um desejo que eu guardava no coração, mas sabia que ainda éramos apenas adolescentes, prestes a completar 18 anos. Queria aproveitar nossa privacidade e a liberdade de explorar nosso relacionamento antes de dar passos tão sérios. Também se tratando de Sexo.

Deixei as coisas fluírem naturalmente, como sempre fizemos. Afinal, o tempo nos mostraria o caminho certo. Com Sn ao meu lado, sabia que qualquer decisão futura seria tomada com base no que era melhor para nós. No momento, queria aproveitar cada momento ao seu lado, sem nos preocuparmos com o peso das responsabilidades que viriam com a paternidade. Afinal, ainda tínhamos um longo caminho pela frente antes de considerar a ideia de formar uma família.

𝚃𝙸𝙽𝙷𝙰𝙼𝙾𝚂 𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 13 𝙰𝙽𝙾𝚂! - 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛-Onde histórias criam vida. Descubra agora