A farmácia próxima se tornou o primeiro destino, Tom, Bill e eu unidos por uma determinação silenciosa de aliviar as dores que afligiam Tom. O rosto de Tom estava obscurecido pela expressão de desconforto, e o silêncio ao seu redor era como uma melodia triste que pairava no ar.
Ao retornarmos, Bill, Georg e Gustav partiram para desmarcar o show pendente, deixando-nos em uma atmosfera carregada de preocupação e responsabilidade. Já em casa, conduzi Tom ao quarto, onde ele se entregou à cama com um suspiro de alívio. Seu corpo, marcado pelas dores, clamava por descanso.
Enquanto Tom aguardava no quarto, mergulhei no banheiro para preparar a água do banho. A temperatura, cuidadosamente ajustada, visava proporcionar algum alívio ao seu corpo cansado. Ao retornar, encontrei Tom deitado, seu olhar perdido nas sombras que dançavam pelas paredes.
Com habilidade, dispus sobre a cama uma toalha macia e roupas confortáveis, escolhidas com o intuito de envolvê-lo em calor e conforto. Calça larga e camiseta folgada, uma vestimenta que buscava abraçar suavemente seu corpo. Ajeitei os travesseiros enquanto ele se dirigia ao banheiro.
A casa, por um momento, parecia um refúgio tranquilo e acolhedor, onde cuidados e gestos compassivos preenchiam o espaço antes marcado por inquietação. Desci as escadas com o propósito de preparar algo para saciar a fome de Tom, um reflexo tangível do seu estado debilitado.
Na cozinha, o aroma de pão tostado preenchia o ar enquanto eu preparava um lanche simples, mas reconfortante. Duas fatias crocantes para ele, uma latinha de coca e mais uma para mim. Voltei ao quarto com o banquete improvisado, encontrando Tom deitado, coberto e vulnerável.
Seu sorriso, ao me ver, irradiava gratidão e fragilidade. Ele se sentou com cuidado, as pernas cobertas e o corpo encostado à cabeceira da cama.
Tom: Não precisava, gata...
Murmurou Tom, suas palavras carregadas de ternura. Dois selinhos foram depositados com suavidade, o terceiro se prolongando como uma promessa de apoio mútuo.
Antes que ele começasse a se alimentar, entreguei-lhe o primeiro remédio, uma vitamina que prometia fortalecimento. Uma careta passageira escapou dos lábios de Tom ao tomá-lo, mas logo ele se concentrou na refeição que se estendia diante de nós.
Sn: Como você está se sentindo?
Questionei, minha preocupação transparecendo nos olhos que encontravam os dele. Tom, entre mordidas e goles de coca, compartilhou os altos e baixos das últimas horas. Sua narrativa, pontuada por momentos de desconforto e pausas reflexivas, revelava a fragilidade de sua condição.
A noite avançava, mas o quarto era iluminado por uma cumplicidade silenciosa. A TV, em segundo plano, murmurava sons familiares, enquanto nossas conversas e risos suaves preenchiam os espaços entre as palavras. Em meio a remédios, lanches improvisados e momentos compartilhados, o capítulo desdobrava-se como um poema, entrelaçando cuidados e vínculos que resistiam às adversidades.
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1 Semana depois...
Uma semana se arrastou, densa e repleta de desafios que desafiaram a resistência emocional e física de todos naquele pequeno universo compartilhado. Tom, um lutador silencioso, emergiu da escuridão da doença com um resplendor de vitalidade, mas sua voz ainda carregava os vestígios ríspidos da batalha contra a pneumonia. O alívio predominava, uma atmosfera de cura que envolvia não apenas Tom, mas todos que o cercavam.
Ao longo da semana, Bill carregou o peso da preocupação em seus ombros, uma sombra perceptível em seus olhos que refletia a tormenta interna que o acometia. Georg, o confidente, compartilhava a inquietação com empatia silenciosa, enquanto Gustav, em sua honestidade peculiar, tirava sarro de Tom sempre que o via deitado, criando momentos de leveza em meio à tensão.
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𝚃𝙸𝙽𝙷𝙰𝙼𝙾𝚂 𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 13 𝙰𝙽𝙾𝚂! - 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛-
FanfictionTTínhamos apenas 13 anos! ONDE: Sn, uma jovem ligada por laços profundos com os integrantes da famosa banda Tokio Hotel, vê seu mundo desmoronar em 2002. O divórcio dos pais a obriga a deixar sua vida na Alemanha, incluindo seus amigos Tom Kaulitz...
