●○•°Sombras do Passado●○•°
Cinco longos meses se desenrolaram desde a tempestade de emoções que marcou a recuperação de Tom. A celebração dos 18 anos de Bill e Tom foi uma explosão de alegria, uma pausa necessária na rotina permeada por desafios. Entretanto, mesmo com a animação da festa ainda ecoando nas memórias, o destino reservava uma reviravolta inesperada.
Mais um dia se desenrolava na casa dos Kaulitz. Tom, Bill, Georg e Gustav haviam partido para o estúdio, deixando-me sozinha na tranquilidade momentânea. O ambiente estava impregnado com a atmosfera familiar daquele lar temporário, mas a paz seria efêmera.
O toque inesperado na porta quebrou a serenidade. Ao abri-la, deparei-me com o rosto conhecido, mas carregado de sombras do passado: minha mãe. A surpresa inicial deu lugar a uma tensão palpável quando suas palavras acusadoras preencheram o espaço.
Mãe: Que pouca vergonha, Sn? Você está namorando o mau exemplo?
Minha expressão endureceu, resistindo ao impacto das críticas injustas. Antes que pudesse processar completamente o motivo da visita dela, sua voz cortou o ar como um punhal afiado.
Mãe: Vim te ver. Parece que resolveu me decepcionar denovo, não é?
Sn: O que você veio fazer aqui?
Sua presença, carregada de julgamentos e desaprovações, pairava como uma nuvem sombria. Um nó se formou em minha garganta, mas eu estava determinada a manter minha dignidade.
Mãe: Ele não é flor que se cheire, Sn, nunca foi.
A crueza das palavras ecoou no silêncio da sala enquanto eu enfrentava a mistura de emoções tumultuadas. A máscara fria de indiferença encobria o turbilhão de sentimentos que ameaçava transbordar.
Sn: Vai embora, não quero te ver aqui.
Ao tentar fechar a porta, as últimas palavras dela ressoaram, deixando cicatrizes invisíveis. O silêncio que se seguiu foi carregado de uma tristeza profunda e frustração. Minha mãe, a figura que deveria oferecer apoio e compreensão, tornou-se uma sombra do passado, trazendo consigo o peso de julgamentos e desilusões.
Sozinha na casa, as paredes pareciam fechar-se ao meu redor, envolvendo-me em um vórtice de pensamentos sombrios. Cada palavra proferida reverberava como uma ferida recém-aberta, reacendendo lembranças dolorosas.
O resto do dia se desenrolou em um mar de emoções contidas, sem a energia para enfrentar o mundo exterior. A visita inesperada de minha mãe lançou sombras sobre a paz que havia sido cultivada nos últimos meses. A fragilidade dessa trégua tornou-se evidente, e eu me vi confrontando não apenas as palavras cruéis, mas também as feridas mais profundas que permaneciam escondidas nas dobras do passado.
Na solidão da casa silenciosa, lutei para reconciliar as expectativas quebradas com a realidade dolorosa que se desdobrava diante de mim. O capítulo, marcado pela presença tóxica do passado, deixou-me ansiando por uma clareza que, por enquanto, permanecia além do alcance.
***
O ambiente carregado de tensão se desfez com a entrada dos garotos em casa, trazendo consigo uma sensação de normalidade que, por um momento, pareceu efêmera. O olhar preocupado de Tom ao perceber meu semblante sombrio foi como uma âncora em meio à tempestade emocional.
Ele adentra o quarto, sua guitarra agora pendurada na parede junto com outras memórias musicais. O gesto simbólico de Tom, arrumando as guitarras, revelava a busca por estabilidade em meio ao caos que se desenrolava do lado de fora.
Tom deita-se sobre mim, seus lábios encontrando os meus em um beijo intenso e cheio de desejo. Dou passagem de língua, permitindo que o beijo se tornasse uma fuga temporária das preocupações que pairavam sobre nós.
Ao romper o beijo, a expressão carinhosa de Tom é acompanhada por uma pergunta sincera:
Tom: Tá tudo bem, bê?
Balanço a cabeça negativamente, sem esconder as marcas deixadas pelo encontro desagradável com minha mãe.
Sn: Ela apareceu aqui, Tom. E trouxe consigo todos os julgamentos e desaprovações.
Tom, sempre direto, responde com uma dose de resignação:
Tom: Tá na cara que a sua mãe nunca gostou de mim, nem quando a gente era criança.
Seus lábios buscam refúgio em meu pescoço, uma demonstração de afeto que transcende as palavras.
Sn: Sim, Tom, mas eu tenho medo. A minha mãe é capaz de tudo, por que ela foi aparecer agora?
Tom interrompe o beijo e as carícias para oferecer consolo:
Tom: Vai ficar tudo bem, tá legal? Ela não vai fazer nada, nosso amor é bem maior que isso.
O sorriso forçado se desmancha, substituído por uma expressão mais suave e grata. Suas palavras ecoam como um bálsamo, acalmando as inquietações que me assombravam.
Sn: Você sempre encontra uma maneira de me acalmar, Tom.
Retomamos o beijo, como se cada toque fosse um lembrete tangível do amor que compartilhávamos. Naquele momento, entre lençóis e carícias, o mundo exterior desvanecia, deixando-nos imersos na certeza de que, juntos, éramos capazes de enfrentar qualquer tempestade.
***
MÃEObservo minha filha, Sn, trilhar seu caminho em meio às complexidades dos relacionamentos, e sinto a necessidade de expressar minhas apreensões, especialmente em relação a Tom Kaulitz. Embora eu respeite as escolhas dela em relação ao amor, Tom parece não ser a melhor influência. Suas frequentes interações com outras mulheres levantam dúvidas sobre a sinceridade do suposto amor que ele proclama ter por Sn.
Confesso que me debato entre o desejo de proteger Sn do que considero uma influência negativa e a necessidade de evitar que ela seja mal vista pela sociedade. Não quero que minha filha seja rotulada injustamente, mesmo que meus sentimentos maternos não sigam o padrão convencional. Por mais complexa que seja nossa relação, desejo o melhor para Sn.
Decidi tomar medidas para acompanhar os passos de Tom. Contratei uma garota de programa para segui-lo, tornando-se uma sombra constante em sua vida e expondo suas ações aos paparazzis. A intenção é que Sn veja a verdade por trás das aparências, compreendendo se o amor que Tom alega sentir é verdadeiro.
Minhas ações, guiadas por uma mistura de preocupação maternal e um desejo de garantir um futuro promissor para Sn, podem ser questionáveis. Contudo, acredito que ela merece uma relação estável e saudável. Quero Sn com Erik, alguém que parece oferecer a estabilidade que busco para ela.
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𝚃𝙸𝙽𝙷𝙰𝙼𝙾𝚂 𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 13 𝙰𝙽𝙾𝚂! - 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛-
ФанфикTTínhamos apenas 13 anos! ONDE: Sn, uma jovem ligada por laços profundos com os integrantes da famosa banda Tokio Hotel, vê seu mundo desmoronar em 2002. O divórcio dos pais a obriga a deixar sua vida na Alemanha, incluindo seus amigos Tom Kaulitz...