No outro dia. Em casa.
..............................................Um dia depois da festa.
A manhã surgiu timidamente, lançando uma luz suave que delineava os contornos do quarto. O silêncio era quebrado apenas pelo zumbido discreto do ar-condicionado, cuja temperatura baixa criava um contraste gélido com o calor residual da noite anterior. Tom repousava ao meu lado, vestido apenas com calça, enquanto eu me encontrava envolta apenas por minhas peças íntimas.
Seu braço, possessivamente envolvido em minha cintura, transmitia uma sensação de segurança que eu ansiava em cada amanhecer. Sua cabeça descansava tranquilamente em meu pescoço, e eu podia sentir sua respiração serena, como uma melodia suave que ecoava no quarto adormecido.
Sob o edredom gelado, uma fina camada de arrepios percorria minha pele quando a mão de Tom, surpreendentemente fria, deslizava suavemente pela minha cintura.
A preocupação se instalou quando percebi que seu peitoral, exibindo o abdômen delineado, estava exposto ao ambiente frio. Uma onda de inquietação se apoderou de mim; a noite passada, comemorando meus 18 anos, foi repleta de bebidas quentes, e a temperatura ambiente certamente poderia ter desencadeado um resfriado. Meus dedos deslizaram de maneira cuidadosa sobre sua pele, buscando avaliar se havia sinais de desconforto, mas Tom dormia como uma pedra, alheio às minhas preocupações matinais.
As cordas da guitarra, um reflexo de sua paixão pela música, jaziam silenciosas em seu canto sagrado, um instrumento que muitas vezes compartilhávamos em momentos íntimos. Seus dreads estavam soltos, uma visão que eu não presenciava com frequência, dando um toque de ordem ao caos controlado que caracterizava seu estilo.
A contemplação silenciosa daquele momento me envolvia, e eu me vi maravilhada pela vulnerabilidade tranquila de Tom enquanto dormia. As nuances do quarto, a fusão do calor humano com a frieza do ambiente, criavam um cenário que parecia transcender o tempo. E ali, entre lençóis de contrastes e o murmúrio discreto do amanhecer, eu me encontrava presa na magia efêmera de um novo dia, ansiosa pelo que a vida nos reservaria após esse despertar sereno.
***
Desperto de um breve cochilo, e lá está Tom, ao meu lado, vestindo uma blusa de frio e cuidadosamente coberto. Seus olhos encontram os meus quando me levanto, e um sorriso caloroso se desenha em seus lábios enquanto ele diz:
Tom: Bom Dia, Princesa!
Em um gesto suave, ele me beija, e sua voz soa rouca e falha, fazendo-me franzir a testa com preocupação.
Sn: Bom dia, amor.
Respondo, observando-o com atenção.
Sn: Está tudo bem? Você está sentindo alguma coisa?
A expressão dele muda, e quando ele tenta falar, uma série de tosses interrompem suas palavras. Um gemido de dor escapa de seus lábios, ecoando desconforto em suas costas e peito.
A preocupação se apodera de mim, e decido agir imediatamente. Desço as escadas apressadamente, determinada a aliviar seu desconforto. Na cozinha, preparo um chá reconfortante, misturando ervas cuidadosamente escolhidas. O vapor perfumado envolve o ambiente, proporcionando uma sensação acolhedora.
Ao retornar ao quarto, encontro Tom sentado na cama, seus olhos buscando os meus.
Sn: Tome isso.
Digo suavemente, oferecendo-lhe a xícara de chá. Ele aceita com gratidão, e a temperatura do quarto parece suavizar diante do gesto de cuidado.
Sn: O que aconteceu, Tom?
Pergunto, sentando-me ao seu lado. Suas feições revelam uma mistura de desconforto e apreensão. Ele suspira antes de começar a explicar, compartilhando os detalhes da noite anterior e como o frio e a agitação o afetaram. A dor nas costas e no peito torna-se mais evidente a cada palavra que ele pronuncia.
***
16:42 PM
O crepúsculo tingia o quarto com tons dourados quando Bill adentrou, interrompendo a quietude que envolvia eu e Tom, abraçados e perdidos na tela da TV. A expressão inquisitiva de Bill, que denunciava preocupação, não passou despercebida, e sua pergunta pairou no ar, rompendo a serenidade do momento.
Bill: O que aconteceu? Por que vocês não desceram pela manhã?
Indaga Bill, sua voz carregada de inquietação. Tom, ao meu lado, solta um suspiro, sua resistência em compartilhar evidente em sua expressão. Com um olhar significativo para Tom, começo a explicar os eventos da manhã, desde o despertar até as tosses e dores que afligiram.
A preocupação nos olhos de Bill se aprofunda a cada palavra que pronuncio.
Bill: Tom, você precisa ir ao médico. Isso não pode ser ignorado!
Insiste Bill, seu tom de voz revelando uma determinação inabalável. Tom, por outro lado, resiste, suas sobrancelhas franzidas em frustração.
Tom: Não vou a lugar nenhum, Bill. Só preciso descansar!
Argumenta Tom, sua teimosia evidente. A tensão cresce no quarto, cada palavra pronunciada ecoando como um eco de preocupação não expressa.
Bill, porém, não recua. Sua preocupação fraternal o impulsiona a insistir no cuidado adequado para Tom.
Bill: Isso não é normal, Tom. Você precisa de ajuda profissional. Não podemos ignorar isso!.
Reitera Bill, seus olhos fixos nos de Tom.
A cena se desenrola em um emaranhado de emoções e diálogos carregados. As palavras trocadas entre os irmãos refletem anos de vínculo intenso e a dinâmica única que apenas gêmeos podem compreender. Minha intervenção, entre as vozes discordantes, busca acalmar as águas agitadas, mas a tensão persiste.
Finalmente, concordamos em dirigir-nos ao hospital mais próximo, carregando uma mistura de apreensão e determinação. O carro corta a noite, suas luzes iluminando o caminho para o desconhecido, onde respostas e diagnósticos aguardam. O silêncio intercalado por esporádicas tentativas de diálogo reflete a gravidade da situação e a incerteza do que o futuro reserva para Tom, Bill e eu.
***
O hospital, com sua atmosfera impessoal e cheiro peculiar, acolhe Tom, Bill e Sn em uma espera carregada de ansiedade. As horas passam devagar, marcadas por sussurros de enfermeiros e a imprevisibilidade que paira no ar. Finalmente, Tom é chamado para a consulta.
O médico, sério e meticuloso, examina Tom com atenção. Os olhares ansiosos de Bill e Sn buscam respostas nos gestos e expressões do profissional de saúde. O silêncio se prolonga até que o médico quebra a quietude com palavras que ecoam como um trovão no quarto.
Medico: Você pode estar com uma pneumonia grave. Seus sintomas são fortes, e você pode ter uma grande recaída...
O diagnóstico paira no ar, lançando uma sombra sobre o trio. O rosto de Tom revela uma mistura de surpresa e preocupação, enquanto Bill e Sn absorvem as palavras com um nó de apreensão na garganta.
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𝚃𝙸𝙽𝙷𝙰𝙼𝙾𝚂 𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 13 𝙰𝙽𝙾𝚂! - 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛-
Fiksi PenggemarTTínhamos apenas 13 anos! ONDE: Sn, uma jovem ligada por laços profundos com os integrantes da famosa banda Tokio Hotel, vê seu mundo desmoronar em 2002. O divórcio dos pais a obriga a deixar sua vida na Alemanha, incluindo seus amigos Tom Kaulitz...
