capítulo 11

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Durante seis meses, em meio a sua curta vida de vinte anos, Amber Owens aprendeu auto defesa

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Durante seis meses, em meio a sua curta vida de vinte anos, Amber Owens aprendeu auto defesa. Isso, claro, depois de quase ter sido sequestrada duas vezes, apenas porque pessoas sem noção alguma odiavam e queriam roubar os seus pais. O que ela tinha a ver com eles? Odiava o quanto as pessoas gostavam de usar outras para derrubar outras. Era estúpido e ridículo.

Amber nunca tinha testado nada do que aprendeu naqueles poucos meses. E por várias vezes pensou que seria completamente inútil. Mas, agora, ouvindo o som lento da porta se abrindo, que a despertou de seu sono extremamente pesado – ironia –, escutando os passos e sentindo a aproximação, Amber enfim os testou.

Seu punho, que antes estava debaixo da coberta, acertou gentilmente o rosto de seu invasor.

— Ai! Mais que merda, pompons. — O som da voz fez ela franzir o cenho e acender a luz do abajur.

— Que merda digo eu, Hawkings — ela retrucou, sentando-se na cama e observando ele tocar o próprio rosto. — Qual é o seu problema?

— Qual é o seu problema? — ele repetiu, movimentando o queixo. — Só hoje você me agrediu três vezes.

— Eu não te agredi.

Ele parou o movimento e a encarou com a cabeça levemente inclinada.

— No ônibus.

Ela franziu o cenho outra vez.

— Ninguém mandou você usar a minha cabeça como travesseiro, ainda mais sem a minha permissão — se defendeu, recordando-se brevemente daquilo, mordendo o lábio inferior para não sorrir.

— Que eu me lembro bem, pompons, foi você que usou o meu ombro primeiro como travesseiro e sem a minha permissão.  

Amber abriu a boca, desejando do fundo da sua alma contrariar, mas sabendo que não poderia, ela a fechou.

Bosta.

— De qualquer forma — continuou, cruzando os braços —, como você entrou aqui?

— Pela porta. — Como se fosse a resposta mais óbvia.

Amber bufou.

— Você invadiu.

— Não é invasão se ela já estiver aberta, pompons.

Respirando fundo, fechando os olhos por um segundo, ela tentou manter a calma.

Definitivamente Bruce Hawkings decidiu que hoje era o dia de atormentá-la. Como ele conseguia ser tão irritante?

— Certo. Mas, me fala uma coisa — ela disse e então ele sentou na beirada da cama —, você acha que é algum tipo de sequestrador ou stalker para decidir entrar assim do nada na cabana dos outros?

Bruce usou os braços como apoio para inclinar o corpo mais para trás. E em seguida respondeu:

— Bem, não. — Ele sacudiu a cabeça. — No entanto, se eu fosse um, tenho certeza que não teria ido embora só com esse seu péssimo soco. 

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