O que você faria se seus colegas decidissem abandoná-la no meio de uma estrada com um dos caras mais populares de sua universidade?
Amber Owens sempre manteve um lema constante em sua vida desde que se tornou a capitã das lideres de torcidas: Perten...
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A garota de cabelos rosas caminhava pelo corredor escuro e assombroso da universidade conforme seguia de volta para o campo. Tivera que buscar algumas fitas, já que seus pompons estavam quase se desprendendo completamente. Era triste ver aquilo, tinha estado com eles desde que entrou nas lideres de torcida. Eram seus bebês, morreria sem eles, mas, ainda assim, estavam ali quase sendo obrigados a irem para uma lixeira.
Um suspiro longo saiu de sua boca.
No entanto, Amber sabia que não era aquilo que estava a irritando, sabia, mas não iria admitir em voz alto para ninguém, mal tinha coragem de admitir para si mesma.
Se sentia uma verdadeira imbecil por perceber que nada voltaria ao normal quando voltasse para Brooksviller. Bruce Hawkings tinha deixado sua marca com um carimbo que nunca iria desaparecer.
Mil trilhões de vezes merda.
Ele era um babaca. Não tinha trocado uma palavra com ela já fazia quatro dias. Quatro dias. Quem ele pensava que era para simplesmente ignorá-la depois que fez seu coração se remexer de maneira tão ridícula?
Amber bufou, puxando uma grande quantidade de fita para terminar de enrolar em seus pompons. Estava fazendo aquilo em quando voltava às pressas antes que o último jogasse começasse.
Não gostava do camisa 24. Não gostava mesmo. Mas tinha de alguma forma ao menos apreciado levemente, bem levemente, suas provocações e principalmente aquele apelido tosco. Mas ele tinha desaparecido completamente. Não falado uma vez sequer com ela naqueles dias. Simplesmente passado ao seu lado e fingindo que ela nem existia.
— Seu grande e imbecil asiático — ela murmurou, puxando a fita com força e a rasgando, imaginando que aquele fosse Bruce. — Só não desejarei que perca porque sou da casa.
Pronto, agora dei de falar sozinha também.
Ela apressou os passos, sacudindo a cabeça e esquecendo tudo aquilo.
Quando saiu da universidade e seguiu para campo, já conseguia ver a dificuldade que teria para atravessar aquela multidão na entrada e ir para dentro do campo. Faltava pouquíssimo tempo para o jogo iniciar. E ela tinha que estar lá para começar a torcida junto com as outras garotas.
— Com licença — Amber pediu, se encolhendo para se enfiar em algum buraco por ali.
Foi empurrada de maneira bem indesejada, mas finalmente conseguiu passar. Seus passos foram as pressas até o lado onde as líderes de torcida dos Black Crows ficariam.
— Ai, meu Deus, Amber! Quase pensei que teríamos que apresentar sozinhas. — A voz de Lia, uma das garotas que cursavam o mesmo curso que ela, soou assim que ela se aproximou.
— Imagino que isso seria uma prece dos céus para você. — Jolie estava ali, com as pernas cruzadas, sentada de costas paras grades. Como sempre estava desenhando, nem um pouco interessada no jogo. — Conseguiu arrumar seus pompons, Barbie? — a pergunta fora para Amber.
