— Seu rosto está horrível — ela comentou, olhando-o de canto enquanto averiguava o ônibus.
— Chorar não deixa as pessoas muito bonitas, pompons. Me dê um desconto. — Ele usou a camisa para limpar o rosto.
Amber achava surpreendente ele ter chorado tão facilmente. Deixou quase irreconhecível de tão vermelho que seu rosto ficou. Estava agradecida pela atuação ter realmente funcionado e feito a mulher com tanta facilidade entregar o ônibus. E ela se agradecia por ter decorado a placa do ônibus.
— E agora? Como vamos tirar o ônibus daqui? — indagou, franzindo o cenho e apertando o botão que tinha escondido para abrir a porta de fora para dentro.
— Mandarei mensagem para o Jenkins — ele disse, pegando o celular e começando a digitar algo.
— Ele sabe dirigir um ônibus?
— Claro que não. — Bruce revirou os olhos. — Pedi para ele trazer o motorista desse ônibus.
— O mesmo que aceitou ser comprado para nos abandonar na estrada? — Ela ergueu a sobrancelha, sentando-se na escada de entrada.
— Esse mesmo, pompons.
Amber odiava grandemente esse motorista e desejava uma vida longa e sofrida para ele.
— Não pode guardar rancor por ele. Você nasceu num berço de ouro enquanto ele não. — Bruce encostou-se na porta, bem próximo a ela com os braços cruzados, assim que guardou o celular. — Eu faria o mesmo se realmente precisasse do dinheiro para sobreviver.
— Certo. Você tem razão. — Ela balançou a cabeça. — Desejarei o mal para seus malditos amigos, então.
— Isso. Boa.
Amber manteve-se em silêncio. Suspirando profundamente.
Sentia a coisa mudando entre eles. A aproximação se aprofundando cada vez mais. Até na manhã anterior, mal olhavam para cara um do outro e agora não parecia mais viver longe um do outro. Era estranhamente bizarro.
— Devemos ir antes que aqueles policiais possam aparecer aqui e questionar a gente. — Ele olhou para a porta azul que passaram poucos minutos atrás. E em seguida voltou a encará-la. — Sou muito jovem para ir preso, pompons.
— Amber — ela o corrigiu, levantando-se. — É tão difícil assim falar o meu nome?
Um sorriso curvou os lábios dele. Um sorriso que a deixava irritada e com vontade de bater nele.
— Talvez. — O camisa 24 se virou e começou a andar em direção ao enorme portão de grades que tinha ali. — Venha. Temos que voltar.
Amber, ainda contrariada, o seguiu. Passaram por um senhor de idade que apenas abriu e os deixou passar. Bruce entregou a chave e avisou sobre a aparição de duas pessoas ali mais tarde. E depois eles seguiram de volta para o carro, tentando esconder o próprio rosto.
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Alvo à Distância
RomanceO que você faria se seus colegas decidissem abandoná-la no meio de uma estrada com um dos caras mais populares de sua universidade? Amber Owens sempre manteve um lema constante em sua vida desde que se tornou a capitã das lideres de torcidas: Perten...