capítulo 15

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— Seu rosto está horrível — ela comentou, olhando-o de canto enquanto averiguava o ônibus

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— Seu rosto está horrível — ela comentou, olhando-o de canto enquanto averiguava o ônibus.

— Chorar não deixa as pessoas muito bonitas, pompons. Me dê um desconto. — Ele usou a camisa para limpar o rosto.

Amber achava surpreendente ele ter chorado tão facilmente. Deixou quase irreconhecível de tão vermelho que seu rosto ficou. Estava agradecida pela atuação ter realmente funcionado e feito a mulher com tanta facilidade entregar o ônibus. E ela se agradecia por ter decorado a placa do ônibus.

—  E agora? Como vamos tirar o ônibus daqui? — indagou, franzindo o cenho e apertando o botão que tinha escondido para abrir a porta de fora para dentro.

— Mandarei mensagem para o Jenkins — ele disse, pegando o celular e começando a digitar algo.

— Ele sabe dirigir um ônibus?

— Claro que não. — Bruce revirou os olhos. — Pedi para ele trazer o motorista desse ônibus.

— O mesmo que aceitou ser comprado para nos abandonar na estrada? — Ela ergueu a sobrancelha, sentando-se na escada de entrada.

— Esse mesmo, pompons.

Amber odiava grandemente esse motorista e desejava uma vida longa e sofrida para ele.

— Não pode guardar rancor por ele. Você nasceu num berço de ouro enquanto ele não. — Bruce encostou-se na porta, bem próximo a ela com os braços cruzados, assim que guardou o celular. — Eu faria o mesmo se realmente precisasse do dinheiro para sobreviver.

— Certo. Você tem razão. — Ela balançou a cabeça. — Desejarei o mal para seus malditos amigos, então.

— Isso. Boa.

Amber manteve-se em silêncio. Suspirando profundamente.

Sentia a coisa mudando entre eles. A aproximação se aprofundando cada vez mais. Até na manhã anterior, mal olhavam para cara um do outro e agora não parecia mais viver longe um do outro. Era estranhamente bizarro.

— Devemos ir antes que aqueles policiais possam aparecer aqui e questionar a gente. — Ele olhou para a porta azul que passaram poucos minutos atrás.  E em seguida voltou a encará-la. — Sou muito jovem para ir preso, pompons.

— Amber — ela o corrigiu, levantando-se. — É tão difícil assim falar o meu nome?

Um sorriso curvou os lábios dele. Um sorriso que a deixava irritada e com vontade de bater nele.

 — Talvez. — O camisa 24 se virou e começou a andar em direção ao enorme portão de grades que tinha ali. — Venha. Temos que voltar.

Amber, ainda contrariada, o seguiu. Passaram por um senhor de idade que apenas abriu e os deixou passar. Bruce entregou a chave e avisou sobre a aparição de duas pessoas ali mais tarde. E depois eles seguiram de volta para o carro, tentando esconder o próprio rosto.

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