O que você faria se seus colegas decidissem abandoná-la no meio de uma estrada com um dos caras mais populares de sua universidade?
Amber Owens sempre manteve um lema constante em sua vida desde que se tornou a capitã das lideres de torcidas: Perten...
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— Não, eles não vão ganhar, pompons.
— E por quê? Eu estou vendo muita agressividade daqui, está bem na cara que eles vão, Hawkings.
Amber nunca imaginou que um dia estaria assistindo um jogo de futebol americano, rodeada de pessoas surtando e gritando em sua orelha, ao lado de Bruce Hawkings e, mais do que isso, discutindo sobre quem ganharia o jogo. Óbvio que ela não era uma experta no assunto, mal sabia diferenciar as jogadas. No entanto, não gostava da forma como Bruce a contrariava.
— Olha, está vendo aquele camisa 38? — Ele apontou para o jogador que Amber tentou buscar em meio aquele bando de feras/garotos.
— Sim, estou.
— Pois bem, soube que ele foi traído algumas semanas atrás — continuou, pegando o pote pequeno de sorvete da mão dela e comendo mais uma colherada. Estavam dividindo já tinha um bom tempo. — A namorada dele estava dormindo com o camisa 13 do outro time.
— Sério? — Ela arqueou as sobrancelhas, surpresa. Ele balançou a cabeça em concordância. — Que vaca.
— Enfim, o time dele está sendo muito agressivo por conta disso, o que faz o outro time ter mais vantagem. — Ele entregou de volta o pote para ela. — Agir dessa maneira, sem pensar, acaba trazendo muitos buracos durante a partida.
— Ah! — Os olhos dela observaram os jogadores indo um para cima um do outro com um deles segurando a bola. Era literalmente um campo de guerra. — Isso quer dizer que agressividade não ajuda em nada?
— Exato, pelos menos não nesses momentos.
Não tinha muito interesse no esporte em si, porém ainda era um pouco curioso. Estava se sentindo uma aluna enchendo o saco o tempo inteiro de um professor.
— Mas, os Golden Tigers não são também agressivos? Por que eles ainda são tão bons mesmo com isso?
Bruce a encarou por um momento e então retornou para o campo.
— Eles são diferentes. Fazem isso por pura estratégia e não por vingança.
Amber concordou com a cabeça.
— Você é um fofoqueiro, Hawkings.
— Não sou, não. Só passo informações, é diferente, pompons.
Ela soltou uma risada abafada e pegou outra colherada de sorvete.
Tinham escolhido um sabor de sorvete que se dividia em dois. O favorito dele e o favorita dela. Chocolate e morango. Ainda que abominasse mudar seus sabores, estava sempre misturando os dois, provando a diferença entre um e outro. Fazia uma combinação muito saborosa. Tinha se esquecido como era o gosto de sorvete de chocolate.
Ela realmente seguia com afinco sua mania.
Havia uma estranha cumplicidade pairando entre os dois. Estava meio temerosa em pensar que se as pessoas os vissem daquele jeito, amigáveis, como se fossem dois bons amigos ou um casal, fariam ainda mais rumores sobre o suposto namoro, que nem era tão suposto assim. Ela teria até que uma grande parcela da culpa se descobrissem sobre o assunto, caso, claro, alguém tivesse visto sua pequena encenação com a ex de Bruce.
