capítulo 27

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Amber estava reconsiderando sua decisão de deixá-lo ficar para o jantar

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Amber estava reconsiderando sua decisão de deixá-lo ficar para o jantar. Tinha apreciado alguns momentos, mas... Porcaria! Bruce Hawkings sabia exatamente o que falar para agitar seu coração. Ela havia dado brechas óbvias e agora estava grandemente arrependida.

Seu olhar seguia de vez em quando para a cozinha. O camisa 24 tinha removido o moletom e agora usava apenas uma camiseta sem mangas, o que o deixava atraente. Aquela visão fez com que ela quisesse ainda mais chutá-lo de seu apartamento.

Sempre tivera uma regra claro e rígida desde o momento que entrou na universidade e os conheceu: pertencer, mas não se envolver.

Nunca.

Jamais.

 No entanto, ali estava ela, pertencendo e se envolvendo.

Tudo culpa do Sherman.

Ela desejaria as piores pessoas na vida dele, apenas para que ele aprendesse a não dar uma de cupido e enfiar as pessoas em situações que elas não poderiam mais sair.

Um suspiro longo saiu de sua boca conforme voltava outra vez a atenção para o filme, abraçada com a almofada. Tinha deixado a panela, que usara para comer as sobras do almoço, de lado. Ficara com preguiça de levá-la até a pia. Pretendia antes terminar o filme.

O filme que ela passara mais tempo não olhando do que olhando. Por sorte, não era a primeira vez que o assistia, tinha o visto pelo menos dez vezes. Gostava de romances, ainda que suspense e terror fossem mais o seu estilo.

Pompons — o chamado fez com que ela respirasse fundo, virando cabeça em sua direção.

— O que foi?

— Você é alérgica a frutos do mar?

— Não.

— E algum vegetal?

— Não.

— Tempero?

— Não.

— Amendoim?

Amber franziu o cenho.

— Por que está me perguntando isso só agora,  Hawkings? — indagou.

— Porque preciso saber antes de ter certeza do que vou preparar, pompons.

— E por que não fez essas perguntas durante o almoço também? Planejava por acaso me matar? — Ela ergueu uma sobrancelha.

Bruce abriu um leve sorriso, levantando o olhar para ela. 

— Estive entretido demais em nossas conversas sobre nossos filhos para me lembrar disso. Deveria culpar a si mesma, não a mim.

— Eu? Por que eu?

— Você sempre se torna uma distração quando abre a boca, pompons.

A garota soltou uma risada falsa e então retornou sua atenção para o filme. Os créditos já estavam passando.

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