Capítulo 11

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JIMIN


Acordei tarde no meu quarto no Lastro. O sol entrava pelas janelas. A noite anterior subiu calorosamente à superfície da minha memória.

Taehyung e Jeon se juntaram a nós na mesa de sinuca. Tínhamos tomado alguns drinques, Taehyung e Hoseok se provocaram enquanto o último citado dominava o jogo. Jeon se demorou perto de mim, com uma cerveja gelada em suas mãos e seus olhos nunca me deixando enquanto eu jogava.

- Você está perdendo de propósito? - Hoseok gritou quando perdi mais um tiro fácil.

- Eu gostaria. - Resmunguei.

Foi quando Jeon se aproximou de mim e descansou sua caneca na beira da mesa.

- Assim. - Ele estava atrás de mim, suas pernas apoiando minhas coxas enquanto ele gentilmente colocou as mãos sobre as minhas e as manobrou no taco de sinuca.

Minha respiração falhou quando a de Jeon passou pelo meu ouvido. Calor e força irradiavam dele e eu tive que tencionar meus músculos para resistir ao desejo de me pressionar contra ele.

Então, juntos, alinhamos o arremesso e a bola oito rolou ordenadamente na caçapa do canto.

- Não é tão difícil. - A voz de Jeon estava baixa no meu ouvido.

Apenas a memória enviou uma onda de excitação através de mim.

Se ele tivesse ficado pressionado contra mim por mais um momento, eu não teria resistido a me virar e arrastá-lo para um beijo. Felizmente para mim, Jeon tinha se afastado e bebeu o resto de sua cerveja em uma longa golada, depois desapareceu para pegar outra rodada.

A proximidade o afetou tanto quanto me afetou. Vi isso na linha rígida de seus ombros enquanto ele caminhava para o bar e depois o calor ardente em seu olhar quando voltou ao jogo de bilhar.

Isso era perigoso. Eu estava ficando muito confortável. Estava baixando minha guarda.

O que Jeon faria quando descobrisse quem eu era?

Quando cheguei a Elkin Lake, tinha medo do que o clube faria se descobrisse que eu era filho do presidente do Ninho da Víbora. Eu temia que eles me batessem, me roubassem ou tentassem extrair informações de mim.

Agora, apenas temia ser afastado. Intuitivamente, eu sabia que era o que aconteceria. Jeon não me machucaria, apenas me afastaria.

Por que essa possibilidade me assustava mais do que a ameaça de violência?

Seria melhor para nós dois se eu pegasse meu carro de volta e saísse antes que alguém descobrisse quem eu era. Então, o que quer que estivesse acontecendo entre nós, poderia ser uma lembrança carinhosa que eu carregaria em minha nova vida. Quando mamãe morreu, pensei que nunca mais encontraria aceitação. Tudo o que esperava era um lugar para fugir, trabalhar e criar algum tipo de vida simples por conta própria. Agora, eu tive uma ideia de como seria ser aceito e incluído. Ser desejado.

Eu não estragaria isso. Doeria sair, mas pelo menos Jeon se lembraria de mim com carinho.

Afastei a excitação. Não adiantava nada perder tempo fantasiando. Ceder a isso, mesmo na privacidade do quarto em que eu estava, apenas tornaria minha partida mais difícil.

⚓️


Fora do Lastro, Jeon estava me esperando - assim como todas as manhãs desde que cheguei. Ele usava sua jaqueta de couro com meio zíper aberto e um gorro de malha sobre os cabelos soltos. Ele sorriu quando me viu, meu coração pulou dentro do peito.

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