Capítulo 12

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Capítulo +🔞

JIMIN


Jeon abriu a porta do meu quarto com um chute e então fechou com a mesma facilidade. Ele pressionou minhas costas contra a porta, me prendendo novamente. Meus pés atingiram o chão, mas apenas meus braços, ainda envoltos em seu pescoço, me mantiveram em pé. Jeon envolveu um braço em volta da minha cintura e inclinei a cabeça contra a madeira. Eu estava aberto para ele, para o que quer que esse homem me dê.

— Olhe para você. — Ele rosnou, abaixou a cabeça e aninhou-se no meu pescoço. Sua respiração quente na pele sensível atrás da minha orelha me causou arrepios. — Onde está o cara que eu tive que implorar para tomar um café comigo, hein?

— Você me desgastou. Foda-se, Jeon. Não seja uma provocação.

— Olha quem fala. — Ele me beijou.

Não, ele me devorou.

Deslizou a mão pelo meu corpo e pelos meus cabelos, puxando-os suavemente, uma sugestão doce de pressão. Ele me guiou para onde me queria. Ceder era intoxicante.

Jeon me beijou profundamente, implacável, se afastando apenas para morder suavemente meu lábio inferior. Cercado por ele, envolvido em seus braços, eu me rendi. Engoli em seco no meio do beijo pelo prazer e o moreno me puxou ainda mais para perto.

Nós nos separamos apenas tempo suficiente para que pudesse rasgar minha camisa e tirá-la. Ele se afastou e seu olhar viajou avidamente sobre o meu torso.

O rosto dele ficou sombrio.

Minhas cicatrizes!

Pela primeira vez eu esqueci delas. Esqueci de avisá-lo ou até de ter autoconsciência. Todas as pessoas que eu levava para casa, quando me viam assim, ficavam horrorizadas.

No braço, carregava um punhado de cicatrizes longas e rasas da disciplina Viper feitas pelos capangas de meu pai. Já o trabalho dele, por outro lado, foi marcado no tecido inchado da cicatriz rosa que percorria meu abdômen e meus peitorais: uma história visual de batidas de cinto e longas batidas médias com um interruptor.

Haviam algumas cicatrizes nas minhas costas, mas eram mais velhas, achatadas e lisas, feitas ainda na infância. Aquelas em locais mais dolorosos, meu abdômen e minhas coxas, foram as adições mais recentes à coleção. À medida que eu crescia, meu pai achava mais jeitos de fazer novas cicatrizes em mim, porém nunca me rendi a ele. Mesmo a recuperação geralmente levando dias ou semanas.

— Que porra é essa? — Seu tom estava pesado de raiva.

Ele descansou a mão na minha barriga, sobre as cicatrizes, e seus olhos determinados encontraram os meus.

— Não é nada.

— Você é um péssimo mentiroso.

Se Jeon soubesse o quão errado estava...

Ele deslizou a mão com leveza até tocar as pontas dos dedos na cavidade da minha garganta.

— Foi a mesma pessoa que te deu as contusões?

— Você disse que não precisávamos conversar. — Para o meu constrangimento minha voz falhou.

Ele me beijou novamente, mais devagar e mais doce dessa vez.

— Certo... desde que esse desgraçado se foi há muito tempo. — Falou. — E se não tiver ido, eu vou mudar isso. — Se afastou para tirar a própria camisa, depois se virou para varrer minhas coisas do pé da cama.

Inspirei profundamente.

Jeon olhou por cima do ombro como se estivesse curioso sobre a minha reação e sorriu.

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