Capítulo 26

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JEON


Dois meses passaram devagar.

O final do verão se tornou outono e a folhagem de Elkin Lake ficou com lindos tons de amarelo e laranja. Meus longos e sinuosos passeios agora incluíam o ar bom e fresco.

Estacionei a moto do lado de fora da minha casa. Era meio da tarde, ensolarado e animado.

— Está em casa, meu bem? — Perguntei quando entrei.

— Ei, querido. — Jimin estava parado em frente a pia, vestindo calças de moletom confortáveis, um suéter enorme e um par das minhas meias de lã. — Bom passeio?

— Excelente. Bom tempo. Pronto para você poder andar de novo. — Pendurei minha jaqueta de couro na porta e entrei na cozinha. — Cheira bem aqui.

— Queria levar algo para a festa hoje à noite. — Falou. — Não é nada chique.

Eu me aconcheguei contra ele, meu peito colado nas suas costas. Passei um braço frouxamente em torno de seu torso e pressionei minha palma contra o ferimento curado, mas macio, do tiro.

— O que você fez?

— Rolos de canela em miniatura. Você pode me ajudar a colocar para gelar.

— Adoro quando você manda em mim. — Beijei-o no pescoço.

Suas mãos pararam sob a água quente da louça e ele inclinou a cabeça um pouco para o lado. Minha boca viajou para a pele macia atrás da orelha dele. Jimin cheirava limpo e fresco, como meu sabão e sua fragrância natural.

Meu pau mexeu no jeans.

— Você adora quando eu te alimento. — Ele se virou para mim, depois enrolou uma mão no meu cabelo e me puxou para si, empurrando o nariz pequeno na dobra do meu pescoço, inalando profundamente. Segurei-o pelos quadris e puxei-o para perto. — Amo o jeito que você cheira depois de pilotar. — Murmurou.

— Diga-me como é.

Jimin passou os braços em volta da minha cintura, logo descendo para os bolsos traseiros da minha calça.

— Couro e suor. Um pouco de óleo. E aquele cheiro lá de fora, pinheiro fresco. Sempre um pouco... animal.

— Você gosta de mim um pouco animal, hein? — Bati meu nariz contra sua têmpora. — Conte-me mais.

Jimin cantarolou. Passei meus dedos pelos cabelos dele e depois usei o aperto suave para puxar a cabeça para trás para que eu pudesse encontrar seus olhos. Seu rosto estava um pouco vermelho e a boca aberta.

— Oh, ficou tímido? — Levantei uma sobrancelha.

O pau de Jimin pressionou com força no meu quadril.

— Você fica... possessivo. — Seu rubor se aprofundou. — Eu gosto de me sentir como se fosse seu.

— Bom garoto. — O beijei intensamente, arrastando meus dentes sobre seus lábios macios.

Enfiei a mão livre embaixo da camisa dele e deslizei-a sobre sua pele macia e quente, traçando suavemente a forma da ferida cicatrizada.

Jimin estremeceu contra mim.

— Os rolos de canela estarão prontos em um minuto.

Eu ri.

— Isso é mais importante do que isso? — Jimin beliscou minha bunda através do meu jeans, e eu exclamei, surpreso. — Ei!

Ele me deu um beijo breve e ardente, depois escorregou dos meus braços para espiar dentro do forno. Inclinei meu quadril contra o balcão e cruzei os braços sobre o peito.

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