🦄 ESA 14 🐴

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Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

JRODRIGUES18
Toda sua gatona 😻❤️

Severiano: Meu amigo, que bom que está vivo e aqui para contar a história. Como se sente? - puxei a cadeira e me sentei ao lado de sua cama - não se mexa, precisa de repouso e não pense em nada, está aqui sobre os meus cuidados.

Roberto: Um caminhão passou por mim - ri fraco - o que aconteceu? Quando acordei estava no hospital, com esses fios grudados em mim, essa coisa em meu rosto - mexi na máscara - o médico não permite tirar - tossi um pouco.

Severiano: Vamos encontrar esse caminhão e acabar com ele. Espero que tenha anotado a placa - ri - não pode mesmo. Aconteceu um acidente e eu não sei como foi, mas o Eulogio me chamou avisando que sua fazenda estava pegando fogo, quando cheguei lá a casa estava em chamas, sabia que estaria lá dentro, então entrei com tudo. Inalou muita fumaça, precisa de cuidados.

Roberto: Tenho o nome desse caminhão - falei triste - minha fazenda pegou fogo? - me desesperei - o médico disse que inalei fumaça só que não pensei que era dessa forma, minha casa não, não Severiano - Severiano me impediu de sair da cama quando tentei - eu preciso ir para casa, ver o que restou e o quarto do Fred preciso ir lá.

Severiano: Fique calmo, meus homens estão lá e os bombeiros também. Vamos resolver tudo, mas não agora, primeiro está a sua saúde - o detive na cama - André Riveiro eu suponho - falei com pesar - vamos encontrá-lo meu amigo.

Roberto: Severiano não entende - segurei sua camisa - as economias do meu neto estão escondidas na casa, o fogo não pode ter queimado tudo, ele trabalhou muito para que aquele canalha destruísse tudo, não importa a minha saúde estou velho, sim, creio que foi ele.

Severiano: Sabe onde estavam? Posso ir até lá e se não tiver, não se preocupe. Daremos um jeito em tudo, confie em mim - coloquei minha mão sobre a sua - sabe o valor? Me diga e eu resolvo.

Roberto: Não eram muitos lugares, André encontrou o que ele me deixou para uma emergência no guarda-roupa, o outro fica no chão embaixo do pé da cama, se ainda existir - deixei que as lágrimas saíssem - não sei a quantia, estava guardando para investir na fazenda, tinha planos Severiano, como vou poder contar o que o pai fez?

Severiano: Vou até lá procurar e volto, mas você vai me prometer que não sairá dessa cama, tão pouco tirar o oxigênio. Não chore, seu amigo está aqui, eu não te abandonaria nesse momento, em nenhum outro - apertei a sua mão - eu vou conversar com ele.

Roberto: Nem tenho forças para sair dessa cama, nem vou tirar essa coisa da cara, minha casa Severiano virou cinzas, justo no dia que meu neto viaja com a noiva o pai resolve aparecer e destruir tudo. Eu sei meu amigo que está aqui, meu próprio filho quase me matou, não ligue para o meu neto, preocupá-lo, fazer voltar, não, não.

Severiano: Eu sei e sinto muito que tudo isso tenha acontecido - respirei fundo - vamos reconstruir o que for preciso e por enquanto ficará em minha casa, sem discussão. Eu não vou ligar, Cristina me mataria se fizesse isso. Vamos deixar eles bem longe disso, depois conto. Descanse, deixarei Eulogio com você - me despedi dele, falei com Eulogio no corredor do quarto e fui resolver isso. Primeiro passaria em casa para conversar com a Consuelo, era melhor ter a sua ajuda que ir preso por matar aquele desgraçado.

Acordei na cama vazia, onde estaria o bode velho? Me levantei, vesti o roupão e o procurei pela casa, estava furiosa pensando nos lugares que ele estaria, coitado dele se estivesse me traindo ou em um bordel, fui até o bar me servi de uísque e me sentei na poltrona em meio a escuridão, até que ouvi a porta se abrir.

Consuelo: Onde esteve Severiano Álvarez? - minha voz estava carregada de raiva - onde esse bode velho estava que largou a sua cabritinha sozinha na cama - bebi mais um poco do uísque.

Severiano: Me serve uma dose cabritinha - me aproximei dela e me sentei ao seu lado - a fazenda dos Riveiro foi queimada - respirei profundamente - se Eulogio não tivesse me chamado o Roberto faria parte das cinzas da casa. Não consigo entender como um filho pode ser capaz de fazer isso com um pai, tentar lhe matar. Cabritinha, se eu pegar esse desgraçado vou preso porque te juro que ele vai pra terra dos pés juntos e bem ligeiro.

Consuelo: Como? Severiano - o virei como pude para mim começando a olhar se tinha algum machucado - como ele está? Temos que avisar o Frederico - me levantei para lhe servir uma dose - Deus como aconteceu? Calma, está me dizendo que o André fez isso com o próprio pai - peguei a garrafa nos servindo mais - Deus, não posso acreditar, não vai para a cadeira por causa de um infeliz, iremos conversar com o Roberto para que faça uma denúncia.

Severiano: Está tudo acabado Consuelo, acabei de ser informado por um dos homens que estavam lá. Não sobrou absolutamente nada, plantações, a casa... apenas escombros - respirei fundo - estou bem cabritinha, só um pouco de foligem do fogo. Pior é o estado dele, inalou muita fumaça, está no oxigênio e debilitado. Eu não sei, aquilo ali não vale nem a pena ser chamado de filho - peguei o copo e bebi de uma vez - obrigado meu amor - a puxei para sentar em meu colo - ainda bem que tenho você, essa hora estaria caçando aquele animal - beijei o seu ombro - não vamos avisar nada a Frederico, deixemos os dois longe disso, Cristina pode se preocupar e não faz bem ao nosso neto. Eu vou resolver tudo. Quero que peça para prepararem um quarto para o meu amigo, vou passar na cidade e comprar algumas roupas para levar, ele precisa e coisas de higiene - a abracei apertado - preciso ir até lá, Roberto falou que Frederico escondeu suas economias e preciso ver se não pegou fogo. Se isso aconteceu vou tirar um dinheiro no banco e lhe entregar. Sei que sendo do avô ele acredita - balancei a cabeça negando - acha mesmo que ele faria isso contra o próprio filho? Roberto tem um coração, diferente daquele animal.

Consuelo: Ajudaremos a reconstruir não desanima amor, sei que não está bem, está preocupado - suspirei - por que não sobe e toma um banho? Eu preparo um chá para você poder descansar, não se preocupa com o Roberto que iremos cuidar muito bem dele, amanhã eu mesma arrumo o quarto para ele - o abracei pelo pescoço dando vários beijinhos em seu rosto - vai ficar tudo bem amor, não vai caçar ninguém, pense em seu amigo e genro, Frederico vai ficar bravo quando souber o que aconteceu, não é bom ela ficar nervosa, eu te acompanho, não vou correr o risco que se encontrem e saia aos socos com ele. A que ponto eles chegaram, ter que esconder o dinheiro, desculpe amor, não quero que a Cris viva nesse meio, prefiro que venham morar conosco, escolheu um genro orgulhoso, espero que sim, que André entre na linha, quer ir agora?

Severiano: Estou sim, Roberto, tão pouco Frederico estão seguros perto desse homem e agora a nossa filha e o nosso neto também. Não dormirei em paz sabendo que ele está por aí gozando da liberdade e a qualquer momento vai voltar e fazer uma desgraça em nossas vidas. Eu preciso tomar um banho, mas não vou conseguir dormir, nem com um derruba elefante eu dormiria de tanta tensão. Eu te agradeço por isso - fechei os meus olhos sentindo os seus beijos por meu rosto - socos? Eu quero é matar ele, isso sim. Dizem que as únicas pessoas que podemos confiar são as crianças e os advogados. Ainda bem que tenho uma advogada gostosa e perversa sentada bem em meu colo e que pode me defender de tudo e todos - beijei o seu pescoço - pra você ver como ele está irredutível. Há uns dias fui conversar com o Roberto e vi a situação que estavam, sem energia, os remédios acabaram. Como um filho não pensa em seu pai? Na condição que ele está? Roberto trabalhou tanto para dar uma boa vida a ele, ao neto e mesmo assim ele roubou o pai, o deixou praticamente na miséria - falei revoltado - só me deixe tomar um banho e saímos. Tem certeza de que não quer dormir? Terá um dia longo amanhã e a noite foi espetacular - sorri safado - está tão fogosinha que eu não dúvido nada de que já esteja recheadinha.

Consuelo: Convide para virem morar aqui, temos segurança 24h na fazenda, podemos construir uma casa, espaço nós temos, daremos um jeito de colocá-lo na cadeia, posso fazer uma massagem bem relaxante sei que assim vai dormir feito um anjinho - dei um selinho - nada de matar, temos um neto para mimar, em mim pode confiar meu amor, estou muito, muito safadinha - mordi a pontinha da sua orelha - precisamos fazer algo, seu amigo é teimoso, mas precisa se cuidar, não sei o que fez o André mudar, se o abandono da esposa ajudou ou se foi o motivo dela fugir, eu vou trocar de roupa ou quer sua cabritinha passeando de camisola por ai, não, prefiro te acompanhar, muito, meu bode velho está empolgado em preencher a cabritinha, espero que ainda não eu bebi amor.

Continua...

Eu? Sou Assim - Cristina y Frederico (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora