🦄 ESA 06 🐴

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JRODRIGUES18
Toda su lindeza 😍♥️

Escrita com
Carolleite26♥️✨

Frederico: Não vamos nos casar – segurei sua mão – eu disse a ele que estávamos nos acostumando com a ideia do bebê, conversando, para acalmar os dois falamos depois que o bebê nascer que não haverá casamentos, ou seja, terá meses para pensar – respirei fundo para não gritar com ela – eu não contei, pode não parecer, mas tenho palavra e ameacei na cachoeira, só que não faria – pequei as sacolas, fui atrás dela e a peguei no colo, andei até a caminhonete a ajudando entrar – vamos conversar seriamente teimosa – dirigi até a cachoeira, parei o carro – sei que sou a última pessoa que quer conversar comigo, sou um simples peão que não entende de nada, só que preciso saber, o pai dessa criança te fez mal? Esse cara abusou de você – apertei o volante com força.

Cristina: Frederico - olhei para o outro lado sentindo as lágrimas descerem - eu não quero falar sobre isso... sobre nada. Por que é tão difícil de entender? Eu só quero que esqueça isso. Não disse absolutamente nada ao meu pai sobre você, sobre isso, sobre nada - sequei o meu rosto - eu não vou me casar, não vou ter isso. É passado, não falarei. Por favor, me leve para casa e esqueça, você não tem nenhuma responsabilidade comigo, ninguém tem.

Frederico: Precisa falar o que vem guardando, sei que dói só que se não falar vai se afundar cada vez mais, é o que vem preocupando os seus pais, não me importo por estar no meio dessa confusão, ok, ninguém vai casar, não chame seu bebê isso – toquei o seu ventre – é um inocente, permita te ajudar, sei que sou só um peão que não sabe de nada, vejo o seu sofrimento e até para um chucro tem coração.

Cristina: Não é questão de ser pobre, peão chucro ou o que quer que esteja pensando. Eu... eu sou uma idiota, apenas isso - fechei os meus olhos sentindo ele tocar a barriga que estava escondida em várias faixas. Suas palavras mexeram tanto comigo que me fizeram chorar copiosamente.

Frederico: Todos nós sofremos uma desilusão, não é a única idiota, para rejeitar esse serzinho significa que o pai foi mais idiota ou um tremendo canalha, por isso rejeita? – passei o meu braço em volta do seu ombro e a abracei – chora tudo que quiser, depois vai comer as guloseimas.

Cristina: Eu não consigo Frederico, não consigo. Eu não quero mais sentir tudo isso que estou sentindo... essa terrível pressão... você... minha mãe... com certeza ela sabe e eu não tenho mais como inventar nenhuma mentira... meu pai vai surtar quando souber... já surtou e está te obrigando a casar comigo - solucei em seus braços - eu não contei nada, juro que não. Só estava com raiva e menti para você.

Frederico: Quer me contar o motivo? Então grita, me bate, dá outro tapa em mim, queremos o seu bem, te ver sorrindo, não tem mais que inventar nada, está grávida, é um fato, não me obrigou a casar veio conversar, dar conselhos, eu sei que não contou, não tem problema – passei a mão por baixo da sua blusa, não era safadeza, somente tocar melhor o seu ventre – posso tirar esses panos? Não faz bem deixar meu filho apertado – brinquei ao chamar de filho – quer experimentar as guloseimas? Contou que não comeu nada.

Cristina: Não, não. Eu não quero te bater, não quero gritar... eu só quero afogar tudo isso - me afastei um pouco e balancei a cabeça concordando com ele tirar os panos que estavam em minha barriga - quero sim e me desculpa por te tratar dessa forma. Eu só pensei em fugir e me esconder aqui, sabe... é como se eu não estivesse assim... eu não quero carregar esse peso, mas estou e vou. Eu sempre vou me lembrar de como tudo aconteceu, esse bebê... ele... eu não pensei em querer Frederico e você está me fazendo ter a consciência pesada... estou me sentindo tão culpada por tudo... quero fugir, mas não importa para onde eu vá, isso sempre vai me perseguir.

Frederico: Se afogar não tira esses sentimentos, precisa falar, deixar ir – sorri, delicadamente tirei as faixas, fiz mais carinhos – já sou grandinho para aturar provocações de uma teimosa. Ele fez bastante mal, reescreve essa lembrança como eu sendo o pai dele, seus pais acreditam nisso e eu gosto da ideia, não falei para que se sinta culpada, eu cresci sem minha mãe e meu pai nem conta por passar, os dias na jogatina sei o quando é difícil – não terminei de falar por era um assunto que mexia comigo - se não o quer quando nascer pode me entregar.

Cristina: E como eu deixo ele ir? Como Frederico? - chorei ouvindo as suas palavras - você não sabe quanto mal ele me fez - o olhei - não posso te impor esse fardo, eu sinto muito por tudo - sequei o meu rosto e peguei as faixas de sua mão - você não sabe o quanto minha consciência pesa com essa decisão.

Frederico: Falando, é difícil no começo ainda quando estávamos feridos, minha mãe me abandonou quando era um garotinho por não aguentar a jogatina misturada com as bebedeiras do meu pai, me senti muito ferido por ter ficado para trás, realmente eu não sei pode me contar se quiser, escolho esse bebê, daremos um jeito.

Cristina: Estou com tanto medo Frederico. Eu não sei se consigo, por favor não me pressione. Me deixe respirar um pouco e tomar uma decisão. Eu não farei nenhum mal a esse bebê... sei que preciso procurar um médico e farei isso em breve.

Frederico: É normal ter medo, sei que consegue e vou respeitar sem pressionar, darei o espaço que pede, será, posso me considerar o papai desse pequeno? Quando marcar a consulta vai me avisar para irmos juntos?

Cristina: Você não entende o medo que eu sinto - o abracei apertado - bom, eu acho que sim. Você se preocupa com ele mais do que eu - sorri fraco - te aviso, só preciso me preparar, não quero fazer isso aqui com o Dr Ângelo, prefiro ir à capital.

Frederico: Talvez entenda, talvez não, garanto que ajudarei, ele vai passar, me preocupo com vocês – acariciei suas costas – me preocupo com os dois, falando nisso precisa se alimentar – puxei a sacola tirando as guloseimas – vai se alimentar, iremos para a capital.

Cristina: Obrigada - peguei a sacola e comecei a comer as guloseimas que ele me deu.

Frederico: Quer que eu marque a consulta ou você marca? Vai me prometer que tudo que o médico passar vai cumprir, os dois tem que se cuidar, ele é indefeso e necessita que a mãe esteja bem para que fique tranquilo.

Cristina: Sem pressão, por favor. Eu vou marcar a consulta e te aviso - olhei para frente - eu não sou irresponsável, sou maluca, isso não nego, mas não faria mal a essa criança. Se tivesse de fazer não estaria com ele ou ela aqui. Mas...- suspirei pesado - eu não sei se conseguiria cuidar dele ou dela... Frederico - o olhei - se não foi você quem contou ao meu pai, quem foi? - questionei pensativa - minha mãe... ela... só pode ter sentido.

Frederico: Desculpe, estou preocupado com os dois, não é irresponsável? Cavalgou e não pode, por pouco não me matou de susto, pode ser inconsciente, mas apertou o limãozinho com essas faixas, ao não comer direito, ficar trancada no quarto, o limãozinho me contou que gosta quando sorri, ouvir suas gargalhadas, quando canta – acariciei seu ventre novamente – eu estou aqui, não falo de casamento, já fiquei de babá algumas vezes, não importa quem contou é um peso a menos para você.

Cristina: É... eu fiz isso mas para fugir da verdade que me custa aceitar, não vou mentir. Limãozinho? Que limãozinho Frederico? Deixa disso - voltei a olhar para frente - não romantize isso. Como se você fosse ficar de babá 24 horas por dia, 7 dias por semana, meses e anos - comi mais uma das guloseimas - não é um peso a menos, eles querem fazer perguntas e estão se segurando porque eu não contei.

Frederico: Da próxima fuja com a camionete, ele está aqui não tem como fingir que não existe, sim porque é pequeno, daqui a pouco será uma maçãzinha. Não estou romantizando, vai precisar de ajuda se quiser ficar com ele, talvez não nas 24h somente no máximo de tempo que conseguir, Cris – toquei seu queixo a fazendo me olhar – já tem a historia pronta, fui a capital para ver algumas universidades nos encontramos, tivemos nossa noite, o limãozinho foi plantado, você veio me contar, nós brigamos pelo susto e estamos nos entendo, pronto.

Cristina: Fujo Frederico, mas para bem longe de você e de toda essa conversa mole que tem. Se não sinto nada eu posso fingir que não existe - suspirei - e o resto do tempo eu que me vire para cuidar disso, não é? Na realidade só sobra para a mulher - desviei os meus olhos dos seus - isso não é seu Frederico, não tem que assumir nada. Não vou me casar, não vou ter essa responsabilidade.

Continua...

Eu? Sou Assim - Cristina y Frederico (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora