Capítulo 11 | Casamento arranjado.

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Finalmente eu estava lá, com ela

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Finalmente eu estava lá, com ela...
Estava conseguindo o que queria, que era tê-la inteiramente para mim.
Até que Theodoro abre a porta e nos interrompe.
— Eita, acho melhor eu voltar mais tarde. — Theodoro diz surpreso com o que vê.
— Saia já daqui!! — Falo grosso, logo Theodoro sorri para mim, e fecha a porta.
— Acho melhor continuarmos isso mais tarde, anjo! — Falo pegando no queixo de Aline suavemente, e deposito um selinho na mesma.
— hm... tudo bem, mas acho melhor isso não acontecer mais aqui dentro da empresa, estamos no nosso ambiente de trabalho Nicholas. — ela diz saindo da mesa e ajeitando sua saia.
— Tudo bem, anjo. — falo, logo o telefone que estava em minha mesa toca e eu vou em direção atendê-lo.
— Alô Kelsia, pode falar — respondo então minha secretária.
— Senhor, uma mulher chamada Bárbara Garcia está querendo entrar em sua sala e falar com o senhor urgentemente. Permito a entrada dela? — a secretária fala, e fico surpreso com isso.
— Diga que ela pode entrar! — respondo.

Logo a porta se abre e Bárbara entra.
Bárbara é minha prima, seu pai é irmão do meu, mas nós nunca fomos tão próximos já que ela morava em Orlando.
Ela sempre quis ter algo sério comigo, mas nunca gostei dela.
Por isso mesmo o meu espanto, não esperava uma visita dela hoje.

— Nicholas!! — ela diz vindo até mim e me abraçando, logo percebo o olhar de Aline até nós.
— Aline por favor, nos dê licença. Daqui a pouco te chamo. — falo frio, confesso que não foi por querer.
Logo ela sai da sala.
— Que surpresa Bárbara! — falo em um tom não tão contente.
— Nossa primo! nesse tom parece até que não gostou da visita. — ela fala fingindo estar magoada.
— Não comece Bárbara, você sabe muito bem que sua presença aqui não é algo que aprecio. — falo desgrudando ela de mim, e sentando em minha cadeira.
— Bom Nick, sinto muito que você não tenha gostado da minha visita, por que eu vim para ficar. — ela fala então indo para trás de mim, e colocando seus braços em volta do meu pescoço.
— Como assim? você irá morar aqui em Madrid? — pergunto arqueando minha sombrancelha.
— Seu pai não te falou? — ela pergunta tirando seus braços em volta de meu pescoço, logo olha para mim, e percebe meu rosto confuso e sorri.
— Então quer dizer que você não está sabendo querido? — ela diz rindo
— Meu pai não me contou nada, me fale! — ordeno irritado.
— Nós dois... iremos nos casar Nicholas! — ela afirma olhando para mim, logo a fúria me domina, e me levanto da cadeira.
— Como é? você só pode estar maluca! — Grito
— Maridinho, não se estresse! isso foi idéia do seu pai, não minha! — ela diz dando um sorriso sarcástico e indo em direção a porta.
— Não irei me casar com uma mulher fútil e vulgar como você, Bárbara.
falo isto e logo ela sai da sala se sentindo vitoriosa, e logo a fúria reina em mim novamente.

Como meu pai pôde fazer isso?
Ele era um pai bom para mim, me dava amor, carinho, até os meus 11 anos, no dia em que minha mãe o traiu. Ele pegou no flagra ela com o seu melhor amigo na cama.
Mas nunca se separaram, por causa da junção da empresa do meu pai, com a empresa da família da minha mãe.
Desde então, ele nunca mais foi o mesmo, e fez com que eu me tornasse este homem seco por dentro.
E ainda me fez acreditar que todas as mulheres eram iguais a minha mãe, e dizia que para mim nunca pensar em amar alguma mulher,  demonstrar carinho a uma mulher, etc.
O assunto entre nós era sempre sobre a empresa. Ele dizia que eu tinha que focar na empresa, e que um dia eu iria ter posse de toda a empresa, e iria ser o novo dono.

Logo saio da minha sala.
— Sr. Garcia....— Aline diz mas interrompo-a.
— Está dispensada por hoje senhorita.
falo friamente, sem olhar para a mesma.
Entro no elevador e vou para andar da garagem pegar o meu carro.

Entro no carro e vou direto para a casa dos meus pais.

— Oii meu querido! — dona Mariana fala ao me ver entrando na casa.
Ela era a governanta da casa dos meus pais, e que me criou como seu filho. Ela era a única mulher que eu confiava de olhos fechados, a única que eu demonstrava carinho, e afeto.
— Oii Nana!! — falo carinhosamente a chamando pelo seu apelido, e abraçando a mesma.
— Quanto tempo meu filho, está mais magro, não está comendo direito querido? — ela fala preocupada encostando em meus braços.
— Olha só, o irresponsável apareceu!!! — ouço então uma voz grossa vindo das escadas, era ele o meu pai.
— Vim apenas para falar com o senhor sobre Bárbara. — falo seco.
— Mariana nós dê licença por gentileza. — ele fala. e logo Nana sai da sala.
— Eu iria mesmo lhe avisar sobre o casamento com Bárbara. — ele diz cínico, colocando whisky em seu copo. — aceita? — oferece.
— Avisar? — falo sarcástico — Como você pode ser tão baixo, e planejar um casamento arranjado para seu próprio filho! — falo aumentando meu tom de voz, e logo vejo ele vindo até mim.
— Não seja imbecil Nicholas, sou seu pai, tenho todo direito de decidir isso!! — ele fala trincando seu maxilar.
— Direito? você é engraçado Senhor Hardin Garcia! — falo sarcástico.
— Você perdeu total direito sobre mim no dia em que você viu aquela cena horrenda da minha mãe com outro na cama, e fingiu que nada aconteceu, seu covarde! — grito e logo o mesmo avança em mim com olhar de ódio, fúria.
— Não se atreva a tocar neste assunto novamente Nicholas!
você não sabe de nada, você era apenas um pirralho idiota! — ele grita de volta.
— Não irei me casar com Bárbara, vim aqui apenas para avisá-lo sobre isso. — falo virando de costas para ele e me direcionando até a porta.
— Você vai sim! vocês irão juntar as suas empresas, eu já assinei o contrato, o pai dela e ela também. Falta apenas você assinar, e vai! — ele fala se sentando no sofá.
— Você deve isto a mim Nicholas, você sabe muito bem. — ele afirma, e sim eu devia isto ao meu pai, mas não vem a caso agora.

Logo saio daquela casa sem pensar duas vezes. Não podia acreditar nisso que estava acontecendo, eu iria ter que me casar com uma mulher que eu odeio, uma mulher que eu nem sinto desejo.
Eu sinto desejo pela Aline, apenas ela!

Ainda não sei afirmar ao certo o que sinto por Aline, mas só sei que tenho uma obsessão naquela mulher, quero cuida-la, protege-la...
Eu a queria apenas para mim, prende-la em minha casa e cometer loucuras com ela em quatro paredes...

— ahh Aline, quando chegar o dia... ah se eu te pego... — sussurro dentro do meu carro pensando nela.













Beije-me até os dezoito. - Livro único Onde histórias criam vida. Descubra agora