CAPÍTULO 4

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POV Camila Cabello

Ela continuava me observando com aqueles mesmos olhos famintos, cheios de ordens e imposições. Como estava paralisada sem esboçar nenhuma reação, seus dedos se enrolaram nas laterais da minha calcinha, e do mesmo jeito que levantou o vestido, lenta e tortuosamente, iniciou sua retirada. Segurei suas mãos tentando impedi-la. Minha amante sorriu e seus dedos fizeram pressão em minha carne.

- Lauren ! Não!

- Não? - arqueou uma sobrancelha, no entanto seu rosto não demonstrou a dúvida que queria transmitir. Ela era muito senhora de si e decidida para se intimidar com um simples "não".

- Por favor! - implorei sem ter a certeza de que conseguiria realmente parar. - Alguém pode aparecer.

- Eu já disse que tenho tudo sob controle - encostou-se à cadeira voltando a me observar. - E foi você quem provocou esta situação ao me dizer que havia se masturbado - estreitou os olhos ameaçadoramente. - Duas vezes.

- Eu... Bom... Droga, Lauren . Não faça isso. Eu... Não vou conseguir -estava tão nervosa que sentia minhas mãos cada vez mais suadas e meu coração descompassado. Ela me lançou um olhar lascivo, carnal. Estremeci

- Tire a calcinha, Camila - sua voz carregada de poder, me lançou uma ordem impossível de ser desobedecida. - Faça por mim. Satisfaça o meu desejo.

Fiquei congelada. Meu único desejo era acabar logo com a angústia que me consumia e que se concentrava entre as minhas pernas, eu não sabia como. Quer dizer, eu sabia como só não tinha coragem de fazer na frente dela.

- Camz! Tão doce! - suspirou e voltou a me tocar. Seus dedos queimavam a pele por onde passavam. A angústia foi crescendo em proporções inimagináveis. - Deixe eu te ajudar - enroscou os dedos em minha calcinha e, desta vez, a retirou rapidamente. - Pronto. Agora pode começar - voltou a sentar e a me observar. Suspirei audivelmente.

Eu estava parada diante dela, completamente exposta. Úmida e ansiosa por alívio. Sabia que Lauren não me tocaria, que não saciaria meu desejo de outra forma. Teria que obedecê-la se quisesse dar fim ao latejar em minha feminilidade.

Era estranho e até absurdo. Mesmo sabendo que ela me exigia ou me obrigava, com suas ordens que não deixavam escapatória, eu queria atendê-la. Queria cumprir cada uma delas e satisfazer a todos os seus desejos, nem que para isso tivesse que romper uma barreira constrangedora. Na verdade quem se importava com barreiras ou constrangimentos quando estava sob o olhar tórrido daquela mulher?

- Feche os olhos - sussurrou com a voz rouca carregada de desejo.Obedeci sem contestar. - Boa menina!

Puta merda! Meu corpo inteiro se contraía quando ela me tratava como uma garota rebelde sendo ensinada a se comportar. Lauren , desde sempre, foi a meu guia, minha instrutora, obedecê-la passou a ser uma questão de princípios. Ela mandava eu obedecia, simplesmente porque sabia que a recompensa seria mais do que satisfatória.

- Agora, mostre-me.

Instintivamente minhas mãos atenderam a sua ordem. Deslizei meus dedos por minhas coxas, envolvida e hipnotizada por aquela voz que me dominava por completo. Lauren ficou em silêncio, com certeza assistindo e conferindo meus movimentos.

À medida que minhas mãos subiam em direção ao meu sexo, a respiração da minha chefe ficava mais pesada. Abri os olhos e vi todos os seus músculos enrijecerem conforme ia chegando o momento crucial. Fiquei embriagada com a atmosfera que nos envolvia. Lauren , felina, ameaçadora e totalmente dominante, me guiava apenas com o olhar. Eu agia sem nem precisar pensar.

Bem lentamente deixei o dedo indicador acariciar meu sexo molhado. Estremeci. Era demasiadamente delicioso tocar tão intimamente minha pele sensível e latejante. Eu estava fervendo. Experimentei pressionar ligeiramente o dedo do meio no ponto de prazer e, de tão envolvida gemi alto ao sentir que o alívio estava próximo. Todos os meus poros reagiram ao contato.

CAMREN: A Descoberta do Amor - Minha CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora