A amante da rainha

Capítulo 14

    O baile das debutantes se aproxima e sinceramente a minha paciência para isso está em graus negativos! Conceder uma ocasião formal para jovens conhecerem seus futuros maridos pura e simplesmente para agradar suas mães desesperadas para organizar um grande evento e serem o motivo dos comentários da alta sociedade, pra mim é como tentar secar gelo! Uma perda de tempo! Mas infelizmente se rebelar e mandar todas as damas da alta sociedade pastar não é uma opção viável para uma rainha sem herdeiros!

    Sentada em frente a pilha imensa de papéis com decisões a serem tomadas, me vejo com a necessidade de tomar uma bebida. Toco o sino e logo Herbes aparece em minha sala.

— Majestade?

— Traga-me uma taça de vinho pra que eu consiga relaxar e uma receita mágica para sumir com todos esses papéis!

— Estou certo que o vinho desempenhará as duas funções com perfeição.

— Que seja. Onde está o rei?

A porta se abre e logo tenho a minha resposta.

— Saudades querida?

Ele não é nada convencido!

— Na verdade eu preciso da sua aprovação para a encomenda de algumas coisas do baile. Estou farta de tanta papelada!

— Dizer que você pode ter uma secretária que tome conta dessas coisas pra você, nunca a fez mudar de ideia! Quando nosso sonho se realizar, você terá que deixar essas miudezas a cargo de uma secretária real. Nunca foi o papel da rainha mandar pedidos de rosas aos fornecedores.

— Mas eu quero me certificar que estamos dando oportunidade aos nossos pequenos produtores. Não adianta pedir flores para o mesmo florista rico a cada festa! Precisaria de alguém que conhecesse os padrões reais e ao mesmo tempo se familiarizasse com o povo.

— De fato, você está se descrevendo! A única pessoa na realeza que se importa com todos esses detalhes é você! Isso me dá muito orgulho, mas nenhuma outra pessoa que trabalha para a nobreza iria se envolver tanto assim.

— Mas eu posso fazer com que isso aconteça, né? Afinal, eu sou a rainha!

— Claro que pode! Na verdade, não há nada nesse mundo que você não seja capaz de fazer! E isso é o que mais me deixa louco em você!

Ele se aproxima de mim e vem me beijar com vontade. Retribuo o beijo e noto que ele mostra sinais que não pretende parar por aí. Tento desacelerar as coisas, mas ele se mostra decidido.

— Dárius, agora não. Herbes já deve estar voltando com o vinho que eu pedi.

— Deixe que ele testemunhe o rei a serviço de sua rainha!

Ele se abaixa enquanto puxa meu vestido pra cima, me deixando completamente exposta! Ele trava meus movimentos me segurando firme na cadeira, puxa a minha roupa debaixo pro lado e começa a me lamber de um jeito que nunca fez antes. Ele estava de joelhos, completamente servil e sem dúvidas isso tudo me deixou com um misto de sensações diferentes. Não posso negar que o que ele estava fazendo me dava um pouco de prazer, mas quando eu fechava os olhos, meus lábios tentavam chamar por Katharine. Conforme eu temia, Herbes abre a porta trazendo o vinho pedido e ao se deparar com aquela cena, ele apoia a taça na mesa e se retira rapidamente sem mencionar nenhuma palavra. Para minha "sorte" o corredor não estava vazio no momento em que a porta foi aberta, fazendo com que aquela cena se tornasse um verdadeiro paraíso para a fofoca na corte. Dárius ignora o acontecido e apenas continua o que estava fazendo. Me sinto completamente vulnerável com essa situação, o que se faz um prazer inusitado para o rei, pra mim é uma exposição desnecessária. Porém, não há mais o que ser feito, então resolvi fazer o que eu faço sempre: fechei os olhos e deixei a sensação me levar. Nada de olhos nos olhos, é isso que faz com que essas tentativas de procriação sem fim um dia deem certo. As mãos de Dárius percorrem meu corpo me fazendo ficar tensa. Seus beijos exageradamente molhados me deixam desconfortável e me dão uma certa repulsa. Definitivamente eu não consigo mais desejá-lo. Finalmente ele abre suas calças e eu me viro de costas para não ter que encará-lo. Seus movimentos são intensos, mas para minha sorte tudo acaba rápido.