A amante da rainha

Capítulo 20

Katharine 

    Assim que ela termina de falar, abro meu hobby de seda e revelo a ela o que desejava. Ter os olhos da rainha fixados em mim daquele jeito me fazia pirar! Ela chega perto e passa as mãos sentindo a textura do tecido enquanto me arrepiava por todo o percurso. Sua boca se aproxima da minha, mas não me dá o beijo esperado, vai até meu ouvido e sussurra:

— Simplesmente perfeita! 

Ela morde o lóbulo da minha orelha e respira fundo me fazendo contrair o corpo em excitação. Me pega pelo pescoço e pela cintura me beijando com a mesma urgência que eu tinha. Sua pele macia me fazia querer explorar cada pedacinho dela, mas estou vendo que a presa hoje sou eu. E quando a sua rainha pega você pelo pescoço... não tem alternativas a não ser gemer e fazer tudo o que ela mandar!

    Sinto ela passar os dedos na fita que segura o trançado da minha roupa deixando meu corpo em alerta! Desejo mais que tudo estar nua pra ela, mas eu sei que tudo faz parte da sua fantasia. Afinal, quem mandou eu provocá-la? Ela me vira de costas e me empurra contra a parede. Morde meu pescoço enquanto passeia com sua mão pelas minhas costas. Ela se ajoelha devagar, mas mantém meus quadris firmes entre seus dedos. Sinto minha vulva molhada tamanha é a minha excitação! Seus dedos correm de leve nas minhas pernas, debaixo pra cima até chegar onde eu mais desejo. Ela começa a esfregar os dedos por cima do tecido dando mais pressão em cima do meu clitóris. Meus gemidos me escapam fazendo ela estapear minha bunda.

— Isso gostosa! 

Ela puxa minha calcinha pra baixo e com a força que faz acaba rasgando o tecido! Como o riscar de um fósforo, aquele barulho do tecido rasgando me inflama por dentro fazendo meu corpo implorar pelo dela! Sinto sua boca me devorar respondendo a minha urgência. Meu prazer é instantâneo, começo a gemer sem me preocupar se alguém pode nos escutar. Ela se delicia a cada movimento que faz, apesar de me dar prazer, estava nítido que aquilo estava satisfazendo a vontade dela. Ela me morde de leve e em seguida me suga com força! Aquilo foi o ápice pra mim! Meu corpo responde se derretendo num orgasmo intenso com sensações agonizantes tamanho era o prazer! Minhas pernas tremem e pra não cair eu me apoio com mais cuidado na parede. Não satisfeita, ela afasta seu rosto, começa a esfregar meu clitóris e assim que me acostumo com a sensação ela empurra dois dedos dentro de mim. Meu gemido alto é instantâneo!

— Está querendo me destruir,  minha rainha? 

— Nem pensar! Preciso de você inteira em cada orgasmo que eu te arrancar! Adoro ver você gozar na minha mão!

Ela empurra os dedos com mais força e os trava dentro de mim, movimentando lá dentro... estou ficando louca! Ela literalmente está puxando meu orgasmo com os dedos! Ela se levanta sem tirar os dedos de dentro de mim, morde meu pescoço e abafa meus gemidos em um beijo rápido. Mesmo estando completamente nas mãos dela eu chego no pé do seu ouvido e me atrevo a dizer:

— Empurra mais forte! Vossa Majestade pode mais!

Conforme eu esperava ela toma como desafio e faz como eu desejo. O “vai e vem” dos seus dedos provoca em mim um tesão que beira a raiva! Meus gritos tomam conta do quarto e meu gozo desce num mesclado de força e alívio! 

— Adoro ver você com raiva do próprio tesão! 

Ela puxa a fita da minha roupa e se livra dela como se tirasse um obstáculo do seu caminho! Me vira de frente e empurra meu seio na sua boca voltando a me tocar. Ela faz tudo com tanta vontade que eu me perco, delirando no meu misto de sensações. Céus, essa mulher vai me destruir hoje! Ela sobe devagar e agora com toda calma do mundo ela me puxa pelo cabelo e pergunta:

— Viu o que acontece quando você me provoca? — estala um tapa na minha vulva.

Beijo seu pescoço e falo bem baixinho: 

— Não vejo a hora de fazer de novo...

Mordo o lóbulo da sua orelha e seu gemido somado aos seus lábios mordidos por si mesma me mostram que o jogo acaba de virar.

    Me afasto por um instante enquanto assisto aquele espetáculo... ela começa a tirar suas peças enquanto alisa sua pele devagar. Ela me provoca com cada fibra de si. Seu rosto era a verdadeira face da luxúria! Ela se senta na beira da cama deixando sua blusa cair aos poucos. Ela solta seus cabelos, deixando aquela cena ainda mais perfeita do que já estava. Assisto aquilo me sentindo a mulher mais privilegiada do mundo! Eu a amo e a desejo com cada célula do meu ser! Ser apaixonada pela rainha me faz carregar muitas ressalvas, mas cada segundo vale a pena quando as portas se fecham e ela pode ser quem quiser comigo... e só de pensar que aqui dentro dessas quatro paredes ela era só minha, aquele momento se tornava uma pequena prova de como eu passarei a sonhar daqui pra frente... num mundo perfeito, eu a teria em meus braços a qualquer instante. Me aproximo e com bastante calma e afasto seus cabelos dos ombros, deixando o caminho aberto para meus lábios atacarem os seus. Acho que nunca vou deixar de desejar mais um beijo dela. Minha boca escorrega devagar provando o salgado de sua pele até a altura dos seios. Estão mais volumosos depois da gravidez e de acordo com suas reações, muito mais sensíveis. Faço tudo com muito cuidado, pois qualquer excesso aqui pode ser demais por conta da gravidez. Continuo descendo devagar até seu ventre, beijo sua barriga no caminho, pois meu amor por aquela criança já se faz genuíno desde o princípio. Noto que ela sorri com meu gesto. Continuo descendo até chegar na sua vulva, completamente encharcada! Nossa que delícia de mulher! Começo as pinceladas em seu clitóris e seu gemido sai como se fosse um alívio! Ela puxa meus cabelos sugerindo um pouco mais de agressividade, mas meu juízo em relação a ter cuidado com o seu corpo está intacto! Aumento apenas a velocidade e a pressão da minha língua por fora. Sugo um pouco, abocanhando ela inteira como quem saboreia uma fruta. Que fruta deliciosa! Ela se contorce e seus gemidos me contam que estou fazendo a coisa certa, mas seu desejo insaciável clama por mais! Ela se inclina pra frente, beija minha boca e alcança minhas mãos. Entendo o recado e começo a esfregar do jeito que ela gosta. Ela segura meu pulso com força e ordena:

— Empurra! Quero espremer seus dedos dentro de mim!

Coloco devagar, sentindo sua vulva completamente encharcada. Faço movimentos leves, mas rápidos, dando a rainha o orgasmo que ela tanto ansiava. Abaixo e alterno os movimentos entre boca e dedos, me lambuzando com seu gosto marcante! Ela me empurra contra o colchão beijando minha boca enquanto dispara ordinarices deliciosas de ouvir. Suas mãos apressadas ajeitam nossos corpos num entrelaço calculado pro nosso prazer. Ela mexe num ritmo viciante tornando impossível não gozar junto com ela. Meu corpo tranca enquanto o dela não pára, me fazendo esguichar molhando os lençóis já bagunçados. E dessa vez quem quer mais sou eu!

— Não pára gostosa! Vai!

Ela continua mexendo enquanto eu me deslumbro assistindo as suas reações. Fica cada vez mais difícil respirar por conta das contrações involuntárias do corpo. Ela grita:

— Que delícia!!! Ah! Gostosa!

Não sei como, mas ela consegue colocar mais pressão ainda transbordando em cima de mim. Meu corpo se inunda com seu orgasmo e assim que ela termina, deita em cima de mim lambendo meus seios, pescoço e boca. Nossos corpos deslizam um no outro esquentando tudo como se tivesse um óleo de massagem na minha pele. O cheiro do pecado sobe, consumindo toda a minha consciência, mas diante de tudo o que temos eu quero mais é pecar mais e mais dentro desse quarto! Na verdade, eu não quero que acabe! Mas a exaustão nos toma, se tornando impossível continuar. 

    Deitadas ali sobre a cama, sinto a brisa gelada esfriar minha pele, enquanto observo seu rosto lindo encarando o meu. Se em algum sonho de menina eu imaginei uma rainha, ela não era nem próxima da perfeição que eu tinha na minha frente. A cada instante que passava, eu me via ainda mais apaixonada por ela! E não sei dizer o quando isso é assustador pra mim. Beijo seus lábios devagar, acariciando seu rosto. Ela retribui o gesto e dizemos: "eu te amo" ao mesmo tempo. Ela era minha, eu era dela e o mundo lá fora já não importava mais...