III

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Boa leitura.



James

James estava distraído. E não sabia o porque.

Depois do café da manhã, ele subiu com Harry, trocou a fralda e o pijama do bebê e organizou tudo para passar a manhã trabalhando em seu escritório.

Mas não conseguia se concentrar muito. Depois que Sirius mandou uma mensagem avisando que ia sair com Regulus, James ficou um momento apenas encarando o nada, perdido em pensamentos.

As telas do computador e notebook a sua frente, mostrava belas fotos de uma modelo infantil que ele tinha fotografado no dia anterior e agora precisava que editar para enviar a Frank, que iria revelar e enviar até a mãe da cliente.

Mas Potter não conseguia se concentrar tempo suficiente para fazer a correção de luz e cores. Toda vez que ele desviava o olhar até Harry deitado confortavelmente no carrinho de bebê ao seu lado, imagens de belos olhos prateados e mãos longas com dedos finos brincando com o seu filho lhe vinha a mente.

James soltou um suspiro. Resolveu deixar suas divagações para depois. Escolheu sua playlist mais animada e voltou a olhar para os monitores a sua frente.

Enquanto os primeiros acordes animados de "Livin' la vida Loca" de Ricky Martin soavam baixos pelo cômodo, James se esforçou a trabalhar.

Algum tempo depois, James esticou os braços acima da cabeça com o dedos entrelaçados enquanto se alongava. A música realmente tinha um efeito sobre a concentração dele, Potter tinha que admitir.

Pausando a música, James se virou onde se encontrava seu belo garotinho ainda confortavelmente deitado enquanto mastigava com entusiasmo a orelha de um ursinho de pelúcia.

- Então mi hijo, como estás? – James afastou um pouco os cobertores e pegou o bebê sorridente nos braços – Vamos sair um pouco desse carrinho? Apuesto a que estás cansado de estar tirado por ahí. – ergueu o bebê enquanto esfregava seu rosto na barriguinha coberta de Harry, enquanto a criança soltava gargalhadas altas e levava as pequenas mãozinhas cobertas de saliva até o emaranhado de cachos escuros no alto da cabeça de James e puxava com toda a sua força.

James afastou o filho e o encarou nos olhos de forma séria. Harry abriu um sorriso iluminado para seu pai. O Potter mais velho riu.

– Quantas vezes tenho que te falar que não pode puxar os cabelos de su padre? – James deitou seu filho em seu colo e esfregou um dedo de leve nas costelas do bebê, Harry reagiu e se contorceu nos braços do pai. – Você só pode puxar os cabelos do tio Pads.

Harry olhou para o pai com um olhar profundo, que as vezes, James achava que o bebê realmente o compreendia, e se sentia muito especial em ter aquela conexão com seu pequeno garoto de intensos olhos verdes.

Hoje, olhando para seu filho, James conseguia entender o que seu pai quis dizer quando o moreno contou, aos prantos, que seria pai.

"Mi hijo, hoje você pode não entender o que vou lhe dizer, mas quando seu filho nascer e você o segurar em seus braços pela primeira vez, sentirá um amor tão intenso, por ele e que crescerá a medida que o tempo for passando. – Fleamont disse enquanto acariciava os cabelos revoltos de seu filho afim de acalmá-lo. – É normal sentir medo e insegurança, afinal você será responsável pelo bem estar de um ser humano inocente e indefeso. – James olhou nos olhos castanhos de seu pai, iguais aos seu próprios.

Esse eu não conseguir? E se eu fracassar? E se ele me odiar?

Fleamont riu de leve do filho.

Lavander Haze | Starchaser Onde histórias criam vida. Descubra agora