Terça-feira, 8 de novembro

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(Jimin)

Tem um bilhete na porta da sala de psicologia avisando que a aula foi cancelada porque o professor teve uma infecção estomacal. Meu primeiro pensamento é “oba!,” mas é seguido de culpa por ter comemorado o fato de alguém estar passando mal.Na mesma hora, peço desculpas. “Deus, agradeço por essa pequena, mas muito necessária, bênção. Sinto muito pelo professor Garrick estar passando mal, mas aula cancelada é mais um cochilo para Jimin. Te devo uma.”

Nunca andei pelo campus nessa hora do dia. Parece mais silencioso do que o habitual. Relaxante. Mas, quando me aproximo do alojamento, vejo uma pessoa ao lado do carro de Jin. E não é ele. Desvio para observar melhor sem ser visto.E, assim que consigo ver melhor, lamento na mesma hora. Não por não querer estar aqui nesse momento, mas porque babacas realmente me irritam.Jin está encurralado contra a porta do motorista, segurando a bolsa com força contra o peito. Um cara de ombros largos e moletom cinza está inclinado na direção dele, virando a cabeça de um lado para o outro, perto demais para que seja só uma conversa entre amigos. Os punhos dele estão fechados e a postura parece ameaçadora. A situação não é boa.Faço uma pausa por uma fração de segundos. Não vou deixar que ele toque em jin de jeito nenhum, mas também não quero interpretar a situação de forma errada. Começo com um cumprimento alto enquanto me aproximo lentamente por trás.

— E aí, tudo beleza?

O Babaca se vira na direção da minha voz. Atenção desviada. Os ombros de Jin  descem uns cinco centímetros de alívio.O Babaca me apalpa com os olhos. É apavorante. Eu me sinto violado. Ele lambe os lábios.

— E aí? — Ele segura a virilha de forma sugestiva. — Ao olhar para você,garoto, eu diria que meu pau é quem está achando tudo uma beleza. — Ele é desprezível. E acabou de piscar para mim.

— Isso era para ser uma cantada? — pergunto porque fico realmente perplexo quando homens pensam que esse tipo de coisa é atraente.

Ele pisca de novo.

É, acho que era. Balanço a cabeça.

— Vá mais devagar, caubói. Não lembro de ter ouvido seu nome.

Ele dá um sorriso arrogante.

— Ben.

— Ben de quê? — pergunto. Porque, se ele já tiver feito alguma coisa com jin, quero o nome todo do cara para poder passar para as autoridades adequadas.

— Ben Thompson. — O sorriso arrogante continua lá. — Quer sair daqui? Ir para o meu quarto? — Ele olha para o relógio. — Tenho uma hora. Podemos ser rápidos.

Se eu pudesse dar um prêmio por Coisa Mais Grosseira que Ouvi a Semana Toda,caramba, o ano todo, esse cara seria o grande vencedor. Ele acertou na porra da mosca.

— Cara, Ben Thompson, conheço você há trinta segundos e tenho que admitir que estou totalmente enojado. Acho que vomitei um pouco dentro da boca.Quando perguntei se estava tudo beleza, eu não estava falando com seu pau, cabeça de pica. Eu estava falando com meu amigo aqui.

Os olhos de jin estão saltados e ele está balançando a cabeça. Talvez eu devesse estar com medo, mas com a semana que estou tendo, sinto que não tenho nada a perder.

O sorriso dele deixa minha pele arrepiada de nojo.

— Você fala pra caramba. Isso me dá tesão, princeso.

— Escute, seu escroto, isso não é uma preliminar. — Estico a mão e seguro a de Jin. — Você é nojento. Deixa a gente em paz.

Ele finalmente entende. Seu olhar é tomado pela raiva.

Raio de Sol (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora