Domingo, 11 de dezembro

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(Jungkook)

Bebemos café a noite toda enquanto estudamos para as provas finais. Jimin parece exausto, mas é guerreiro.

— Jungkook.

— O quê, gato?

— Podemos fazer uma pausa de alguns minutos?

Essa pergunta traz à mente tantas coisas que eu preferia estar fazendo com ele nesse momento.

Principalmente com ele.

Coloco o livro no chão, ao lado do sofá, e me levanto, oferecendo a mão para ele.

Ele me olha sem entender e levanta as sobrancelhas.

Ofereço a mão de novo.

— Dance comigo, moço bonito.

O sorriso que amo surge nos lábios dele. É aquele sorriso que se abre e puxa você. Chama você para o mundo dele. É meu lugar favorito. Ele segura minha mão e se levanta devagar.

— Você está falando sério?

Eu pego o celular no bolso e procuro uma música. Depois de selecionar “Pictures of You”, do The Cure, aumento o volume, coloco o celular na mesa de centro e o levo pela mão até o espaço aberto atrás do sofá.

— Nunca brinco quando o assunto é romance.

Jimin olha para o chão antes de grudar em mim aqueles olhos incríveis, e sei que o que ele está prestes a dizer significa muito para ele. Ele tem um jeito de contar metade da história com os olhos antes de abrir a boca.

— Nunca dancei música lenta.

Passo o braço esquerdo pelas costas dele e a puxo para mim enquanto seguro a mão direita e coloco-a no meu peito.

— Você ama dançar. Como assim nunca dançou música lenta?

— Já dancei com outros caras — diz ele, encostando a bochecha no meu peito e beijando as costas da minha mão. — Mas nunca dancei música lenta de verdade.Isso é antigo. É legal.

É mesmo legal. A música é melancólica, emotiva, mas é isso que a torna simplesmente linda. E tem quase oito minutos. Toda música lenta devia durar ao menos oito minutos. Nós oscilamos e derretemos um no outro. Eu poderia segurá-lo assim a noite toda. Quando a música termina, ele recua e olha para mim.

Eu conheço esse olhar. Eu amo esse olhar.

É tão quente.

Os dedos dele já estão segurando a barra da minha camiseta. Eu me inclino e beijo os lábios dele.

— A gente ainda está naquela pausa?

Ele faz que sim e puxa o cordão do meu moletom.

— Aham.

Puxo a camisa por cima da cabeça e tiro a calça. Eu me inclino, encosto na coxa dele e subo a mão pela perna nua até desaparecer embaixo do pijama.

— O que você tinha em mente?

Ele ofega quando meus dedos passam embaixo da cueca.

— Você escolhe. Você sempre… — Ele faz uma pausa e sua garganta vibra.Caramba, esse som! Faz com que eu queira adorá-lo e devorá-lo ao mesmo tempo. A cabeça se inclina para trás, os olhos se fecham e ele continua: — … tem as melhores ideias.

Afasto o cabelo desgrenhado do pescoço dele. Com a clavícula exposta assim, eu tenho que provar o gosto. É tão bom que eu continuo.

Ele deixa.

Raio de Sol (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora